Posted por em 12 ago 2013

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Cristo em nossas vidas… Nossas vidas com Cristo-Irmão Estêvão

Cristo em nossas vidas… Nossas vidas com Cristo – Grupo Fraternidade

Cristo em nossas vidas…

Quem é esse Ser de luz e de amor a quem damos tanta importância e que nos fala diretamente ao coração?

Emmanuel, em o livro A Caminho da Luz, fala-nos de uma Comunidade de Espíritos Puros e Eleitos pelo Criador, sob o qual está o controle de todas as coletividades planetárias.

Em uma dessas Comunidades de seres angélicos e perfeitos Jesus é um dos membros divinos ao qual foi dada a missão de coordenar a formação do planeta em que vivemos, desde seu desprendimento como parte da nebulosa solar.

De uma outra vez Jesus esteve entre nós para oferecer à família humana, que aqui vive, “a lição imortal do seu Evangelho de amor e redenção”.

O Evangelho de João contempla, no capítulo 1:

  6 Houve um homem enviado de Deus, cujo nome era João.

  7 Este veio como testemunha, a fim de dar testemunho da luz, para que todos cressem por meio dele.

  8 Ele não era a luz, mas veio para dar testemunho da luz.

  9 Pois a verdadeira luz, que alumia a todo homem, estava chegando ao mundo.

10 Estava ele no mundo, e o mundo foi feito por intermédio dele, e o mundo não o conheceu.

11 Veio para o que era seu, e os seus não o receberam.

Diz-nos o Livro dos Espíritos:

625. Qual o tipo mais perfeito que Deus tem oferecido ao homem, para lhe servir de guia e modelo?

“Jesus.”

Para o homem, Jesus constitui o tipo da perfeição moral a que a Humanidade pode aspirar na Terra. Deus no-lo oferece como o mais perfeito modelo e a doutrina que ensinou é a expressão mais pura da lei do Senhor, porque, sendo ele o mais puro de quantos têm aparecido na Terra, o Espírito Divino o animava.”

Diante dessas afirmativas podemos concluir, sem qualquer dúvida, o quão importante é o Ser Crístico Jesus na vida de todos nós.

Ele se dedicou desde há milênios para que tivéssemos a oportunidade de aqui estar para aprender e evoluir, como pontos iniciais nesse processo de ascensão em direção ao Pai, que nos acolherá em Seu regaço quando atingirmos a perfeição necessária para tanto.

Certamente é a maior prova do seu amor por todos nós. Um Ser de sua magnitude espiritual cumprindo uma missão de dedicação plena, cuja meta é ensinar-nos, promover a nossa evolução espiritual e tornar possível o nosso encontro com Deus em um Mundo Celestial.

Diz-nos também João, no capítulo 6 de seu Evangelho:

38 Porque eu desci do céu, não para fazer a minha vontade, mas a vontade daquele que me enviou.

39 E a vontade do que me enviou é esta: Que eu não perca nenhum de todos aqueles que me deu, mas que eu o ressuscite no último dia. (…)

40 Porquanto esta é a vontade de meu Pai: Que todo aquele que vê o Filho e crê nele, tenha a vida eterna; e eu o ressuscitarei no último dia.

44 Ninguém pode vir a mim, se o Pai que me enviou não o trouxer; e eu o ressuscitarei no último dia.

45 Está escrito nos profetas: E serão todos ensinados por Deus. Portanto todo aquele que do Pai ouviu e aprendeu vem a mim.

Como podemos interpretar essa passagem? O que poderia significar a expressão: “se o Pai que me enviou não o trouxer.” Ou ainda, “E serão todos ensinados por Deus.”?

Nossas vidas com Cristo.

O aprender com Deus é vir a conhecer os fundamentos das Leis Universais, os ensinamentos trazidos por Seu enviado, Jesus, o Cristo, e aplicá-los em nossas vidas.

Desejo inserir aqui o conceito de Fé.

A palavra Fé, que tem sua origem do Hebraico “emuná”, traz em si vários significados como: veracidade, sinceridade, honradez, retidão, fidelidade, lealdade, seguridade, crédito, firmeza e verdade. Conhecendo o sentido que essa palavra insere podemos compreender bem as palavras de Paulo em sua carta aos Hebreus: “sem fé é impossível agradar a Deus; porque é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe”. (Hebreus 11:6).

