Posted por em 6 jan 2014

Estudo oferecida no GFEIE Asa Norte, em 06-01-2014

Folheto distribuído ao público (PDF) – Mediunidade gratuita

Estar em paz e ter fé

Aprender e modificar-se

Trilhar no caminho do bem

Pacificar corações

Doar-se incondicionalmente

Compartilhar ensinamentos

Eis alguns dos atributos daquele que busca o exercício da verdadeira Mediunidade.

Elda Evelina

Verdadeiro exercício da mediunidade

Gostaria de começar com uma reflexão de Francisco Xavier quando perguntado:

“– Como entende você a mediunidade espírita com Jesus?”[1]

A que ele respondeu:

“– Para mim, e digo isso apenas com respeito à minha pobre e apagada pessoa, mediunidade espírita com Jesus tem sido um processo de iluminação, pelo qual, quanto mais os Bons Espíritos escrevem e se comunicam por meu intermédio, mais evidentes se tornam os meus defeitos e inferioridades, não só perante os outros como também diante de mim mesmo.

Compreendo, desse modo, que mediunidade com Jesus para mim tem sido um encontro progressivo e constante comigo mesmo, em que a luz dos Amigos Espirituais me mostra, sem violência, quanto preciso ainda aprender e trabalhar para melhorar-me.”[1]

Diante dessa resposta oferecida pelo Chico, podemos perceber que o exercício da mediunidade com amor e caridade, à luz do Evangelho do Cristo, já se mostra recompensa mais do que suficiente àquele que se dedica ao trabalho de intercâmbio entre o Plano Espiritual e o plano físico, com vistas à aplicação do bem e amparo aos que sofrem e buscam compreender a razão do que lhes acontece.

Paulo, em uma de suas cartas, lembra a seus auxiliares, no trabalho de disseminação dos ensinamentos do Mestre, que eles não deverão buscar seu sustento junto às igrejas e comunidades que visitam. Devem, sim, exercer um ofício para ter condições de adquirir o alimento e o que lhes for necessário à vida. O trabalho de divulgação do Evangelho não poderá ser a visto como fonte de sustento.

Diz-nos o Evangelho Segundo o Espiritismo:

“Procure, pois, aquele que carece do que viver, recursos em qualquer parte, menos na mediunidade; não lhe consagre, se assim for preciso, senão o tempo de que materialmente possa dispor. Os Espíritos lhe levarão em conta o devotamento e os sacrifícios, ao passo que se afastam dos que esperam fazer deles uma escada por onde subam.”[2]

Em O Livro dos Médiuns, encontramos:

“Todas as faculdades são favores pelos quais deve a criatura render graças a Deus.”[3]

Em mais uma reflexão de Francisco Xavier, a respeito do assunto, quando perguntado:

“– Então quem trabalha tanto e trabalhou tanto até agora, nada recebe pelo seu trabalho?”

Resposta de Chico Xavier:

“- Graças a Deus, nunca entrou em nossas cogitações receber qualquer remuneração pelos livros psicografados, que os nossos amigos espirituais consideram como sendo um depósito sagrado. Mas é preciso que eu me explique. Tenho tido uma compensação muito maior do que aquela que pudesse vir ao meu encontro através do dinheiro: é a compensação da amizade.

O Espiritismo e a mediunidade trouxeram-me amigos tão queridos, que me dispensam tanto carinho, que eu me considero muito mais feliz com estes tesouros do coração, como se tivesse milhões à minha disposição.”

É assim que devemos nos sentir no exercício da mediunidade, em qualquer circunstância: gratos pela oportunidade maravilhosa de sermos úteis àqueles que buscam amparo, compreensão, acolhimento em seus momentos de dores, dúvidas e angústias.

Essa faculdade nos é oferecida como bênção e oportunidade de reajuste em razão de faltas cometidas, desvios de comportamento em outras vidas. É importante que tenhamos consciência disso para que sejamos instrumentos úteis nas mãos de nossos mentores e espíritos amigos.

Ainda no Evangelho Segundo o Espiritismo encontramos que, para os médiuns, a mediunidade é “um dom gratuito: o de serem intérpretes dos Espíritos, para instrução dos homens, para lhes mostrar o caminho do bem e conduzi-los à fé, não para lhes vender palavras que não lhes pertencem, a eles médiuns, visto que não são fruto de suas concepções, nem de suas pesquisas, nem de seus trabalhos pessoais.”[2]

Todos devem ter acesso à Luz oferecida pelo Evangelho e pelos Espíritos amigos. Ninguém poderá ser privado de receber qualquer auxílio espiritual em razão de não ter condições de pagar. Esse amparo deverá estar à disposição de todos, independente da condição financeira.

