Posted por em 1 abr 2011

Decora-01Vamos falar sobre um Ser muito especial a quem chamamos de Jesus Cristo.

Acredito que a forma mais adequada de nos referirmos a ele é Jesus, o Cristo, pois o Ser Crístico já existia desde antes da existência do nosso Planeta.

Podemos verificar isso na leitura do livro “A Caminho da Luz” em que o Emmanuel nos coloca a relevância da participação do Cristo na formação do planeta terrestre, bem como de seu satélite.

Diz-nos Emmanuel a respeito da atuação do Cristo:

“Operou a escultura geológica do orbe terreno, talhando a escola abençoada e grandiosa, na qual o seu coração haveria de expandir-se em amor, claridade e justiça.”

“… o seu amor foi o Verbo da criação do princípio, como é e será a coroa gloriosa dos seres terrestres na imortalidade sem-fim. E quando serenaram os elementos do mundo nascente, quando a luz do sol beijava, em silêncio, a beleza melancólica dos continentes e dos mares primitivos, Jesus reuniu nas Alturas os intérpretes divinos do seu pensamento. Viu-se, então, descer sobre a Terra, das amplidões dos espaços ilimitados, uma nuvem de forças cósmicas, que envolveu o imenso laboratório planetário em repouso.”

Fala ainda Emmanuel sobre a vinda de Jesus:

“A manjedoura assinalava o ponto inicial da lição salvadora do Cristo, como a dizer que a humildade representa a chave de todas as virtudes.

Começava a era definitiva da maioridade espiritual da humanidade terrestre, de vez que Jesus, com a sua exemplificação divina, entregaria o código da fraternidade e do amor a todos os corações.

… reafirmando que a sua lição de amor e de humildade foi única em todos os tempos da Humanidade.”

O Mestre, como afirma Amélia Rodrigues em seu livro “Sou eu”, no início da sua missão identificou-se como Eu Sou:

Eu sou a fonte da água viva … João 7:37 e 38

Eu sou o pão da vida; o que vem a mim jamais terá fome; e o que crê em mim jamais terá sede. João 6:35

Eu sou a luz do mundo; quem me segue não andará nas trevas, pelo contrário, terá a luz da vida. João 8:12

Eu sou a porta. Se alguém entrar por mim será salvo. João 10:9

Eu sou o bom pastor. O bom pastor dá sua a vida pelas ovelhas. João 10:11

Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, ainda que morra, viverá. João 11:25

Eu sou o caminho, a verdade e a vida, ninguém vem ao Pai senão por mim. João 14:6

Eu sou a videira, vós os ramos. Quem permanece em mim, e eu, nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer. João 15:5

Amélia Rodrigues diz que quando Jesus, o Cristo, se identifica como “Eu sou” ali estava representado o Ser Crístico.

Quando, porém, os guardas lhe dizem que procuram a Jesus, o Nazareno, e ele lhes diz “Sou eu”, encontramos o Jesus, de Nazaré, que seria erguido no madeiro.

A esse período que se segue dá-se o nome de Paixão de Cristo.

Gostaria de refletir sobre como poderíamos entender o que significa paixão nesse contexto?

Sempre ouvi essa expressão como designativa do sofrimento por que passou Jesus nos seus últimos dias. No entanto, acredito que é muito mais do isso.

Ao interpretarmos esse período por que passou Jesus, o Cristo, como de sofrimento e dor nós deixamos de dar ênfase ao que realmente foi importante em todo esse processo – o amor e os ensinamentos que o Mestre nos ofereceu como um caminho de elevação moral e espiritual.

Devemos dar ênfase à sua missão de amor e tentar compreender que foi uma grande demonstração do seu amor nascer como Jesus, em nosso meio, em um Planeta de matéria ainda tão densa e precária. Seria interessante refletirmos a respeito.

Sabemos que para reencarnar precisamos ter a composição do nosso perispírito perfeitamente adaptada ao ambiente em que iremos viver, e que muitos espíritos precisam agregar matéria ao seu corpo espiritual para que tenham condições de fazerem contato com atmosferas mais densas. Se não for assim não terão possibilidade de sobreviver por incompatibilidade da energia do seu perispírito original com a energia do orbe onde cumprirá sua jornada na carne.

Transpondo esse conhecimento para a situação do Cristo, podemos concluir que certamente ele precisou fazer um trabalho intenso e profundo para adaptar seu corpo espiritual às condições da atmosfera terrestre, com o objetivo de se preparar para a energia existente no Planeta à aquela época.

O Ser Crístico, representado na figura de Jesus, já se encontrava em um patamar muito elevado, sob o ponto de vista espiritual e intelectual. Seu corpo espiritual já estava bem sutilizado à época, praticamente sem matéria agregada.

A energia da Terra ainda hoje se encontra em patamares bem densos, imaginemos como teria sido há aproximadamente 2 mil anos atrás.

Tentando uma comparação, ainda que imperfeita, de forma a nos situarmos de alguma maneira ao que possa ter acontecido a Jesus, bastaria imaginar um de nós nascendo em um mundo bem primitivo – mantendo a consciência de tudo o que já teríamos conquistado como conhecimento e elevação moral -, convivendo com seres ainda brutos, em condições intelectuais e espirituais bem menos favorecidas do que as nossas. Acredito que poderíamos perceber o quanto teria sido difícil para qualquer um de nós.

Assim, poderemos concluir, acredito eu, que Jesus nascer nesse Planeta, nas condições em que se encontrava à época – mesmo se isso acontecesse hoje entre nós -, terá sido uma grande prova de amor por todos nós.

Acredito que podemos compreender como Paixão:

  • o grande amor do Cristo pela Humanidade.
  • como, também, o grande amor de Jesus pelo Pai, no cumprimento da sua missão.

Texto distribuído na palestra proferida por Elda Evelina no Grupo Casa do Caminho, Guará II, em Brasília, no dia 03/04/2010.

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