Posted por em 6 maio 2022

Estudo oferecido no GEAEF, em 06-05-2022

Folheto com o texto – Caridade e Riqueza-06-05-2022-folheto

Caridade e riqueza

“Pois somos a feitura dele, criados em Jesus Cristo

para boas obras.” – Paulo – (EFÉSIOS, 2:10)

Buscando refletir sobre o texto de Emmanuel, livro Palavras de Vida Eterna, Cap. 49 – Caridade e riqueza.

Tendo como ponto de início, para nossas reflexões, o próprio Emmanuel – “Se acreditas que apenas o ouro é base corrente da caridade, lembra-te de Jesus, que enriqueceu a terra sem possuir uma pedra onde repousar a cabeça” (1)

Muitos de nós têm a Caridade como uma ação de bondade expressa pelo compartilhamento de um bem material – comida, roupa, dinheiro. O que está disponível e palpável.

A roupa proporciona condições de abrigo ao corpo. Comida supre uma necessidade premente de sobrevivência. Dinheiro cobre, por alguns momentos, necessidades urgentes.

Podemos praticar a caridade de inúmeras maneiras.

Caridade é a fala do coração. É sermos sensibilizados por situações que nos remetem a cumprir uma ação beneficente.

Prestarmos atenção ao que ocorre ao nosso redor, ter uma visão ampla e atenta.

Sempre haverá uma oportunidade para prestarmos um socorro, oferecer uma palavra amiga.  Por vezes, até mesmo um olhar de forma terna que venha a sensibilizar e acalmar um coração machucado, acalentar uma alma sofrida precisando de amparo e aconchego. Alguém que passa por nós e nem perceba a nossa intenção de compartilhar energias de fraternidade e carinho,

Alguns pensam que passar necessidades é não ter bens materiais, alimento para o corpo.

Outros, no entanto, começam a ter consciência de que ser caridoso é perceber as carências daqueles que podemos tocar e perceber com os cinco sentidos do nosso Ser.

A partir desse momento, os que alcançaram uma certa consciência do que seja caridade, sentirão uma força interior que os remeterá não simplesmente ao doar, também, e principalmente, ao doar-se. Estes perceberão que as necessidades mais prementes, pelas quais passa a quase totalidade de humanidade, estão na carência do acolhimento fraterno, no aconchego de um abraço amigo, na valorização do ser como um bem maior, no reconhecimento de que, antes de estarmos aqui como uma Alma e exercício do aprendizado e buscando seu crescimento moral, somos um Espírito eterno que necessita do Amor como instrumento de sua profunda transformação.

Viver eternamente a pensar o quanto é maravilhoso estarmos servindo ao Pai de amor e luz.

Viver sempre juntos na busca do bem maior e da felicidade verdadeira. Estarmos bem com nós mesmos, com aqueles com quem vivemos e, por consequência, com Deus, nosso Pai, exercitando o Evangelho de nosso amado Mestre Jesus.

Não devemos nos iludir de estarmos seguindo os mandamentos, de estarmos agradando ao Pai, quando simplesmente agimos de bem com um aqui ou outro acolá.

Estarmos bem com o próximo é agir com amor vinte e quatro horas por dia. Com todos a fazerem parte do nosso círculo de relacionamento – parentes, amigos, companheiros de jornada, em qualquer plano em que estejam cumprindo suas etapas de estudo, aprendizado e busca pela evolução.

Será que é tão difícil? Poderíamos pensar não ser possível atingir tal patamar nessa esfera em que ainda estamos. Não, não é difícil se nós realmente nos comprometermos com a missão que aparentamos abraçar.

Fazer a vontade do Pai não poderá estar limitada a determinados momentos ou circunstâncias. Não poderá estar condicionada a determinados tipos de pessoas ou lugares entendidos apropriados.

Fazer a vontade do Pai, subtende comprometimento integral.

Respeito pelo próximo, nas mínimas coisas. Nas filas, no trânsito, em um olhar, em um sorriso, em um aperto de mão, no alimento oferecido em boas condições, no agasalho em bom estado que ainda atenderá às necessidades daquele que o receberá.

Oferecer não o que não mais nos interessa, mas o que possuímos e ainda poderá atender a outros em suas carências.

Sejamos firmes no propósito de sermos irmãos, de todos, com sinceridade e empenho.

Amar como Jesus nos amou a todos.

Amor em ação – Madre Tereza de Calcutá

“Se, às vezes, os nossos pobres morrem por privações, não quer dizer que Deus não cuidou deles, mas é que vocês e eu não lhes demos aquilo que deveríamos dar, não fomos para eles instrumentos de amor nas mãos de Deus, para oferecer-lhes pão, roupas etc. Não o reconhecemos, quando mais uma vez, Cristo veio a nós escondido sob as aparências de homem faminto, do homem solitário, da criança sem casa em busca de um refúgio.

Deus se identificou com os famintos, os doentes, os nus, os sem-teto. A fome não é somente fome de comida, mas também fome de amor, de cuidados, de significar algo para alguém.

A nudez não é só falta de roupa, mas necessidade daquela compaixão que tão poucos demonstram em relação aos desconhecidos.

A falta de um teto não é só a falta de um abrigo feito de pedras, mas não ter nada nem ninguém para poder considerar como seu.”

Madre Tereza em o livro 5 minutos com Deus e Madre Tereza, organizado por Roberta Bellinzaghi, Edição Paulinas

Que assim seja.

Muita paz em nossas vidas.

Caridade

Quantas e quantas vezes ficamos contentes ao fazer alguma caridade, algum gesto de ajuda ao próximo.

E tudo tem seu valor, não tem dúvida, como disse Jesus Cristo: “até um copo de água dado com amor terá sua recompensa”. Mas veja o depoimento de uma mulher:

“Um menino esfarrapado, com carinha de fome, veio apanhar a camisa que lhe ofereci quando o encontrei na rua.

Sobrara alguma coisa do almoço. E, então, perguntei-lhe:

¾ Você quer almoçar?

Ele respondeu:

¾ Quero sim, senhora.

E foi comendo depressa, com muita vontade. Na metade do prato de repente parou e disse:

Moça, a senhora me dá um pedaço de papel?

Ao lhe trazer o papel, ele colocou com cuidado o resto de sua comida nele e explicou:

É para o meu amigo: hoje ele ainda não comeu nada.

E eu pensava que estava sendo caridosa porque dei uma camisa velha e uma comida que sobrou”.

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