Diz-nos Kardec na apresentação do Evangelho Segundo o Espiritismo: “Fé inabalável só o é a que pode encarar frente a frente a razão, em todas as épocas da Humanidade.”

Percebemos, por essas afirmativas, que para termos fé verdadeira se faz necessário que tenhamos conhecimento, pois só assim teremos condições de demonstrar nossa confiança na forma como Kardec nos apresenta.

O conhecimento se dá com a busca pelo aprendizado. No que diz respeito ao Evangelho do Cristo, é buscar entendimento sobre os ensinamentos trazidos pelo enviado do Criador, com a missão de nos esclarecer sobre as verdades maiores – “Está escrito nos profetas: E serão todos ensinados por Deus. Portanto todo aquele que do Pai ouviu e aprendeu vem a mim.” (João 6:45)

Precisamos aprender com Jesus, o Cristo, isto é sermos ensinados por Deus. Palavras de Jesus: “Porque eu desci do céu, não para fazer a minha vontade, mas a vontade daquele que me enviou.”(João 6:38)

 No entanto, não basta conhecer o Evangelho, é preciso aprender a essência dos seus ensinamentos. Mais ainda, não só deter profundo conhecimento das passagens inseridas no Evangelho, é determinante que façamos desses ensinamentos nossa diretriz de vida. Praticar as orientações traçadas por Jesus e exemplificadas em todas as suas atitudes.

Emmanuel alerta-nos sobre as diferentes maneiras de nos apresentarmos perante Deus e perante o mundo que nos cerca. Quando estamos em prece, colocamo-nos com brandura e entendimento buscando a misericórdia do Pai, aguardando tolerância e Amor diante das nossas necessidades. No entanto, quando estamos nos nossos afazeres do dia-a-dia, ficamos invigiliantes nas relações interpessoais, nem sempre de forma branda ou fraterna. Diz-nos Emmanuel textualmente:

“Urge, porém, reconhecer que Deus está em toda parte, e, em toda parte, é forçoso comportarmo-nos como quem se sabe na presença Divina.

Tanto se encontra o Criador com a criatura na oração quanto na ação. (…)

De que nos valeria apresentar uma fisionomia doce a Deus e um coração amargo aos companheiros do cotidiano, se todos eles são também filhos de Deus quanto nós?” (1)

O importante, portanto, é tornar a prática desses ensinamentos um caminhar de compaixão, de entendimento, de respeito, de caridade, de amor.

É verdade que, de início, essa prática se dará como um exercício de disciplina e determinação, tendo em vista o nível evolutivo em que ainda nos encontramos. Mas o exercício constante dessa prática nos internalizar os conceitos de tal forma que, a partir de determinado momento, nossas ações serão coerentes com os ensinamentos evangélicos de forma natural, espontânea.

Esse nível de conscientização do aprendizado passa, inevitavelmente, pelo conhecimento de si mesmo. Ao darmo-nos conta da essência do Evangelho do Cristo passaremos a nos observar melhor – comportamento, valores, conceitos, emoções, sentimentos – e identificaremos em que ainda precisamos melhorar para efetivamente termos coerência entre o que estamos a aprender e o nosso agir. É a efetivação do aprendizado em nossas vidas.

Poderemos então afirmar que conseguimos ser ensinados por Deus e estamos com Jesus, o Cristo.

Com relação ao contido no Evangelho de João: “E a vontade do que me enviou é esta: Que eu não perca nenhum de todos aqueles que me deu, mas que eu o ressuscite no último dia.” (João 6:39), como  podemos interpretar?

Sabemos que são esses os níveis de evolução dos mundos habitados: Mundo Primitivo; Mundo de Expiação e Provas; Mundo de Regeneração; Mundos Ditosos; e Mundos Celestes ou Divinos.

A interpretação que podemos inferir dos ensinamentos doutrinários, com relação ao referido por João: “mas que eu o ressuscite no último dia.” (João 6:39), é o de quando estaremos prontos para o encontro com Deus no Mundo Celeste, ou Divino. É quando teremos aprendido e exercido os ensinamentos oferecidos por Deus, através do Cristo. Estaremos plenos para esse encontro.

Nós queremos ser felizes, mas acreditando que a felicidade está nas coisas materiais. Precisamos nos conscientizar de que a felicidade verdadeira está na espiritualização de nossa Alma, através do aprendizado constante e do exercício desse aprendizado.

