Posted por em 20 nov 2016

Aprender com o Mestre - Ilustração msg siteEstudo oferecido no Grupo Fraternidade, em 20-11-2016

Áudio do estudo (mp3) – Diante do Senhor

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E Jesus disse-lhe: Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu pensamento. Este é o primeiro e grande mandamento. (Mt 22:37-38)

Aparentemente parece muito simples seguir esse mandamento.

Amar a Deus!

Desde crianças aprendemos que devemos amar a Deus e respeitá-lO. Assim, passamos toda a nossa vida dizendo que O amamos. Queremos tê-lO conosco em todos os instantes.

O que é amar a Deus? É senti-lO verdadeiramente em nós, é seguir seus preceitos, é respeitá-lO.

Será que amamos a Deus de todo o nosso coração, de toda a nossa alma e de todo o nosso entendimento?

“E o segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo.” (Mt 22:39)

E com relação a amar ao próximo como a nós mesmos? Como procedemos com nossos familiares, amigos, colegas de trabalho, vizinhos? Será que estaremos agindo de conformidade com os preceitos evangélicos?

Amor ao próximo está presente nas coisas mais simples: procurarmos agir com justiça, sem parcialidade; entender que todos temos direitos e que devem ser respeitados; não exigir que outras pessoas ajam de acordo com a nossa vontade somente porque assim o queremos, sem oferecer, até mesmo, qualquer argumento que possa levá-las à reflexão; saber acatar opinião diversa da nossa, reconhecendo que se mostra mais adequada à situação se assim o for, não deixando que o orgulho, vaidade ou o egoísmo se expressem e não nos permitam ver a situação de forma clara; aguardar a nossa vez enquanto esperamos por algo, não querer passar à frente dos outros achando que temos mais direitos do que eles ou que somos mais “espertos”. Assim como outras situações que poderíamos enumerar no nosso dia-a-dia.

Se observarmos essas preceitos, seremos mais atenciosos com nossos vizinhos; respeitaremos mais nossos colegas de trabalho, não teremos inveja daqueles que conseguiram conquistar postos mais elevados. Seremos mais carinhosos com nossos familiares, compreensivos com aqueles que estão tentando aprender o que já conseguimos alcançar. Viveremos em paz, em harmonia. Não agiremos mais com orgulho, egoísmo, inveja, ciúme, vaidade.

Procuraremos ser melhores até mesmo pelo desejo de estarmos melhores quando seguirmos para outros planos.

Não é tão difícil entender a mensagem de Jesus e agir segundo seus ensinamentos, mas é trabalhoso e requer vontade, convicção, dedicação, persistência, paciência e, sobretudo, amor.

Muitas vezes não entendemos os ensinamentos do Mestre porque não queremos ouvi-los. Não nos parece conveniente! É mais fácil fazermo-nos de desentendidos e continuarmos procedendo de forma a atender interesses mais imediatos que correspondam à nossa vaidade e orgulho.

Antes de qualquer coisa, precisamos nos empenhar na nossa reforma íntima, na busca pelo crescimento espiritual, no estudo dos ensinamentos do amado Mestre Jesus e, principalmente, na aplicação, no exercício desses ensinamentos.

Nossa passagem pelo corpo físico é um estágio no qual temos oportunidades para novas lições e mostramos o quanto conseguimos aprender. Quando seguimos para o plano espiritual, deixando o corpo material, nós passamos por novo estágio onde avaliamos nossas atitudes enquanto encarnados; o que conseguimos realizar dentro do plano traçado para nossa evolução; aprendemos novas lições, exercitamos nosso conhecimento.

No momento em que acreditamos estar em condições de nos colocar à prova, pedimos nova oportunidade no plano físico e, quando a conseguimos, voltamos com um desejo imenso de conseguir acertar.

No entanto, nem sempre aprendemos bem a lição e as facilidades da vida exercem forte atração sobre nós, fazendo emergir o nosso orgulho, vaidade, egoísmo, ciúme, e esquecemo-nos do principal motivo de estarmos aqui. Depois ficamos tristes por termos perdido oportunidades muito ricas de aprimoramento e percebemos que temos de começar tudo de novo.

Por vezes acordamos a tempo de acertar algumas coisas ainda na mesma encarnação e, nesses casos, podemos dizer que conseguimos um grande feito e ainda pudemos vencer parte dessa batalha. Mas em outras oportunidades só tomamos consciência já no outro plano e ficamos muito tristes com o desperdício do tempo naquela experiência.

No entanto, Deus é misericordioso e oferece-nos infinitas oportunidades para que encontremos nosso caminho de amor e de luz; quantas necessitarmos para alcançar um patamar desejável na escalada da evolução. Devemos aproveitá-las todas. Tudo a seu tempo e lugar. Hoje estamos na Terra em busca do aprendizado e da conquista de novos níveis de evolução; amanhã estaremos, quem sabe na própria Terra, em novas oportunidades de aprendizado e crescimento, acompanhando seu processo de ascensão, porque a própria Terra tem um caminho de evolução e já estamos vivenciando o início de uma nova etapa evolutiva do planeta. Sejamos observadores e perceptivos para saber os momentos adequados a cada ação.

