Para ouvir a palestra na íntegra – Áudio em MP3 – Sal da Terra e Luz do Mundo-Palestra Alexandre Lacerda-18-04-2014
Transcrição de parte da Palestra de Alexandre Lacerda no GFEIE Grupo Fraternidade Espírita Irmão Estêvão, em 18 de abril de 2014.
Jesus se utilizava dos elementos da época, do dia-a-dia das comunidades, para retratar as histórias e repassar o seu conteúdo espiritual.
Nós temos a referência então de que quando falamos em Luz do Mundo, nós estamos levando a mensagem de Jesus.
Se nós ficarmos isolados da vida em sociedade, guardando esse fervor para nós mesmos, qual vai ser o sentido? Nós estaremos escondendo a candeia embaixo do alqueire. Estaremos ocultando informação. Esta luz não foi feita para ficar escondida, ela foi feita para brilhar e para iluminar longe. O Evangelho foi feito para alcançar a toda a Humanidade.
Reportando ao livro Sabedoria do Evangelho, volume II, de Pastorino, ele diz que a Luz tem como finalidade, tanto quanto o Sal, de servir aos outros e não a si mesma.
A lição de Emmanuel em Fonte Viva, de número 105, “quando Cristo designou seus discípulos como sendo a Luz do Mundo, assinalou-lhes tremenda responsabilidade na Terra”.
É uma grande responsabilidade estarmos na condição de discípulos de Jesus e trabalhadores e continuadores da sua obra no Planeta. Porque o Cristo espera de nós o melhor, então nós temos a necessidade do estudo e da prática para que estejamos na verdadeira sintonia com a equipe espiritual que rege os destinos do Planeta e assim sermos bons instrumentos nas mãos de Jesus e nas mãos da espiritualidade, para que assim sejamos a verdadeira luz do mundo. Possamos levar em nossos exemplos diários aquilo que nós queremos transmitir, e não só pela palavra.
No livro Caminho Verdade e Vida, lição 76, Emmanuel reforça esse imperativo da iluminação própria em favor da harmonia na obra a realizar.
Cabe a nós, para sermos a luz do mundo, primeiro nos iluminarmos pelo estudo, pela persistência na obra de Jesus e tendo a consciência de que nosso Planeta de Provas e Expiações não é um lugar de facilidades, é um lugar em que devemos fazer o bem. Não é uma coisa fácil, temos que vencer nossa própria inércia.
Então citamos mais uma vez as palavras de Emmanuel, em Fonte Viva: “Cristão sem espírito de sacrifício é lâmpada morta no santuário do Evangelho”.
O nosso sacrifício nas boas obras é combustível para iluminar, para nos tornarmos nessa candeia que ilumina os nossos semelhantes.
Citando mais uma vez Emmanuel, na mesma passagem, “Vós sois a luz do mundo” – exortou-nos o Mestre -, e a luz não argumenta, mas sim esclarece e socorre, ajuda e ilumina”.
Mais um tópico importante para nós todos que queremos ser discípulos de Jesus. Quando se fala que a luz não argumenta, nós podemos lembrar a recomendação do Mestre aos discípulos de se afastarem do fermento da discórdia. Isso não quer dizer fugir da defesa dos princípios cristãos e dos princípios espiritas. Pelo contrário, o bom cristão, o bom espirita não foge da defesa dos seus princípios, porém foge das discussões inúteis.
Diz-nos Pastorino que, quando estivermos nessa condição de luz do mundo de forma verdadeira, de forma definitiva, “tornarnos-emos transparentes e ninguém mais verá em nós a personalidade, mas encontrará o Cristo eterno falando por nossa boca, agindo por nossas mãos, iluminando a todos com o nosso amor, que é o amor dele a expandir-se por nosso intermédio”.
Lembrando fala de João Batista: “é necessário que eu diminua e que Ele cresça”.
Que possamos ter, dentro de nós, a consciência de que por mais que sejamos importantes como Sal da Terra, nós somos menores. O mais importante é a mensagem que nós estamos portando. Estejamos preparados estudando, trabalhando, vivenciando o amor ao próximo. Acima de tudo, tenhamos a consciência de que Deus e Jesus são a verdadeira fonte da Luz que nós estamos tentando reproduzir aqui no mundo, para cumprimento da nossa missão.
Assim, anulando o nosso Ego estaremos melhor preparados e mais úteis nas mãos do Cristo para que a mensagem d’Ele se cumpra no Planeta.
A paz de Jesus continue com todos nós.
Gostei muito das explicações a respeito do assunto; mais ainda da conclusão sobre nossa responsabilidade em estudar, trabalhar e especialmente vivenciar com exemplos, os ensinos de Cristo em seu Evangelho.