Posted por em 11 abr 2016

Decors-EvangeEstudo oferecido no Grupo Fraternidade, em 10 de abril de 2016, sob o título “Morrer para descansar”

Áudio –  Morrer para descansar, ou Saber fazer escolhas

Separador-Evange

Por vezes nós nos encontramos em situações que nos levam a ficar desanimados perante a vida, seus revezes, dificuldades, decepções. Nesses momentos, ideias estranhas podem nos ocorrer, desde um simples desânimo, vontade de desistir, tentar outras alternativas, até mesmo a vontade de abandonarmos tudo de forma radical, acreditando que assim ficaremos livres de todos os dissabores.

Se não acreditamos em vida após a morte do corpo físico, é a convicção de que nada nos espera e tudo vai se perder, simples assim.

Caso acreditemos em vida em outro plano, em outra dimensão, ficamos a nos indagar como seria se desistíssemos de tudo e seguíssemos em frente nessa tentativa de abandono, inclusive da própria vida no corpo físico.

Há aqueles que além de acreditar em um tipo de vida após perdermos o corpo físico, crê também na existência de um outro modo de vida onde poderemos encontrar amigos do passado e vivermos rodeados por eles, tendo o seu amparo e carinho.

Nesta história que iremos contar, nosso personagem, além de crer em vida após a morte física e a manutenção do espírito que é eterno, acreditava, também, em poder encontrar um amigo, seu orientador espiritual, estar com ele nos afazeres espirituais e ali ter uma vida mais suave, sem desenganos, sem dores ou decepções.

Sendo médium e ter a oportunidade de intercâmbio com este amigo do plano espiritual, por vezes expunha a ele seus pensamentos e esperanças. Conhecia os fundamentos da Doutrina Espírita e acolhera o Espiritismo cristão em seu coração. Era trabalhador dedicado, atencioso e fraterno. No entanto, paralelamente mostrava-se triste e pessimista. Demonstrava vontade de morrer acreditando que, assim, encontraria descanso junto a entidades amorosas no plano espiritual.

O amigo ouvia-o ternamente e buscava esclarecer-lhe sobre a vida que acolhera para o exercício do seu aprendizado. Tentava lembrar-lhe que, se estamos em experiência no corpo físico é porque temos algo a resgatar ou reparar. Assumimos compromissos importantes e, no seu caso, suas metas são valiosas. Reconhece que seus sentimentos são sinceros.

A questão que deve ser objeto de suas reflexões é: essa ideia fixa de abandono do corpo físico pode ser considerada uma obsessão perigosa e poderá levá-lo a experiências enganosas e cruéis.

Valorize sua vida. Mantenha-se no aprendizado. Os obstáculos presentes nessa jornada terrena nada mais são do que oportunidades valiosas na preparação do espírito imortal que dá sentido ao corpo que lhe foi oferecido para instrumento de regeneração e progresso.

Se lhe sobrevém a tristeza, reflita que esse sentimento negativo pode ser aceitável, em decorrência remorsos amargos, em personalidades não esclarecidas sobre a vida em planos espirituais. O remorso, e o arrependimento são oportunidades para reflexões e busca de alternativas benfeitoras que promoverão transformações importantes no campo da moral.

No entanto, para o caso dos buscadores dos ensinamentos cristãos, os servidores por confiança e esperança baseadas na fé, isto se mostra inaceitável por não se fazer coerente com os princípios confessados por sua Alma. Transforma suas vibrações espirituais em energias destruidoras.

De Deus só poderá vir a alegria e o equilíbrio. O júbilo dessa relação da Alma com o Criador só deverá resultar em paz interior, amor, aceitação e bem-estar no serviço do bem.

Nosso personagem, apesar das palavras de seu amigo, insistia que a vida lhe trazia inquietação e desânimo. Preferiria a morte física por consolo. Almeja uma vida de paz junto, no plano invisível, para descansar o seu coração.

O amigo espiritual indaga ao nosso personagem, diante do que dissera, se ele realmente crê que viver no plano espiritual ser-lhe-ia uma experiência sem atividades e serviço ativo. Afirma que os trabalhos, naquele plano, exigem grandes responsabilidades e esforço, inclusive no atendimento a irmãos ainda no plano físico da vida. São intensos e, por vezes, dolorosos. Exigem estarmos preparados para enfrentá-los e você não está em condições, ainda, de assumir esses compromissos.

Por ora, orienta então, zela por seus interesses e não se precipite. Aproveita para construir o seu futuro no bem. A sua experiência proporciona momentos de descanso e aprendizado, importantes para o seu progresso.

Nosso personagem insiste que a vida física é como castigo. Não encontra oportunidades para estudos nem para descanso. É como um degredo espiritual. Continua amargo e reclamando da sua experiência, com inúmeras queixas e expressando extrema amargura.

Não obstante assíduo trabalhador, com testemunho da sua fé, não se furtava de manter essa conversação com seu amigo. Este insistia em oferecer-lhe inspirações elevadas para manutenção da vida, mas não lograva êxito em suas tentativas.

