Inspirada na foto de capa do meu filho, Luiz Anísio, lembrei-me de um texto que escrevi por ocasião da Copa do Mundo – Vou torcer pelo meu País – reflexão.
Faço agora uma pequena adaptação para o contexto de hoje e partilho com vocês:
Creio que muitas pessoas possam concordar que muito aconteceu para que vários de nós possam, neste momento, ir às ruas expressar seus sentimentos, crenças e ideais políticos, com liberdade.
Tudo estaria diferente se não tivéssemos conquistado essa liberdade. Estaríamos contidos em nossas casas, ou reunidos secretamente em algum lugar, ou estaríamos nos expressando nas ruas e sendo contidos, à força, em nosso desejo de nos expressarmos.
Todos querem que as pessoas deem tudo de si… mas haverá momentos em que um ou outro poderá falhar… nenhum de nós é perfeito, afinal de contas!
Sei que elas devem tentar o melhor, creio que elas também saibam disso e queiram cumprir o seu papel como cidadãos. Mas onde fica a adrenalina, o desejo de acertar e tudo o mais quando carregamos nos ombros tanta responsabilidade?
Temos consciência de que, infelizmente, há pessoas que nem sempre pensam no melhor para o seu País e querem exercer o controle para que tudo ocorra como elas querem e pensam que deva ser.
No entanto, agora não é mais o momento de tentar mudar o jogo. O jogo já começou e agora temos que ir até o fim… mesmo que pensemos não ser o melhor neste momento. Talvez valha a pena algum voto de confiança e não nos deixarmos levar pelo arroubo de emoções contidas por tantos anos, ou porque alguns jovens hoje sintam a necessidade de se expressarem, muitas vezes sem terem conhecido a história de jovens de outrora… de pelo menos 47 anos atrás.
Agora é torcer para que consigamos vencer nossas dificuldades com a cabeça erguida, com dignidade, honestidade, confiança, equilíbrio, bom senso.
Caso nos mantenhamos unidos buscando o melhor para todos, certamente conseguiremos driblar nossos adversários dando um “banho” de sabedoria e competência.
Agredir (verbal ou fisicamente), só irá dificultar. Estaremos agindo tal qual aqueles que estamos indicando como responsáveis pelos possíveis infortúnios decorrentes de desmandos, gastos abusivos, incompetência e outros que tais.
Para que tenhamos moral e competência para reclamar e exigir ações corretas e dignas, temos que ser dignos, corretos, honestos. Temos que demonstrar nossa ética e moral acima de qualquer suspeita.
Temos de nos apresentar de “cabeça erguida”, com brilho nos olhos… brilho pelo amor que devemos ter pelo nosso País. Um brilho que só uma Alma com sentimento fraterno pode expressar.
Vou torcer sim pelo meu País. Não por uma vitória efêmera e que só favoreça o orgulho e a vaidade de todos nós.
A vitória pela qual eu torço é aquela que representa o desenvolvimento moral, ético do nosso povo… da Nação como um todo.
Minha torcida é por um Brasil melhor onde todos possam ter acesso, de forma digna, à educação de qualidade, à saúde com respeito.
Visto a camisa e trago no meu rosto as cores que devem sensibilizar todos os corações que vivem nesta terra abençoada. Sejamos responsáveis, antes de tudo.
Sigamos juntos sim, mas para a conquista de uma vitória maior, mesmo que ainda não saibamos exatamente como consegui-la, mas que seja com equilíbrio e bom senso.