Estudo oferecido no Grupo da Fraternidade Espírita Irmão Estêvão-GFEIE,
Sede do Paranoá, em 14-01-2022
Folheto publicado em comentários na página do GFEIE do Facebook – QueBuscais-14-09-2021-GFEIE-folheto
Que buscais?
“E Jesus, voltando-se e vendo que eles o seguiam, disse-lhes: Que Buscais?” (Jo 1:38)
Neste texto Emmanuel traz reflexões sobre o caminhar de seguidores de Jesus. Interessantes e importantes abordagens a respeito de atitudes que observamos inclusive em frequentadores de Templos.
É muito comum observarmos devotos, como o próprio Emmanuel expressa em seu texto, que se apresentam nos círculos religiosos na condição de buscadores de interesses pessoais.
Importante refletirmos sobre como interpretamos a nossa condição de seguidores de Jesus, o Cristo.
Emmanuel alerta que invariavelmente se observa a apresentação de promessas como troca por regalias almejadas e expressas por muitos de nós. Estes entendem poderem ser agraciados por benefícios, privilégios e preferências na visão de que o Deus por eles venerados estaria disponível para atender interesses pessoais egoísticos.
Precisamos buscar o verdadeiro sentido da nossa existência, seja em corpo físico seja nosso estágio no Plano Espiritual.
As experiências, em vários estágios da Vida do Espírito, exigem que estejamos conscientes do papel que exercermos no decorrer de nossos caminhares. A meta de que precisamos e a que deveríamos almejar é nossa evolução espiritual. A formação do corpo físico acompanha esse processo no ir e vir entre Planos de nossa existência.
Sim existência, no singular, pois a existência é uma só. O Espírito é o mesmo em suas várias etapas de vivências, experiências que oferecem oportunidades de aprendizado e evolução moral. Esta sim é a principal meta a que devemos estar constrangidos a alcançar.
A evolução espiritual e moral, uma em decorrência da outra, deverá ser nossa meta a todo tempo – aquisição de conhecimentos e valores que proporcionem a evolução do intelecto e não só, principalmente o construir a “iluminação definitiva da Alma para Deus”, expressão utilizada por Emmanuel no texto em o livro Caminho, Verdade e Vida, Cap. 22.
Importante buscarmos no Capítulo XI – Gênese Espiritual, do livro A Gênese. Encontramos ali uma abordagem importante do processo evolutivo a que estamos sujeitos – conexão intrínseca da evolução do corpo em decorrência da evolução do Espírito:
- (…) O corpo é, pois, simultaneamente, o envoltório e o instrumento do Espírito e, à medida que este adquire novas aptidões, reveste outro envoltório apropriado ao novo gênero de trabalho que lhe cabe executar, (…)
- Por ser exclusivamente material, o corpo sofre as vicissitudes da matéria. Depois de funcionar por algum tempo, ele se desorganiza e decompõe. O princípio vital, não mais encontrando elemento para suas atividades, se extingue e o corpo morre. O Espírito, para quem, este, carente de vida se tornar inútil, deixa-o, como se deixa uma casa em ruínas, ou uma roupa imprestável.”
Há de convir, então, observando esse processo, mais ainda, vivenciando-o, temos a impressão de transitarmos por sofrimentos, dado o nosso apego ao corpo e à vida. Isso se deve em razão de ainda não internalizarmos o princípio inerente ao progresso espiritual.
Como vimos no texto de A Gênese, a evolução do Espírito exige a reformulação do corpo físico. Quanto mais aquele se desenvolve na escala evolutiva, mais o outro precisa ser reorganizado em suas propriedades para acompanhar e proporcionar condições de trabalho e cumprimento das tarefas de que aquele está incumbido.
A nossa efetiva busca pela elevação moral oportuniza a evolução espiritual – objetivo primeiro do nosso caminhar como Espíritos que somos. Não há trocas com o Plano Espiritual, só mesmo a aquisição efetiva em decorrência de princípios espirituais elevados adquiridos no caminhar à luz dos ensinamentos do Mestre Jesus, o Cristo.
Tendo sempre em nossas mentes esses princípios, interessante estar sempre presente em nós a pergunta que nos faz o Mestre – Que buscais?
Sugestão de leitura: “Transformação e evolução” – Transformação e evolução | Elda Evelina