Posted por em 12 jun 2011

Decora-04-1O estudo sobre o passe é de extrema importância não só para os trabalhadores das práticas. Para estes, a importância resulta da necessidade de saberem como se dá o processo de doação de energias; conhecerem o corpo físico, seus órgãos e glândulas; Centros de Força; Plexos; e outros itens imprescindíveis a medidas de segurança para um trabalho bem conduzido e alcance de eficácia nos resultados.

Para aqueles que procuram o atendimento nos grupos auxílio espiritual, na tentativa de encontrar alívio para suas dores – sejam físicas, emocionais ou espirituais -, o conhecimento do processo do Passe é imprescindível para que possam colaborar de forma ativa no alcance de seus objetivos. Sem o conhecimento do processo e de como alcançar sua eficácia e da importância de determinados procedimentos que unicamente lhes cabe, de nada adiantará o comparecer tão-somente para receber o Passe e prosseguir com suas vidas como antes, sem qualquer tentativa de mudança de comportamento e reformulação de seus conceitos e valores.

Dar o passe é doar-se como expressão de amor pelo irmão que está aflito e busca o auxílio.

Tomar o passe é receber essa doação, expressão da caridade.

Quando damos um passe nós oferecemos um pouco de nós mesmos para que o outro possa alcançar bem-estar e sentir-se em condições de prosseguir mais fortalecido para seus afazeres e consecução de metas, enfim, dar prosseguimento à sua jornada.

Quando recebemos um passe nós recebemos uma dádiva muito especial, um presente oferecido pelos nossos irmãos do Plano Superior, dedicados trabalhadores que se dispõem ao exercício incessante de amor e de doação. Esses irmãos realizam esse trabalho através dos médiuns que se oferecem para essa prática, como já dissemos, como expressão da sua vontade de ver seus companheiros de jornada restabelecidos, ou pelo menos reconfortados e revigorados para prosseguirem com a sua caminhada terrena.

Precisamos valorizar esse presente tão especial comprometendo-nos com a nossa reforma íntima. Ainda que lenta, essa reforma deverá ser constante e afirmativa para que os resultados sejam alcançados e possamos internalizar de forma efetiva a nossa melhora e, quiçá, a cura sempre tão almejada.

Como pacientes, qual deve ser o nosso comportamento ao buscar a ajuda espiritual?

Deveremos, primeiramente, estar convictos de querer essa ajuda, sermos determinados e perseverantes nesse processo. Seguir as orientações porventura traçadas pelo orientador espiritual no caso de consultas. Normalmente essas orientações contemplam sugestões de leituras edificantes (Evangelho, romances, livros contendo experiências de tratamento ou exemplos de vida no plano espiritual e outras leituras de conteúdo espiritual); comparecimento a reuniões para assistir a palestras e tomar passes; abstenção de determinados alimentos e bebidas e outras práticas contraproducentes no processo de tratamento; meditação; Estudos Sistematizados da Doutrina e Culto no Lar.

O Evangelho e as leituras edificantes são importantes para que aprendamos uma nova forma de pensar e agir dentro dos preceitos do Evangelho do nosso Amado Mestre Jesus – nosso Mentor maior e nosso Guia.

A abstenção de determinados alimentos e bebidas tem sua razão de ser, considerando que muitas vezes esses alimentos e essas bebidas são o motivo de nosso mal-estar e de nosso desequilíbrio. A ingestão de alguns tipos de bebida e de alguns alimentos também podem impedir que o tratamento seja mais eficaz, dificultando a absorção das energias oferecidas através do passe e do trabalho de imposição de mãos por ocasião dos tratamentos espirituais.

O Estudo Sistematizado da Doutrina proporciona excelente oportunidade para o aprendizado de como tudo se processa; a razão de estarmos nessa caminhada sob o ponto de vista espiritual (nossa evolução, por excelência); conhecermos a composição do nosso corpo em seus vários níveis (físico, perispírito e Espírito); a implicação de nossos comportamentos no bem-estar ou mal-estar desse corpo e como melhorar nossas condições nessa caminhada.

