Posted por em 28 jan 2018

“Francisco de Assis certa vez, em um diálogo com frei Leão, disse que deveremos nos preocupar mais com o voltar o olhar para Deus do que com a pureza da Alma. “O coração puro é aquele que toma profundo interesse pela própria vida em Deus.”

A partir do momento em que temos consciência dessa necessidade e buscamos mudar nossas atitudes, tentarmos identificar a presença de Deus em nós. Essa busca, em razão das fragilidades que ainda se mantêm em nós, precisará ser constante – abrirmo-nos à Sua plenitude e deixarmo-nos preencher pela Sua presença.

Tomando como referência as reflexões de Francisco de Assis, poderemos interpretar as palavras do Mestre dizendo que uma criança, ainda em sua inocência, frágil, simples e humilde, tem puro o coração. Deixa-se ser preenchida do que lhe podemos oferecer. É nossa responsabilidade saber proporcionar o que lhe é útil e necessário ao seu desenvolvimento intelectual, moral e espiritual.

A partir do início do seu desenvolvimento, suas ideias tomam gradualmente impulso. Não obstante ser um Espírito com vivências anteriores e experiências que lhe proporcionaram conhecimento, emoções agradáveis ou não, encarna com a bênção do esquecimento, as ideias que lhe formam o caráter acham-se ainda adormecidas.

Devemos então, como responsáveis pelo encaminhamento desse Ser, a nós legado pela divina providência, preencher esse vazio (na acepção de Francisco de Assis) com os ensinamentos de Jesus – deixar irem a Ele as criancinhas -, mostrar-lhes o aceitar Deus, fazê-los conhecer o Seu amor e sentir a Sua presença em suas vidas.

É o momento mais oportuno para esse proceder, enquanto seus instintos se conservam moldáveis, mais acessíveis aos ensinamentos que lhes possam transformar o caráter e facilitar sua evolução. Torna mais fácil a tarefa, o compromisso assumidos pelos pais ou responsáveis.

O transitar pelo período da infância, temporariamente vestido da roupagem da inocência, reflete a sabedoria divina me ação. E Jesus demonstra, na sua orientação a seus discípulos, conhecer e aplicar bem o que o Pai lhe confiou para nos ensinar nesse processo de aprendizado,  não só do nosso Ser como também daqueles que fazem parte de nossa jornada,  nossos companheiros nesse momento na eternidade.”

Aprender com o Mestre – Sobre o Amor, Volume II, Elda Evelina, Bookess Editora

 

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