Posted por em 26 set 2010

Decora-03-6É muito comum vermos pessoas que escolhem determinado caminho, seja para trabalho profissional ou simplesmente para entretenimento, e depois abandonam suas metas por não resistirem aos primeiros obstáculos.

As dificuldades lhes parecem verdadeiras barreiras intransponíveis. Causam cansaço, insegurança quanto ao cumprimento dos propósitos, ansiedade, angústia. Não conseguem concluir estudos, manter-se no emprego ou em determinadas tarefas. São inconstantes em várias áreas de sua caminhada.

Resultam em pessoas insatisfeitas, confusas, deprimidas, sem objetivos claros.

É sempre bom que reflitamos sobre esse assunto, considerando que precisamos, a todo momento, tomar decisões, cumprir metas e alcançar algum êxito.

Diz-nos Joanna de Ângelis, em seu livro “O Homem Integral”, que nossas experiências anteriores proporcionam um arquivo com informações sobre raça, cultura, tradições que influem no comportamento.

Paralelamente, a vida que experienciamos – hábitos, emoções e características físicas -interfere sobremaneira nessas informações. Essa convivência de valores passados e novos conceitos e experiências geralmente resultam em conflitos, ansiedades e realizações.

Textualmente ela nos diz:

“O inconsciente, como efeito, está sempre a ditar-lhe o que fazer e o que não realizar, inclinando-o numa ou noutra direção. Todavia, o mecanismo essencial da Vida impulsiona-o para o progresso, para a evolução, mediante os programas de auto-burilamento, de orientação, de trabalho …

O resultado natural deste processo é uma mente confusa, buscando claridade; são problemas psicológicos, aguardando solução.” (capítulo “Manutenção de propósitos)

Esse conflito traz-nos a inconstância na manutenção de nossos propósitos. Sentimos a necessidade de buscar um caminho, aprender, crescer intelectual e espiritualmente, mas algo nos impede de seguir em frente. Uma das principais causas oferecidas por essas pessoas é o esforço despendido para prosseguir e afirmam não ter forças para vencer esse obstáculo. No entanto, não percebem que essa energia que precisam consumir decorre mais da resistência à compreensão do que ocorre do que propriamente da tarefa a ser cumprida.

Por vezes até reconhecemos esse fato e buscamos entender o que nos ocorre, mas as soluções mais fáceis são normalmente as escolhidas, por exigirem menor esforço, pelo menos é o que muitas vezes pensamos. No entanto, o caminho mais curto resulta em uma solução de curto prazo. Não demora muito nós nos encontramos novamente frente a frente com o conflito a ser resolvido.

Para se cumprir um propósito de Vida faz-se necessária a compreensão plena do problema que impede a sua consecução. É imperativo que busquemos o nosso autoconhecimento. Encontrar as causas de nossos conflitos e ansiedades e a partir de então vencer um a um os obstáculos que nos impedem de prosseguir de forma saudável a nossa jornada evolutiva.

Afirmam algumas pessoas que o exercício do autoconhecimento exige consumir muita energia. No entanto, não percebem que elas se exaurem muito mais na resistência ao autoconhecimento. O entregar-se à compreensão de si mesmo é muito mais sensato e brando. Como ainda diz Joana de Ângelis: “A manutenção dos propósitos de renovação e auto-aprimoramento é resultado de uma aceitação normal e de todo momento …”

Esse aprendizado sobre si mesmo é imprescindível para que consigamos cumprir nossas metas de forma plena. Empenhando-nos na compreensão de nossos obstáculos interiores nós conseguiremos remover os obstáculos exteriores que nos impedem de alcançar êxito na nossa jornada, seja intelectual, emocional, profissional ou espiritual.

Diz-nos ainda Joanna de Ângelis:

“O amadurecimento psicológico, a visão correta e otimista da existência, são essenciais para adquirir-se a felicidade possível.

Idear a felicidade sem apego e insistir para consegui-la; trabalhar as aspirações íntimas, harmonizando-se com os limites do equilíbrio; digerir as ocorrências desagradáveis como parte do processo; manter-se vigilante, sem tensões nem receios e se dará o amadurecimento psicológico, liberativo dos carmas de insucesso, abrindo espaço para o auto-encontro, a paz plenificadora.”

“Aprendi com a vida de Chico Xavier que a generosidade é a verdadeira fonte da felicidade” – Nelson Xavier, ator que representou Chico no filme “Chico Xavier”, quando de uma entrevista no programa De lá pra Cá na TVBrasil, em 26 de setembro de 2010

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