O Culto no Lar é uma prática que deveria ser incorporada ao nosso cotidiano. Além da oportunidade da leitura de textos importantes, reflexão sobre o conteúdo desses textos, oportuniza a reunião familiar tendo como centro o estudo de assuntos evangélicos e prática do bem e do amor.

Quanto às reuniões públicas para assistir às palestras e receber o passe há considerações importantes que merecem um registro especial, o que tentaremos oferecer a seguir.

Muitas vezes observamos que as pessoas buscam as reuniões tão-somente para os passes, acreditando ser essa prática, por si só, o instrumento da sua reabilitação e cura.

Ela perde a excelente oportunidade de assistir às palestras que contêm itens importantes para sua reflexão e reformulação de vida, imprescindíveis ao seu espírito em processo de aprendizado e evolução espirituais. Esse é o caso daquelas pessoas que chegam ao final das palestras ou até mesmo daquelas que, apesar de estarem presentes fisicamente nas reuniões, desde o início, estão distraídas, dispersivas, em conversas e alheias ao assunto que está sendo oferecido para reflexão. No caso dessas últimas, há o agravante de impedirem outras pessoas de estarem atentas ao que está sendo oferecido ou dificultarem seu entendimento.

No caso de reuniões explicitamente de esclarecimento de irmãos encarnados em tratamento em conjunto com os desencarnados, tiram destes a oportunidade de aprenderem, de serem esclarecidos e, por sua vez, impedem a própria cura que depende, no mais das vezes, da cura do espírito que comunga com ele dos mesmos desequilíbrios, desconfortos e doenças.

Outro item importante nessa reflexão é o estar em estado de oração. Quando adentramos o recinto onde ocorrerá a reunião deveremos, a partir desse momento, recolhermo-nos em prece. Buscar no silêncio físico o contato com as emanações sutis que estarão presentes no ambiente já devidamente preparado pela espiritualidade para o trabalho.

Ao tempo em que nos recolhemos ao imo do nosso coração em busca da tranquilidade, do equilíbrio e da harmonia, nós já estaremos nos beneficiando das energias de amor, revigorantes e confortadoras. Já estaremos em tratamento.

Conscientes dessa verdade, ampliaremos a nossa capacidade de recepção e o trabalho oferecido pela espiritualidade e pelos irmãos médiuns será muito mais eficaz.

Não podemos nos esquecer da importância de mantermo-nos determinados a buscar a reformulação de nossas vidas. Ao sair da reunião deveremos tentar manter o equilíbrio e a conexão com os planos espirituais superiores para que o trabalho não se perca, levando para os nossos lares as energias recebidas e compartilhar com nossos companheiros de jornada os benefícios auferidos no tratamento.

Diz-nos Jacob Melo em seu livro “O Passe – seu estudo, suas técnicas, sua prática”:

“Ocorre que,… no passe recebemos “fluidos” os quais, apesar do seu alto poder de penetração, podem ser facilmente degenerados, desmaterializados, desmagnetizados enfim, por efeito de nosso comportamento mental, de nosso “hálito psíquico”. Além do que, a absorção fluídica e sua manutenção em nossos corpos físicos e fluídicos dependem de uma enormidade de fatores.

Por mais repetitivo possa parecer, não podemos deixar de enfatizar que “Títulos de fé não constituem meras palavras, acobertando-nos deficiências e fraquezas. Expressam deveres de melhoria a que não nos será lícito fugir, sem agravo de obrigações.” André Luiz no livro “Nos domínios da Mediunidade”, cap. 13.

do livro “Reflexões Evangélicas”, de Elda Evelina, pela Editora Bookess – www.bookess.com.br/profile/eldaevelina
Palestra proferida pela autora no Grupo Fraternidade Irmão Estêvão no dia 10 de junho de 2011

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