Posted por em 14 abr 2013

Mariposa 1Estamos em processo de evolução e essa evolução ocorre não só nos seres que aqui viveram e vivem; também o Planeta sofre esse processo na medida em que seus habitantes se desenvolvem física, psíquica e espiritualmente.

Somos um só corpo com suas particularidades e especificidades. Não há desenvolvimento isolado, como também não há uma só ação, de qualquer das partes, que não resulte no todo, de alguma forma. Qualquer de nossas ações implica em consequências para o conjunto dos seres que aqui habitam, como também para próprio Orbe em que transitamos durante esse processo de aprendizado e evolução.

Muito já ocorreu ao longo desses milhões de anos desde que o Planeta iniciou seu processo de evolução. Antes só com seres unicelulares, invisíveis a olho nu, que passaram por mudanças expressivas, dando surgimento a outros seres com características mais complexas, seja em sua configuração física, a níveis moleculares e celulares, seja em suas funções mais sutis como as emocionais e espirituais. Todo esse processo se deu ao longo de milhões de anos e ainda podemos perceber a sua continuidade levando-nos a crer que se fará por muito e muito tempo à frente.

Ao surgir a individualização do Espírito em o Ser Humano na Terra, muitas foram as alterações que ocorreram, principalmente quando o Homem tomou consciência do seu espaço e de sua capacidade de interação com o meio ambiente, resgatando para si o que encontrava e entendia importante para sua sobrevivência. Assim se iniciou um processo mais acelerado de transformação, com a ação do Homem sobre si mesmo e sobre o que o cercava, sentindo-se mais senhor de si e usufrutuário da Natureza, não percebendo que ele próprio faz parte de forma indissolúvel dessa Natureza.

Sabemos que todo esse processo se deu sob a supervisão e apoio de missionários da Sabedoria Divina e que o Planeta se formou e se desenvolve sob a coordenação amorosa de nosso Amado Mestre o Cristo.

Assim, com a evolução intelectual e espiritual do Homem, foi possível que se implementassem várias ações no sentido de proporcionar melhores condições de vida e de sobrevivência às intempéries que se apresentavam sob a forma de acomodamentos geológicos, ajustamentos emocionais e espirituais, como também pela busca de melhores condições de convivência.

Diante das condições precárias e impiedosas em que viviam os seres nas cavernas, aprenderam eles a buscar novos modos de moradia para protegerem-se dos animais, das chuvas, do frio ou do calor excessivo; preservarem seus alimentos; ampliarem suas possibilidades de sobrevivência.

Em se tomando consciência das doenças, busca o Homem, na própria Natureza de que faz parte – rica em propriedades medicinais -, possíveis soluções para melhorar suas condições de saúde. Importante repetir, sob a orientação de nossos mentores espirituais a compartilharem, amorosamente, conhecimentos e técnicas já existentes em outros planos mais elevados, restringindo-se àquelas mais adequadas às condições intelectuais e espirituais dos que viessem a ser intuídos a respeito.

Condições insalubres na atmosfera terrestre e no solo, proporcionadas por cataclismos e pela ação do próprio Homem, foram e têm sido sanadas ocasionalmente por aplicações do conhecimento adquirido nas experiências com as propriedades oferecidas pela própria Natureza.

Buscamos a implementação de saneamento básico nas cidades. Aqui e ali percebemos a luta pela despoluição dos rios.

Vivenciamos dificuldades com o intercâmbio do conhecimento e no compartilhar produtos e saber. No entanto, com o surgimento da tecnologia da comunicação, venceu-se esse obstáculo e hoje podemos ter acesso ao que ocorre em praticamente qualquer lugar do Planeta quase instantaneamente, seja pelo rádio, pelos meios de comunicação televisivos, impressos e, sobremaneira, pela rede internacional de comunicação. A internet, bem como o próprio telefone, minorou a angústia em que vivíamos quando, distanciados fisicamente de entes queridos, mantínhamo-nos ansiosos e inquietos por notícias.

Antes o Homem se sentia sobrecarregado fisicamente no exercício do labor diário em busca do alimento, na construção de moradias feitas com pedras e outros materiais de difícil obtenção. Hoje podemos contar com produtos industrializados, produzidos em série e disponíveis, de certa forma, em quantidade suficiente.