Como nos esclarece o Evangelho: “Tal a razão por que a mediunidade não constitui privilégio e se encontra por toda parte. Fazê-la paga seria, pois, desviá-la do seu providencial objetivo.” [2]

Curai os enfermos, ressuscitai os mortos, limpai os leprosos, …; de graça recebestes, de graça dai.” Mateus 10:8

[1] Instruções Psicofônicas – F. C. Xavier – Espíritos diversos

[2] Capítulo XXVI do Evangelho Segundo o Espiritismo, itens 7 e 10

[3] Livro dos Médiuns – da influência moral do médiun

“Curai os enfermos, ressuscitai os mortos, limpai os leprosos, …; de graça recebestes, de graça dai.” Mateus 10:8

Evangelho Segundo o Espiritismo – Capítulo XXVI

  1. Os médiuns atuais – pois que também os apóstolos tinham mediunidade – igualmente receberam de Deus um dom gratuito: o de serem intérpretes dos Espíritos, para instrução dos homens, para lhes mostrar o caminho do bem e conduzi-los à fé, não para lhes vender palavras que não lhes pertencem, a eles médiuns, visto que não são fruto de suas concepções, nem de suas pesquisas, nem de seus trabalhos pessoais. Deus quer que a luz chegue a todos; não quer que o mais pobre fique dela privado e possa dizer: não tenho fé, porque não a pude pagar; não tive o consolo de receber os encorajamentos e os testemunhos de afeição dos que pranteio, porque sou pobre. Tal a razão por que a mediunidade não constitui privilégio e se encontra por toda parte. Fazê-la paga seria, pois, desviá-la do seu providencial objetivo. […]
  2. A mediunidade é coisa santa, que deve ser praticada santamente, religiosamente. Se há um gênero de mediunidade que requeira essa condição de modo ainda mais absoluto é a mediunidade curadora. O médico dá o fruto de seus estudos, feitos, muita vez, à custa de sacrifícios penosos. O magnetizador dá o seu próprio fluido, por vezes até a sua saúde. Podem pôr-lhes preço. O médium curador transmite o fluido salutar dos bons Espíritos; não tem o direito de vendê-lo. Jesus e os apóstolos, ainda que pobres, nada cobravam pelas curas que operavam.

Procure, pois, aquele que carece do que viver, recursos em qualquer parte, menos na mediunidade; não lhe consagre, se assim for preciso, senão o tempo de que materialmente possa dispor. Os Espíritos lhe levarão em conta o devotamento e os sacrifícios, ao passo que se afastam dos que esperam fazer deles uma escada por onde subam.

O que é mediunidade

“382 Qual a verdadeira definição da mediunidade?

– A mediunidade é aquela luz que seria derramada sobre toda carne e prometida pelo Divino Mestre aos tempos do Consolador, atualmente em curso na Terra. (…)

Sendo luz que brilha na carne, a mediunidade é atributo do Espírito, patrimônio da alma imortal, elemento renovador da posição moral da criatura terrena, enriquecendo todos os seus valores no capítulo da virtude e da inteligência, sempre que se encontre ligada aos princípios evangélicos na sua trajetória pela face do mundo.”

Do livro “O Consolador”, Emmanuel, por Chico Xavier

Médiuns somos todos nós … Responsabilidade e compromisso

“A mediunidade é dom divino, nada deve retirar dela essa característica; quanto a nós, resta-nos o dever de aproveitá-la para o entendimento da Lei e da grandiosidade do Criador, utilizando-a como recurso de transformação na sagrada tarefa de servir.”

De o livro “Mediunidade com Jesus”, de Carlos, por Roberto Lúcio V. de Souza

Sugestões de leitura

Novos rumos para o Centro Espírita – Joanna de Ângeliz, por Divaldo Franco

O Consolador – questões 382, 387, 409 e 411 — Emmanuel, por Chico Xavier

Meditações diárias – André Luiz, por Chico Xavier

Livro dos Médiuns – Da influência moral do médium – questões 226 a 230 — Allan Kardec

Livro dos Espíritos – Da intervenção dos Espíritos — questões 456 a 572 — Allan Kardec

Instruções Psicofônicas – F. C. Xavier – Espíritos diversos

 

 

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