Posted por em 8 dez 2020

Saudade de passeios ao ar livre.

Visitar… grutas, montanhas, rios, riachos.

Pisar na terra molhada por fontes de águas límpidas… “transpirando” energias de vida. 

Olhar o horizonte, sentada em uma pedra ou em um mirante, do alto de uma montanha. 

Observar o voar de pássaros, exuberantes e vigorosos. Inimagináveis desenhos a serem “rabiscados” no céu. Livres e exultantes. 

Observar as flores, desde as pequenas, quase invisíveis, a outras a encherem nossos olhos. Todas com a beleza própria de sua espécie.

Estar a meditar, sentir a energia que vibra e nos estremece… suave e amorosamente.

Um encantamento a nos proporcionar sensações indizíveis. 

Em um momento assim, é possível sentir o corpo levitar… um leve e suave sopro sublime a envolver nossos corpos… corpos sim, pois cada parte de mim – do físico ao mais sutil – será acalentado, sensibilizado e inebriado por esse hálito sublime, de vida. 

Muitas vezes tive experiências incríveis quando a Natureza, à minha volta, apresentava-se mais presente do que simplesmente no deixar-se ver pelos olhos do corpo físico.

Os olhos da Alma têm sensibilidade para ir além dos contornos. Percebem energias sutis que são dispersadas à volta de todos os seres e, em lugares puros e intensos, estes são ainda mais expressivos a qualquer de nossos sentidos.

Tenho saudades das minhas experiências, quando em lugares ricos em energias sutis.

Já escrevi histórias sobre esses momentos.

Viagens incríveis em grutas.

Meditar sentada sobre pedras em saliências no alto de montanhas, admirando o horizonte à minha frente. Muitas vezes com o céu colorido pela aurora ou pelo ocaso.

Sinto saudades de tudo isso.

Ah! Esqueci-me de dizer que costumo me fazer acompanhar de música suave e melodiosa. O tocar das notas musicais, em suave tom, faz minh’Alma sentir-se mais tocada pelo que vejo, seja com os olhos físicos, seja com da Alma. Minha mente viaja sensibilizada pelas emoções de que sou tomada naqueles momentos.

Sinto saudades…

No entanto, nada me impede de fazer essas divagações e viajem mentais a qualquer momento e em lugares do meu cotidiano.

O enlevar-me pode ocorrer no jardim, ou mesmo em meu quarto.

O que importa, na verdade, é eu estar disponível ao envolvimento por energias sutis que minh’Alma pode aspirar por encontrar.

É o deixar-me levar pelo sentimento, pela vontade, pelas emoções, pelo Amor no seu sentido mais puro.

Eu ainda tenho vivências como estas que descrevi, não mais em lugares de matas, rios, riachos, mar… grutas. Em escaladas ou mergulhos. No entanto, ainda viajo olhando o céu, admirando as auroras e os ocasos.

Deixei por um tempo de fazer registros com textos ou papeis. Faço-os hoje com desenhos ou pinturas. Verdade que sempre acompanhados de textos. Não contanto histórias, mas poetizando sensações, visões, emoções.

Mais uma vez eu digo: sinto Saudades, mas não como um sentimento de dor.

É um sentir, bem perto de mim, todos os registros das experiências maravilhosas que guardo no recôndito da minha Alma.

Saudade não é sofrimento.

Saudade é sentir o prazer de guardar no nosso íntimo algo que foi importante em alguns momentos. É manter as lembranças e senti-las de forma a poder a Alma revivê-las em mente, com a emoção do Amor.

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