Posted por em 11 jan 2022

“E disse-lhes: – Por que estais dormindo?

Levantai-vos e orai, para que não entreis em tentação.” (Lu 22:46)

Folheto (PDF) –  PorQueDormis-GFEIE-11-01-2022

É muito comum nós nos deixarmos envolver pelo desânimo, pela fadiga, pela falta de fé e autoconfiança.

Somos frágeis ainda no que diz respeito ao autodomínio, à determinação de nos mantermos firmes na execução de projetos e até mesmo de sonhos criados em nossas mentes, com a intenção de vê-los realizados.

Quanto aos discípulos na passagem do Evangelho, podemos ter uma ideia do que lhes passava naquele momento. Eles tinham recebido orientação do Mestre quanto ao que lhe viria a ocorrer, ainda que não alcançassem realmente a extensão dos acontecimentos e consequências.

Por certo estavam cansados mental e fisicamente.

Ainda que o Mestre, ao chegarem ao Monte das Oliveiras, tenha orientado os discípulos: “Orai, para que não entreis em tentação” (Lu 22:40), não foi o que ocorrera.

Jesus afastou-se e orou ao Pai: “se queres passa de mim este cálice; todavia não se faça a minha vontade, mas a tua.” Conta-nos ainda Lucas: “E apareceu-lhe um Anjo do céu, que o fortalecia. E posto em agonia, orava mais intensamente. E o seu suor tornou-se como grandes gotas de sangue, que corriam até o chão. E levantando-se da oração, veio para os seus discípulos, e achou-os dormindo de tristeza. E disse-lhes: Porque estais dormindo? Levantai-vos, e orai, para que não entreis em tentação.” (Lu 22:42 a 46)

A que tipo de tentação estaria Jesus se referindo?

Somos ainda muito apegados a questões materiais, a interesses efêmeros.

Muitos se dizem seguidores de Jesus, o Cristo. Vão aos templos, citam passagens dos Evangelhos, recolhem-se em oração e rogativas.

No entanto, o quão profundas são nossas preces?

Em o Evangelho Segundo o Espiritismo, Cap. XXVII – Pedi e obtereis, encontramos esclarecimentos e orientações de suma importância para que entendamos o sentido da Prece, seus fundamentos, eventual alcance de resultados de nossas rogativas junto ao Pai.

Jesus pede aos discípulos que orem. Com certeza desejava que eles se entregassem àquele momento de prece. Sentissem realmente o que expressavam. As palavras, verbalizadas ou só sentidas na mente, fossem verdadeiras.

Orarmos com profunda entrega a esse momento traz tranquilidade, eleva nossos sentimentos, abre caminhos mentais e espirituais para uma efetiva integração a patamares mais sutis, promove conexões efetivas com o Plano Espiritual de Luz.

Nesse estágio de conexão, passamos a ser instrumentos de realizações à disposição de Planos sutis. Sermos agentes auxiliares na obra do Pai.

O texto nos fala sobre ser no sono da Alma que podem ocorrer as “mais perigosas tentações, através de pesadelos ou fantasias”. Podemos interpretar como sendo “este sono”, a que se refere Emmanuel, o descuido a que nos deixamos entregar. Não prestarmos atenção ao que efetivamente estamos fazendo.

Não estarmos despertos para a realidade da vida, de nossas necessidades benfazejas. Não termos o olhar desperto para as verdadeiras e auspiciosas conquistas e realizações. Não estarmos conectados com sentimentos do amor, do perdão, da paz, da luz. Também da fé, que nos fortalece e promove transformações incríveis no nosso viver.

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