As viagens que antes se realizavam por meses, podemos hoje realizar em dias, ou até mesmo horas, em razão de veículos mais seguros e ágeis à disposição. Esses deslocamentos ocorriam com grande dificuldade, enfrentamento de perigos inesperados. Hoje contamos com aparelhagem de detecção que minoram os obstáculos a serem enfrentados, ou pelos menos mantém-nos de sobreaviso para nos desviarmos ou nos defendermos deles.

Na medicina conquistamos a bênção dos recursos de bloqueio da dor, como também do acesso a medicamentos, proporcionando oportunidades menos dolorosas de tratamento e de busca pela saúde.

Observamos hoje movimentos de proteção e preservação do meio ambiente; produção e utilização de alimentos saudáveis; busca de uma vida mais conectada à Natureza.

Há uma mobilização no sentido de conscientizar as populações que vivem perto de nascentes de rios. São os “Protetores das águas”. Tem-se percebido um número razoável de adeptos a essa iniciativa, com apoio das prefeituras e fazendeiros que perceberam a relevância desse projeto.

Importante reavivar aqui o quanto devemos ser gratos pelo auxílio dos missionários do Plano Maior que diuturnamente mantêm-se disponíveis nesse trabalho de amor e compartilhamento do conhecimento e de seu próprio amor.

Ao longo das épocas podemos observar o quanto temos conseguido alcançar melhorias no nosso bem-estar: físico, emocional, de convivência, de sobrevivência.

No entanto, há um aspecto que nos deixa ainda à mercê do quanto não conseguimos avançar na nossa jornada evolutiva espiritual.

As guerras ainda assolam nosso Planeta. Homens que com seu orgulho, vaidade, ambição, são sequiosos de conquistas nas mais diversas áreas: poder, dinheiro, bens materiais, territórios. Buscam o poder sobre seus próprios semelhantes. Não respeitam as necessidades daqueles com quem vivem, pelo contrário, lutam pela supremacia e imposição de seus valores.

Esses indivíduos procuram sombrear as oportunidades de elevação intelectual e espiritual de seus semelhantes, tendo por finalidade a manutenção de sua condição de dominante, por assim ser mais fácil o controle sobre aqueles que os cercam. Por certo auxiliados por irmãos de outros planos que pretendem, por sua vez, exercer o controle e o poder, fato de que os indivíduos que se acham dominadores nem se dão conta, imaginando-se no exercício pleno da autoridade.

Não devemos nos esquecer nunca de que, apesar de todo esse modelo nefasto de ambição e de orgulho, temos ao nosso dispor a misericórdia e o amor dos amigos de planos mais elevados. Eles proporcionam a nós oportunidades maravilhosas de aprendizado, entendimento, auxílio e elevação moral e espiritual.

Aqueles que se mostram disponibilizados a acolherem essas benesses estão sempre em condições de resistirem aos bombardeios do orgulho, da vaidade e da ambição. Podem prosseguir no seu caminhar seguro e inefável.

Para estarmos disponíveis para essa oportunidade maravilhosa de mantermo-nos refratários a esses bombardeios só há um caminho eficaz – o conhecimento, internalização e prática dos ensinamentos do Mestre em nossas vidas. Esses preceitos fundamentam-se na prática da humildade, da caridade, do auxílio fraterno aos semelhantes; a simplicidade e o exercício da verdade; o perdão e o auto perdão; testemunho pessoal; abnegação e renúncia; perseverança e determinação.

Faz-se necessária a mudança de vibração e de conceitos de vida e essa só se realiza a partir do nosso íntimo. Não serão promoções externas que proporcionarão condições de nos modificarmos, só a internalização dos ensinamentos e a exteriorização das mudanças promovidas demonstrarão a verdadeira reformulação de nossos valores e da transformação substancial que ocorreu em nós.

O Evangelho do Cristo é o verdadeiro caminho da redenção. Diz-nos Jesus: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém vem ao Pai, a não ser por mim.”

Ele é o caminho, o porto seguro.

A paz que tanto almejamos só será alcançada quando o Evangelho estiver impresso verdadeiramente no Coração do Homem.

Tema de palestra proferida no GEAEF – Grupo Educacional Assistencial Espírita Fraternidade, SGAS 909 W5 Sul, Brasília (DF)

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