Em certo momento, em decorrência de uma simples gripe, mas sem maiores cuidados, somada a isso a intensa vontade de abandonar o corpo físico, nosso personagem desencarna.

O amigo o aguarda. Acolhe-o fraternalmente, sem ter mais o que fazer para manter-lhe a vida física.

Nosso personagem lhe diz, então, do seu desejo de colaborar no trabalho no plano espiritual.

Diante disso, o amigo, de pronto, chama-o para o trabalho que os espera.

Aplica-lhe passes para que se sinta em condições de prestar o serviço e leva-o consigo para serviços complexos.

O recém-chegado viu-se encantado pelas oportunidades, mas só de início, pois constatou ter raros momentos para repouso. Nem mesmo oportunidades para entendimentos entre eles. As ocupações eram intensas e de grande sacrifício. Como insistentemente solicitara, ainda em vida física, teve de assumir tarefas em hospitais, creches, orfanatos, necrotérios, oficinas, templos e instituições de caridade, socorro a doentes, encarnados e desencarnados.

Reconhecendo-se vencido, em pranto falou ao benfeitor sobre as inúmeras exigências no trabalho espiritual. A experiência mostrou-se difícil para ele e muito dolorosa.

O amigo então, em tom grave, lembra a ele o quanto mostrou-se insistente no desejo de trabalhar no plano espiritual. Não reconhecera o próprio despreparo nem acolhera suas manifestações a esse respeito.

Lembra a ele que, na Terra, levantava-se, tinha a oportunidade de tomar o seu café da manhã reconfortante, mantinha o seu trabalho durante o dia, podia tomar suas refeições, manter diálogo agradável com familiares queridos, dormia na tranquilidade de um sono revigorante e vivenciava experiências proporcionadas pelos sonhos.

Não obstante oportunidades abençoadas por Deus, e a sinceridade da fé, não pretendera manter a existência carnal por considerar a vida física um incômodo para a Alma.

Agora, no plano espiritual, percebe que a experiências terrestres eram amenas e poderiam ser comparadas ao paraíso.

Acrescenta o benfeitor que não há como desobrigá-lo das tarefas, os avisos que lhe foram proporcionados foram insistentes e reiterados. Agora não poderia afastar-se dos deveres, como também ele não poderia abandoná-lo no caminho sombrio.

É importante que siga com ele no trabalho desgastante e difícil, para que não lhe ocorra algo pior.

Inspirado no texto “Morrer e descansar”, do livro Pontos e Contos, Irmão X, por Chico Xavier

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O caminho de evolução é aquele em que podemos encontrar a paz, ainda que tenhamos obstáculos a transpor, muito trabalho a realizar e dificuldades a vencer.

Quando sentir uma dor em seu coração não sofra. Faça desse momento um momento de gratidão pela oportunidade de aprendizado que está acontecendo em sua vida.

Do livro Reflexões da Alma II, Elda Evelina, Bookess Editora

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Solidariedade

Sempre existirão aqueles que sofrem, vêm suas dúvidas permanecerem e, sem alento, podem até pensar em pôr fim aos seus dias aqui na Terra, achando que, assim, porão fim aos seus sofrimentos e angústias.

Em vão suas tentativas, porque em outro plano continuarão suas tormentas e angústias com maior poder de exaustão e de dor, pois verão com mais clareza os motivos que os levaram ao estado em que se encontram e, se não houver a compreensão com Cristo, virá o desalento e a desesperança.

Então, qual seria a participação de nós cristãos e de todos aqueles que se dispõem a trabalhar em prol dos menos favorecidos, se não o trabalho de amor, de acolhimento, de aconchego amoroso, carinhoso.

Precisamos estar mais atentos no nosso dia-a-dia. A todo momento encontramos amigos de jornada em desequilíbrio e desesperança e nada custa acolhê-los em nosso colo espiritual e fazê-los sentir que existem pessoas que os ama e compreendem e querem oferecer seu ombro amigo e fraterno.

O que nos custa um sorriso acolhedor, uma palavra de conforto e esperança, um aperto de mãos, um abraço caloroso e reconfortante, um sopro de vida a energizar o seu corpo e alma? Podemos oferecer um pouco de nós mesmos para o reerguimento de alguém que sofre e desespera.

Caso não estejamos próximos, que tal uma prece, uma doação à distância, um telefonema, uma carta, um recado amigo? Será que é tão difícil para nós fazermo-nos presentes em horas difíceis, quando mais se apresentam necessárias as provas do nosso carinho, do nosso afeto?

Lembrem-se, irmãos, mantenham-se presentes seja como e onde for. Uma presença amiga, uma palavra de carinho, de afeto, pode mudar totalmente a direção que possam estar tomando as vidas de vários companheiros de jornada.

Sejamos cristãos verdadeiramente sendo trabalhadores afinados com o Evangelho de nosso mui querido Mestre Jesus.

Amar, amar e amar, sempre, com Cristo no coração.

Paz,

Jafeh de Nephertah, por Elda Evelina

Do livro Reflexões da Alma II, Elda Evelina, Bookess Editora

 

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