Posted por em 14 dez 2012

Libelula 2“Os sãos não precisam de médico, mas sim os enfermos.” Mateus 9:12

Jesus, como terapeuta, mostrou-se amoroso e profundo na identificação das necessidades do Ser humano. Ele observava aqueles que se apresentavam a ele, percebia-lhes os problemas e suas origens no recôndito da alma, seus comprometimentos em vidas pregressas e, a partir de então, sugeria-lhes caminhos de conscientização e libertação. Acrescentava, ainda, o despertar da consciência para o comprometimento moral a fim de que “não lhes acontecesse algo pior”.

O Ser humano é o resultado de todas as suas experiências atuais e pregressas – aspirações, necessidades e, principalmente, de suas atitudes perante essas experiências, o como aplica os recursos intelectuais e espirituais que amealha ao longo das existências.

A mensagem do Mestre é dirigida aos enfermos da alma. Seus ensinamentos constituem a terapia ideal, que auxilia a curar a doença como também a evitá-la. Predispõe todos à defesa com relação aos fatores que os poderiam perturbar física, emocional, psíquica e moralmente.

Ele conhecia as pessoas e sabia que se encontravam na Terra em aprendizado, buscando acertar o que praticaram contra si mesmos.

Ele demonstrou com o seu amor, serenidade, exemplo, como se deve viver em equilíbrio, não obstante os obstáculos e dificuldades que a vida apresenta.

Ele foi um educador, um Mestre. Não assumia para si os problemas alheios solucionando-os, antes incentivava todos a cumprirem o que lhes competia e a se responsabilizarem pelos próprios deveres. Apresentou ensinamentos que nos permitem, ainda hoje, encontrar os melhores caminhos para seguir em nossa jornada de aprendizado intelectual e, principalmente, espiritual, proporcionando-nos condições de preparar nosso caminhar em direção ao progresso espiritual.

Sua proposta de trabalho psicoterapêutico foi preventiva, visando a vivência da saúde integral, na sugestão do autoconhecimento, da autodescoberta.

Sempre atento aos Códigos Soberanos da Vida, oferecia, também, a possibilidade de uma terapia curadora quando reconhecia, naquele que O buscava para o alívio a suas dores e sofrimentos, um Ser que já havia cumprido seus compromissos e, por isso, pronto a se ver resgatado para novos níveis de experiências e aprendizado.

Recebia e ajudava a todos de igual modo, independente da classe socioeconômica, se doentes ou sadios da alma. Todos, sem distinção, estavam em processo de aprendizado e evolução. Mesmo aqueles que reincidiam no erro eram acolhidos com compaixão e amor. Conhecedor das fragilidades humanas, mostrava-se compreensivo crendo na capacidade do Ser de se reerguer a partir do autoconhecimento, vontade, esperança e fé.

Proporcionava a todos a oportunidade de compreender os mecanismos da vida fora do corpo físico, atendendo-lhes as faculdades espirituais. Reconhecia em cada um a capacidade de comunicação entre planos de existência. Faculdade essa oferecida a todos, cabendo a cada um saber utilizá-la em sua jornada de progresso, devendo assumir a responsabilidade pelos seus atos. Essa oportunidade decorre da importância de se conhecer as causas do estar cumprindo essa jornada e da realidade após a morte do corpo físico, para não se justificar declarando ignorância.

O escolher o próprio caminho no exercício do aprendizado deve-se à liberdade de escolha da jornada que melhor atende aos interesses pessoais. Assim, cada um aprende como se comportar mediante as lições da vida e o como ir ao encontro do que lhe proporcione a felicidade.

O Mestre demonstrou sua compaixão em vários momentos. Quando pessoas se apresentavam na forma de juízes de irmãos de jornada, Ele, ao invés de julgar, tomava-se de compaixão e envolvia-os ensinando-lhes as técnicas de libertação para adquirirem a paz. Ofereceu a perspectiva de refletir sobre o homem que tem uma “trave” que dificulta a sua visão e, no entanto, “vê o cisco no olho do seu próximo”.

Sempre haverá uma causa geradora de comportamentos e sem as conhecer como poderemos emitir opinião e até mesmo julgar?

Faz-se necessário encontrar na tolerância, com relação aos outros e a si mesmo, um caminho de libertação de nosso impulso a julgamentos e processos de culpa, que nada mais é do que o autojulgamento e a autocondenação.

Ainda hoje o Cristo ama a todos nós com igual sentimento de compaixão, conhecedor de que somos indivíduos necessitados de atendimento e compreensão. Ele, o Terapeuta por excelência, acolhe a todos e em todos os momentos desde que permitamos a Ele entrar na casa de nossos corações e o recebamos onde os nossos sofrimentos se refugiam.

Devemos buscar o Cristo como nosso psicoterapeuta para que nos auxilie a compreender a nós próprios e a encontrar o nosso caminho de regeneração e evolução.

Tema abordado em palestra no Grupo Educacional Assistencial Espírita Fraternidade, SGAS 909 W5 Sul, em 14-12-2012.

Um Comentário

  1. 2-10-2017

    MUITO BOM, CLARO, SIMPLES E DIRETO.

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