Posted por em 1 maio 2013

Decora-Asas 3As Leis de Deus estão gravadas em nossa consciência. Ao nascermos para uma jornada terrena, trazemos conosco os preceitos morais; os princípios básicos da convivência; os anseios pela paz, pelo amor, pela luz em nossas vidas.

Por que razão, então, nós não os aplicamos e encontramos a nossa felicidade?

É o amor, ainda impregnado do egoísmo que trazemos, desde os primórdios, como instinto de autopreservação. O sentimento que nos manteve sobreviventes às intempéries ao longo dos milênios.

Esse amor-egoísmo, ao longo dos tempos, passou por várias transformações e atualmente passa pela fase do aprendizado da Fraternidade.

Estamos há alguns milhares de anos buscando esse aprendizado. Vários mestres vieram até nós tentando ensinar-nos o caminho do amor, da felicidade. No entanto, o amor-egoísmo ainda se faz presente no cotidiano de todos nós, mais ou menos intensos, dependendo do grau evolutivo que já conseguimos alcançar.

Há dois mil e poucos anos acorreu-nos Jesus, com o Seu saber e amor, para tentar despertar em nós, de uma forma mais intensa, as Leis de Deus. Procurou fazer-nos lembrar da necessidade de fazer emergir o conceito do amor, mas ainda estamos na fase inicial desse processo.

Trouxe-nos um modo exemplar de viver e conviver. Alguns tiveram a oportunidade de estar com Ele e ouvir diretamente esses ensinamentos muito especiais. Deixou-nos conceitos de amor, de paz, de luz; acordou-nos para a realidade de sermos espíritos de luz, ainda que esta luz esteja adormecida em nosso íntimo, mas que deve ser despertada para fazer brilhar o mundo à nossa volta.

Seus ensinamentos foram oferecidos da forma mais explícita e convincente que se pode imaginar: com o seu próprio modo de viver, com o Seu exemplo vivo. Também na forma de parábolas e discursos ricos em símbolos impregnados dos costumes da época para que os ensinamentos ali inseridos fossem de mais fácil compreensão.

Precisamos ter em mente que não há verdadeiros discípulos, apóstolos ou profetas sem que haja o aprendizado e prática dos ensinamentos ministrados e vivenciados pelo Mestre Jesus, o Cristo. A vivência do Evangelho se dá pelo estudo e internalização dos ensinamentos, como também, e principalmente, no compartilhar e praticar.

Mesmo que venhamos a conquistar conhecimentos em todas as áreas das ciências, se não dos dispusermos a efetivamente aplicar esse aprendizado em nossas vidas nada de útil sobrevirá dessa conquista.

A prática do Evangelho em nossas vidas se faz essencialmente com o exercício do Amor, ou da caridade. Já dizia o apóstolo Paulo:

“Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, e não tivesse amor, seria como o metal que soa ou como o sino que tine.

E ainda que tivesse o dom de profecia, e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência, e ainda que tivesse toda a fé, de maneira tal que transportasse os montes, e não tivesse amor, nada seria.

E ainda que distribuísse toda a minha fortuna para sustento dos pobres, e ainda que entregasse o meu corpo para ser queimado, e não tivesse amor, nada disso me aproveitaria.

O amor é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; o amor não trata com leviandade, não se ensoberbece.

Não se porta com indecência, não busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal;

Não folga com a injustiça, mas folga com a verdade;

Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.

O amor nunca falha; mas havendo profecias, serão aniquiladas; havendo línguas, cessarão; havendo ciência, desaparecerá;

Porque, em parte, conhecemos, e em parte profetizamos;

Mas, quando vier o que é perfeito, então o que o é em parte será aniquilado.

Quando eu era menino, falava como menino, sentia como menino, discorria como menino, mas, logo que cheguei a ser homem, acabei com as coisas de menino.

Porque agora vemos por espelho em enigma, mas então veremos face a face; agora conheço em parte, mas então conhecerei como também sou conhecido.

Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e o amor, estes três, mas o maior destes é o amor.” I Coríntios 13:1-13

Assim, nós podemos dizer que o Mestre ofereceu-nos Palavras-ensinamentos para nortear a nossa jornada. Pedro disse a Jesus: “Senhor, para quem iremos nós? Tu tens as palavras da vida eterna.” (Jo 6:68)

O que podemos apreender do sentido dessa expressão: Palavras de vida eterna?

Eu imaginei duas maneiras de ver a questão:

1 – Os ensinamentos são eternos, atuais em todos os momentos

Os preceitos morais, as Leis de Deus, são eternos como o próprio Criador.

2 – Os ensinamentos nos oferecem o conhecimento sobre a vida eterna e descortinam a oportunidade de vivermos a vida eterna em luz

As palavras e o exemplo do Mestre Jesus, o Cristo, mostram-nos como compreender o conceito de vida eterna e o que significa alcançar essa graça.

