Posted por em 5 jul 2013

Palestra oferecida no Grupo Fraternidade, em 5 de julho de 2013

Folheto distribuído ao público (PDF) – Provas de fogo – folheto

Áudio (mp3) – Palestra – Provas de fogo

“E o fogo provará qual seja a obra de cada um.” — Paulo. (I Coríntios 3:13)

Estamos sempre enfrentando alguma prova durante nossas vidas, seja de forma física, emocional ou até mesmo espiritual.

Quando produzimos algo, fazemos algum trabalho criativo por exemplo, queremos por à prova nossa realização para conferir se ele passa por testes necessários para que, então, venhamos a liberar nossa obra sabendo que resistirá ao uso que lhe cabe.

Assim também na vida de cada um de nós. Seguimos nossa jornada terrena aprendendo lições, exercitando nosso aprendizado da forma que nos é possível e, de quando em vez, somos colocados a provas e, se observadores ao que nos ocorre, verificamos se efetivamente aprendemos algumas lições e o quanto resistimos às intempéries a que somos submetidos.

É nesses momentos que podemos nos avaliar e, a partir das observações, traçar planos de desenvolvimento das nossas condições espirituais, emocionais e físicas.

Em o livro Medicina da Alma, Joseph Gleber, refletindo sobre dor e sofrimento, nos fala que a dor tem várias procedências e elenca duas em especial para nos proporcionar uma panorâmica sobre o assunto: dor como resultado natural do processo evolutivo e dor-resgate.

É interessante traçarmos alguns aspectos desses dois tipos de provas, na forma de dor, que ocorrem em nossa jornada terrena.

Dor como resultado natural do processo evolutivo

É a dor resultante do esforço para superar as imperfeições nas manifestações do nosso temperamento e tendências. A busca pelo nosso melhoramento espiritual e moral. É comum depararmo-nos com diversas situações que nos constrangem em razão de nossos valores, conceitos, preconceitos; como também por cobranças impostas pelo círculo social em que estamos inseridos. Queremos progredir moral e espiritualmente, mas ainda nos sentidos frágeis para vencer deficiências ainda existentes em nosso perfil moral.

Queremos progredir, mas sentimo-nos ainda sem condições de avançar como gostaríamos. Surge, então, o sofrimento resultante dessa dor.

Joseph Gleber compara esse processo com o esforço que o verme empreende para vencer os obstáculos desde as entranhas da terra em direção à luz dos raios solares. Assim somos nós, vencendo as dificuldades que nos surgem na busca pela luz dos raios da compreensão, compaixão, do amor, da proximidade cada vez maior do exercício do Evangelho em nossas vidas.

Dor-resgate

Ao longo da nossa existência em corpo, cometemos vários deslizes da mais variada ordem. Chega o momento em que tomamos consciência dos nossos erros e de alguma forma, intencionalmente ou não, somos submetidos a situações que visam a corrigenda necessária.

Somos submetidos a experiências que irão proporcionar oportunidades de reflexão, refazimento de nossas ações, resgate do Ser espiritual que, como disse Jesus certa vez, tem a luz divina em si.

Essas oportunidades em forma de dores, sejam físicas, emocionais ou espirituais, são resultantes de nossas condutas equivocadas (em passado recente ou remoto).

É a ação corretiva da lei da harmonia universal, a que damos o nome de carma ou lei da ação e reação – reajustamento do comportamento humano com a reforma do Ser que promoveu o desequilíbrio.

As provas decorrentes de nossas ações equivocadas – dor-resgate – poderão ser em forma de enfermidades físicas ou psíquicas, das mais diversas naturezas. É a correção da parte para a harmonia do todo.

Muitas vezes ouvimos que para nos elevarmos espiritualmente precisamos sofrer, ou até mesmo que sofrer é sinal de elevação. É um equívoco pensar assim. A dor, ou o sofrimento, são sinais que nos despertam para a consciência de que algo está ou esteve errado conosco, são como indicadores para um caminhar de reconstrução de uma vida que em um passado recente, ou remoto, esteve em desarmonização, por atitudes inadequadas de nossa parte.

Esse processo de dor-resgate não constava dos planos da Consciência Suprema em relação a nós, seus filhos. Resulta da colheita obrigatória que será proporcional ao que foi semeado.

As experiências que vivenciamos, nesse caso, se bem conduzidas e bem aproveitadas como aprendizado, certamente irão promover a grande mudança de que necessitamos para acertar o nosso caminhar e alcançar o nosso aprimoramento moral e espiritual.

No entanto, se nos mantivermos na resistência à mudança; não aceitarmos as dores-resgate como estímulo ao reajustamento de nossos valores e conceitos; se não buscarmos o aprendizado que essas experiências se prestam a nos oferecer, o processo poderá ser razão de queda e estagnação na jornada de elevação do espírito.

É importante que estejamos conscientes de que muitas das dificuldades e resultados de nossas ações a que possamos denominar de insucessos são, na realidade, a atuação da lei da harmonia universal em nossas vidas – a tentativa de nos direcionar ao cumprimento de compromissos que assumimos em outros planos. Resgatar nosso caminho de evolução espiritual com o despertamento da nossa consciência.

Muitas vezes os brilhos das conquistas materiais, posição de destaque na sociedade, elevação intelectual não suportam as provas de fogo que são, sobremaneira, movimentos purificadores de nossas mazelas espirituais.

Não devemos, no entanto, sentirmo-nos desanimados por, no mais das vezes, verificarmos serem ainda frágeis nossas forças nessa busca pela elevação moral e espiritual. O Cristo conhece nossas potencialidades e nos aguarda. Ele nos auxilia nessa caminhada em busca do caráter, do amor, da fé, paciência e esperança, conquistas para a vida eterna.

É imprescindível, porém, cumprirmos o nosso papel de aprendizes, conquistando experiências necessárias ao nosso aprimoramento. No momento oportuno, nos veremos vitoriosos à frente de nossas provas de fogo, mostrando nossas qualidades espirituais conquistadas no esforço de subirmos a partir das profundezas de nossas imperfeições em direção aos raios da compreensão, compaixão, do amor, da proximidade cada vez maior do exercício do Evangelho em nossas vidas.

2 Comentários

  1. 3-7-2013

    como sempre, cai como uma luva para qualquer um que tenha consciência do assunto…eu mesma já passei por uma prova de fogo que no final tive a certeza: se foi resgate, resgatei; se foi aprendizado, aprendi!

  2. 3-7-2013

    ELDA, OBRIGADA! ASSIM QUE DER, LEIO. JÁ A COPIEI, PARA COLÁ-LA NA MESA DE TRABALHO. SUAS PALAVRAS NÃO PODEM SER LIDAS DE QUALQUER FORMA, APRESSADAMENTE.
    GRANDE ABRAÇO, QUE TUDO CORRA BEM (E HÁ DE CORRER) NO DIA 5 PRÓXIMO,
    MARILIA

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