Ainda importante ressaltar sobre o despertar para a missão que por certo temos a cumprir nesse nosso caminhar. Todos  nós assumimos compromissos para nossas experiências como espíritos que somos. Não há exceções.  Muitos ficam desatentos aos chamados, chegam mesmo a afirmar desconhecerem as tarefas a seu cargo. No entanto, nossos compromissos aguardam para serem realizados, cumpridos. O chamado por vezes acontece de forma sutil, inesperada. Em outros momentos é explícito e intenso.

Caso queiramos sentirmo-nos diante do Senhor de forma plena, precisamos estar atentos aos chamados para o despertar e abraçarmos nossas tarefas com amor, determinação e fé.

O ensinamento de Jesus, o Cristo, é o nosso roteiro para alcançar a felicidade. É o caminho para encontrar o reino de paz e de luz. O Evangelho traz a luz que nos possibilita encontrar o Reino de Deus em nós.

Muitos de nós não se detêm para compreender os ensinamentos contidos nos Evangelhos, porque não conseguem ainda interpretar a essência da mensagem oferecida pelo Mestre, e compartilhada pelos evangelistas – o verdadeiro sentido da Boa Nova.

As pessoas admiram a mensagem e professam a sua fé embasadas em um conhecimento por vezes superficial, apegando-se aos textos sem compreender o sentido do ensinamento ali oferecido. Muitas leem o Evangelho por entenderem ser uma obrigação, cumprir um ritual. Por isso, razão de por vezes os textos, em sua linguagem simbólica, e essencialmente mística(*), dificultarem à maioria apreender sua profundidade. Passa-lhes despercebido o conteúdo moral, o verdadeiro caminho oferecido pelo Mestre em seus ensinamentos.

Poucos procuram estudar e interpretar a fundo as mensagens e torná-las instrumentos de reflexão e meditação.

Diz-nos Emmanuel em o texto Diante do Senhor (fonte Viva, por Chico Xavier):

O Evangelho é o “Caminho” oferecido pelo Pai, uma fonte de libertação, de salvação. O ser humano que vive corretamente na parte mais íntima do seu ser, como também para com todos os outros companheiros de jornada, pode se dizer evangelizado.

Evangelho é, principalmente, AMOR. Amor do Pai para com todos os seus filhos; amor dos filhos para com o Pai; e amor dos filhos para com seus irmãos.

O Evangelho é composto de orientações adequadas a qualquer época, a qualquer pessoa, em qualquer parte do Universo. Proporciona uma consciência clara, uma visão amorosa, onde o homem termina vivendo a sua melhor experiência para e com Deus.

O Evangelho compõe diretrizes de comportamento que, na sua realização, abrem as portas do infinito ao espírito humano. O Evangelho, como a síntese das atitudes sublimes, promove a mais breve metamorfose do homem em anjo, depois de evangelizado.

O amado Mestre Jesus veio até nós para nos trazer essa lição maravilhosa de vida. Ele, mais do que disse seus ensinamentos, vivenciou e exemplificou a forma correta de se conduzir.

O estudo do Evangelho, buscando a compreensão dos ensinamentos e fazer conexão com esses preceitos, sempre promove transformações em nós. Serão profundas na mesma medida em que nos empenharmos no entendimento da sua essência.

A busca pelo autoconhecimento, propiciada a partir da luz que passa a vicejar em nosso íntimo. É o que acontece quando nos encontramos com o amor oferecido pelo Mestre que nos leva ao despertar da Alma, nossa essência.

Faz-se necessário que compreendamos termos estado de olhos vendados por princípios inadequados àquele que pretende fazer conexão com o Pai; permitir-se a expressão do orgulho, da vaidade; manter cristalizadas atitudes incompatíveis com as Leis Divinas inscritas em nossas consciências.

Devemos deixar cair as “escamas” que nos impedem de ver a verdade do Evangelho. Em passando a enxergar essa verdade, surge a determinação em promover a nossa autotransformação e, a partir de então, sermos perseverantes no caminho oferecido pelo Cristo. Poderemos afirmar estarmos a caminho do estar diante do Senhor.

E como seria estarmos diante do Senhor?

Sentir a Sua presença dentro de nós; vislumbrar o raio de luz mais puro e mais cristalino a emitir bênçãos e paz em direção aos nossos corações; perceber o amor mais puro e mais deslumbrante a envolver a nossa alma e a nos oferecer oportunidades infinitas de compartilharmos essa energia com tantos quantos se nos acerquem no nosso dia-a-dia de afazeres profissionais ou domésticos.

Sentirmo-nos imensamente agradecidos por tudo o que recebemos no trilhar nossos caminhos, mesmo por aqueles que se mostram mais difíceis, e por experiências mais enriquecedoras nesse processo de aprendizado e de evolução; termos a certeza do grande bem que há no mundo e reconhecer a beleza do Universo em que vivemos.

Confiarmos no nosso futuro por sabermos que nos aguarda um caminho mais puro, mais feliz.

Abrirmos os nossos corações com a chave do amor e da fé para que Ele possa entrar e fazer morada no nosso coração.

(*)  experiência mística é quando concebemos Deus como absolutamente transcendente, além da Razão, do pensamento, do intelecto e de todos os processos mentais. É a experiência da comunicação direta com Deus.

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