Nós almejamos a libertação dos males, das dificuldades, do sofrimento. Lembremo-nos do que Jesus nos disse, como escrito em João: “E conhecereis a verdade e a verdade vos libertará.” (João 8:32). Conhecer a verdade é deixar-se ensinar por Deus, através de Jesus, o Cristo.

(1) do livro “Alma e Coração”, Emmanuel, por Chico Xavier

6 Comentários

  1. 12-8-2013

    Esta sua forma de estruturar as idéias é ótima. Facilita o entendimento.

  2. 12-8-2013

    Acredito que a partir do momento que compreendemos e aceitamos com fé os ensinamentos evangélicos, procuraremos vivencia-los no nosso
    dia a dia com certeza.

  3. 13-8-2013

    ELDA,
    ACHEI EXCELENTES SEUS COMENTÁRIOS A RESPEITO DE JESUS E FÉ.
    SOBRE JESUS VOCÊ NÃO FALOU QUE ELE É NOSSO SALVADOR COMO ESTÁ EM LUCAS 2:11 E JOÃO 3:16.
    E SOBRE FÉ FALTOU O QUE ESTÁ EM EFÉSIOS 2:8 E 9 “PORQUE PELA GRAÇA SOIS SALVOS POR MEIO DA FÉ E ISTO NÃO VEM DE VÓS;É DOM DE DEUS, NÃO VEM DE OBRAS, PARA QUE NINGÉM SE GLORIE”

    • 13-8-2013

      Caro amigo, fico sempre muito feliz quando me retorna com observações que fazem refletir e enriquecer o meu espírito.
      Faço aqui algumas considerações, após refletir sobre as considerações que você me ofereceu.

      Quanto a Jesus ser o nosso Salvador, no meu entender eu abordei sim a questão quando afirmei no texto, à luz do que João disse em 6:39, “A interpretação que podemos inferir dos ensinamentos doutrinários, com relação ao referido por João: “mas que eu o ressuscite no último dia.” (João 6:39), é o de quando estaremos prontos para o encontro com Deus no Mundo Celeste, ou Divino. É quando teremos aprendido e exercido os ensinamentos oferecidos por Deus, através do Cristo. Estaremos plenos para esse encontro.” É outra forma de dizer, no meu entender, que Jesus nos conduziu à salvação, pois nos proporcionou a condição de nos encontrarmos com Deus após termos aprendido os ensinamentos do Evangelho e, mais do que isso, verdadeiramente conseguido exercer esses ensinamentos em nossas vidas.
      Quando ao que contém em João 3:16, acredito que também contemplei quando citei o mesmo Evangelho de João, só que o capítulo 6:38 a 45. Especialmente João 6:38 a 40:
      38 Porque eu desci do céu, não para fazer a minha vontade, mas a vontade daquele que me enviou.
      39 E a vontade do que me enviou é esta: Que eu não perca nenhum de todos aqueles que me deu, mas que eu o ressuscite no último dia. (…)
      40 Porquanto esta é a vontade de meu Pai: Que todo aquele que vê o Filho e crê nele, tenha a vida eterna; e eu o ressuscitarei no último dia.
      Com relação ao que está contido em Efésios 2:8 e 9, eu creio que também está contemplado quando coloquei:
      “A palavra Fé, que tem sua origem do Hebraico “emuná”, traz em si vários significados como: veracidade, sinceridade, honradez, retidão, fidelidade, lealdade, seguridade, crédito, firmeza e verdade. Conhecendo o sentido que essa palavra insere podemos compreender bem as palavras de Paulo em sua carta aos Hebreus: “sem fé é impossível agradar a Deus; porque é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe”. (Hebreus 11:6).”’
      Pois só poderemos efetivamente ter todas essas virtudes compreendidas na palavra “emuná” do Hebraico se apreendermos e exercitarmos as Leis Maiores a nós concedidas por Deus e a nós transmitidas por Cristo Jesus.
      Receba o meu fraternal e carinhoso abraço.

  4. 13-8-2013

    Uma verdadeira aula, Elda! E Jesus é sempre bem-vindo. Que Ele continue a iluminá-la, sempre! Obrigada!
    Abraço amigo,
    Marilia

    • 13-8-2013

      Muito grata pelo carinho. Peço realmente a Deus e ao Mestre que me auxiliem na mensagem que irei agora transmitir. Possa ser fiel à essência do ensinamento.

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