Eu sou…

“Eu sou a fonte da água viva …” Jo 7:37 e 38

“Eu sou o pão da vida; o que vem a mim jamais terá fome; e o que crê em mim jamais terá sede.” Jo 6:35

“Eu sou a luz do mundo; quem me segue não andará nas trevas, pelo contrário, terá a luz da vida.” Jo 8:12

“Eu sou a porta. Se alguém entrar por mim será salvo.” Jo 10:9

“Eu sou o bom pastor. O bom pastor dá sua a vida pelas ovelhas.” Jo 10:11

“Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, ainda que morra, viverá.” Jo 11:25

“Eu sou o caminho, a verdade e a vida, ninguém vem ao Pai senão por mim.” Jo 14:6

“Eu sou a videira, vós os ramos. Quem permanece em mim, e eu, nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer.” Jo 15:5

Bem-aventuranças

“Bem-aventurados os humildes de espírito, porque deles é o reino dos céus.

 Bem-aventurados os que choram, porque eles serão consolados.

 Bem-aventurados os mansos, porque eles herdarão a terra.

 Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça porque eles serão fartos.

 Bem-aventurados os misericordiosos, porque eles alcançarão misericórdia.

 Bem-aventurados os limpos de coração, porque eles verão a Deus.

 Bem-aventurados os pacificadores, porque eles serão chamados filhos de Deus.

 Bem-aventurados os que são perseguidos por causa da justiça, porque deles é o reino dos céus.

 Bem-aventurados sois vós, quando vos injuriarem e perseguiram e, mentindo, disserem todo mal contra vós por minha causa.” Mt 5:3-11

Porquanto esta é a vontade de meu Pai: Que todo aquele que vê o Filho e crê nele, tenha a vida eterna;” Jo 6:40

“Em verdade, em verdade vos digo: Aquele que crê tem a vida eterna.” Jo 6:47

“Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo”  II Co 5:17

“Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o Seu filho unigênito, para que todo aquele que n’Ele crê tenha a vida eterna.” Jo 3:16

“Interrogado pelos fariseus sobre quando viria o reino de Deus, Jesus lhes respondeu: Não vem o reino de Deus com visível aparência. Nem dirão: Ei-lo aqui! Ou: Lá está! Porque o reino de Deus está dentro de vós Lucas 17:20-21

“Ensinando-os a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos. Amém.” Mt 28:20

4 Comentários

  1. 1-5-2013

    Gosto e admiro muito seu modo de explicar assuntos dessa grandeza… São ensinamentos fáceis de assimilar e porque não praticar, vivenciar? (estamos no caminho certo!)

  2. 2-5-2013

    Prezada Elda.
    Belo texto.
    Acredito que estou no caminho divino porque ainda questiono meus pensamentos e atitudes.
    Um forte abraço
    Graça Costa

  3. 3-5-2013

    Dispensa comentários , pois é perfeita, registro aqui que com relaçao ao amor, este amor egoísta náo é amor, é posse, o amor náo é egoísta, o amor liberta, eis que eu mais que muitos , fui táo egoísta que ha bem pouco tempo entendi, que o amor , náo tem posse, mas o desejo infinito da felicidade do outro ou de outros.
    É a questáo do livre arbítrio, Deus nos deu o livre arbítrio, que prova maior, o criador nos deu de seu amor por nós, libertando sua criaçao inclusive para negá-lo, se assim entendessem…. ninguem é de ninguem, esta é a verdadeira liberdade , estar por querer estar, cuidar por querer cuidar, ser feliz ainda que loge do que amamos, beijos

    • 6-5-2013

      Com relação ao amor-egoísmo, alguns estudos oferecem esse tipo de conceito.
      Começamos com o amor a si próprio, nos primórdios (ex.: homens e mulheres das cavernas) quando se precisava de alto nível de busca pela autopreservação. Esse sentimento era muito importante pois, se ele não existisse nesse contexto o ser humano não se empenharia na sua sobrevivência. Não é no sentido pejorativo, é só um conceito para se entender o tipo de sentimento que havia nessa fase da história. Ainda há pessoas com esse instinto, mesmo hoje em dia, mas estamos caminhando nessa trilha do aprendizado.
      Reflete-se que a humanidade passa também, nesse processo evolutivo dos sentimentos, pelo amor maternal, amor filial, amor fraternal e assim por diante. É um processo de aprendizado que deverá levar ao amor efetivamente incondicional, Universal, que Jesus Cristo quis ensinar a todos nós e que ainda não conseguimos entender plenamente e muito menos aplicar em nossas vidas. Mas um dia chegaremos lá.
      Simbolicamente e sinteticamente podemos colocar o amor da seguinte forma (pesquisei em vários livros, fez parte de um estudo que apresentei em forma de palestra):
      Fases do amor:
      – infantil – possessivo. Caracteriza-se pela ambição, pela cobrança de carinhos e atenção, pela autopreservação. Dominador, que pensa exclusivamente em si antes do que no ser amado.
      – juvenil – expressa-se pela insegurança. É uma faze intermediária quando dá e recebe, procurando liberar-se da consciência de culpa.
      – maduro – pacificador, que se entrega sem reservas e faz-se plenificador. A confiança, suave-doce e tranquila, a alegria natural e sem alarde, a exteriorização do bem que se pode e se deve executar, a compaixão dinâmica, a não-posse, não-dependência, não-exigência, são benesses do amor pleno, pacificador, imorredouro.
      Beijos
      Eu… tia Elda que muito a ama.

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