Viver é muito mais do que simplesmente sentir o passar dos dias.
É sentir a energia que flui e nos envolve, permitindo sejamos
mais do que um simples corpo a transitar pelos recantos do mundo.
É muito comum a conceituação de uma pessoa idosa dever ser tratada como alguém frágil, debilitada. Indistintamente “identificada” como Ser necessitada de amparo a todo tempo… como sendo pessoa doente e incapacitada para afazeres do cotidiano.
Por vezes, avaliação tão só pela idade, tempo decorrido desde o nascimento.
Se buscarmos observar de forma mais atenta, há muitas pessoas idosas tão produtivas quanto muitos jovens. Por vezes, até mesmo mais ativas e capazes do que pessoas com menos idade… Ágeis, física e intelectualmente, perceptivas quanto ao que ocorre à sua volta e capazes de encontrar caminhos para realizações em várias áreas do conhecimento, da arte e de outras práticas. Atividades – do corpo e da mente.
Pessoa idosa. Ser aparentemente frágil. No entanto, mantém em si um compêndio de informações, conceitos, experiências, compilados através de muitos anos no exercício da Vida. Algumas mais do que outras, seja pela intensa procura de ser útil, como também pelo prazer no aprender, compreender, realizar.
É verdade que muitas já necessitam de amparo e cuidados mais pontuais, mas não deveríamos generalizar como sendo incapazes, debilitadas em grau extremo.
Precisamos valorizar as habilidades guardadas em suas memórias – do corpo e da mente.
Aproveitarmos a presença enquanto possível aprendermos, com cada uma delas, o quanto têm a nos oferecer. São experiências importantes. Como uma enciclopédia para consultas no cotidiano de nossas vidas. Aprender e guardar em nossas memórias.
Quando chegar a nossa vez de compartilhar, sejamos amáveis, compreensivos, compassivos com aqueles que ainda não aprenderam a acolher as pessoas idosas em suas características adquiridas ao longo da vida.
A convivência compassiva e respeitosa é valiosa para uma vida saudável e promissora.