Houve um dia em que comecei a pintar um quadro. A proposta era de fazer um trabalho em tela redonda e ali eu pintaria uma Flor de Lótus.
Assim foi que comecei a trabalhar.
Delineei a flor. Comecei pelo miolo amarelo ouro com pontos amarelo claro e branco. Pintei algumas de suas pétalas, magenta intenso com detalhes brancos como a representar não só matizes diferenciados como também o brilho da luz sobre as pétalas.
Interrompi o trabalho por alguns dias. Só que esses dias resultaram em um período de um ano… Sim, um ano sem que eu retomasse o trabalho.
Um dia desses eu me coloquei o seguinte: se há um ano eu deixei esse trabalho por terminar é porque não é para ser assim. Por certo fiz a escolha errada para essa obra.
Retomei a tela e pintei um fundo verde, de muitos tons, salpicado de pontos brancos… como respingos.
Já há alguns dias uma nova ideia estava na minha mente, eu resolvi materializá-la.
Resultou então nesse jardim…
Creio que deixei-me a ouvir minh’Alma e a tela fez-se pronta… assim, no Jardim de Paz.