Posted por em 4 abr 2016

Decors-Evange

Áudio do estudo oferecido na FEB, em 4 de abril – A cura do servo do Centurião

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O objetivo do nosso estudo é não só estudar sobre episódios descritos em João, Mateus e Lucas.

Importa que reflitamos sobre a vida de todos nós quanto a experiências pelas quais passamos, no que diz respeito às dificuldades e limitações que nos proporcionam as doenças, as dores e o como vivenciamos essas experiências.

Na semana passada, o estudo nos trouxe uma visão muito interessante sobre o que Deus espera de nós, espíritos, ao termos sido criados por Ele e, ao sermos perguntados a respeito, respondi: para evoluirmos.

Alertou-nos, então, aquele que nos ministrava o estudo: Deus nos criou para que sejamos felizes.

Fez com que nos lembrássemos de muitas vezes termos feito esta mesma observação e, naquele momento, fortaleceu-nos esta percepção.

No entanto, o que mais nos pareceu importante na sua explanação foram as reflexões sobre o que nos levaria a sermos felizes.

Inicia ele, em suas ponderações a respeito do tema – o Reino de Deus, ou Reino dos céus -, citando Jesus: “O Reino de Deus está dentro de vós. ” (Lucas 17:21). Após esta afirmativa do Mestre, coloca-nos que alcançar este Reino é encontrar a felicidade que será a expressão das virtudes em nós.

Assim sendo, precisamos desenvolver as virtudes que já se encontram em nós. Podemos dizer que devemos iluminar essas virtudes, que já fazem parte do nosso Ser, embaciadas por nossas condições evolutivas ainda incipientes.

A felicidade a que estamos destinados, a partir do momento da nossa criação, como espíritos, está diretamente ligada ao desenvolvimento, à iluminação de nossas virtudes. Isso ocorre na medida em que respeitamos as Leis Divinas que Deus, sabiamente, inscreveu em nossas consciências.

Quando descumprimos alguma dessas Leis, impedimos a nós mesmos de sermos felizes. Desviamo-nos do caminho, da nossa senda redentora.

Voltando à questão das dores e doenças que nos acometem no decorrer de nossas existências.

À medida que não cumprimos as Leis Divinas inscritas na nossa consciência, não iluminamos as virtudes que já trazemos em nós. Tornamo-nos infelizes e a infelicidade nos fragiliza a ponto de podermos desenvolver em nosso instrumento encarnatório (o corpo físico) as doenças.

Quando Jesus diz a alguém que vem a ser curado por sua emanação vibratória de amor e misericórdia: “Olha, já estás curado; não peques mais”, estava a dizer que não deveria mais descumprir as Leis Divinas “para que não te suceda coisa pior”. (João 5:14)

Também identificamos em algumas ocasiões em que a cura se dá as palavras do Mestre: “A tua fé te salvou; vai-te em paz”. (Lucas 7:50)

São duas premissas determinantes a nos habilitarem a alcançar nossa cura: fé e cumprimento às Leis Divinas. A consecução da cura advém da misericórdia, expressão do Amor do Pai a todos nós, seus filhos.

No caso relatado por João, há uma expressão que merece destaque quando Jesus diz: “Se não virdes demonstrações e prodígios, de modo algum acreditais”. Neste, parece-nos que a cura do filho foi uma forma de Jesus oportunizar o fortalecimento da confiança, depositada pelo oficial romano, no poder do Mestre em promover a cura de seu filho. Ofereceu a ele a chance de “ver para crer”. O que certamente proporcionou uma expressiva mudança em suas convicções, recrudescendo a sua fé.

Encontramos em Mateus e Lucas menção a curas em circunstâncias semelhantes às descritas em João, referindo-se, no entanto, a servo de um Centurião.

No caso relatado como cura do servo do Centurião, Mateus e Lucas nos colocam que esse oficial se mostrava um iniciado.

Em Mateus encontramos: “Jesus, ouvindo isso, admirou-se, e disse aos que o seguiam: Em verdade vos digo que a ninguém encontrei em Israel com tamanha fé. ” (Mateus 8:10)

Em Lucas assim está registrado: “admirou-se dele e, voltando-se para a multidão que o seguia, disse: “Eu vos afirmo que nem mesmo em Israel encontrei tamanha fé. ” (Lucas 7:9)

Há interpretações, a partir dessas três referências, considerando que elas dizem respeito a um mesmo fato: cura de alguém das relações de um oficial da guarda romana, por quem este teria grande afeto.

O que importa para nós, neste estudo, é o fato em si mesmo: a cura promovida por Jesus, sem que ele estivesse presente junto ao doente para realizar a cura.

Diz-nos o Evangelho Segundo o Espiritismo (Cap. XIX, item 5): “O poder da fé se demonstra, de modo direto e especial, na ação magnética; por seu intermédio, o homem atua sobre o fluido, agente universal, modifica-lhe as qualidades e lhe dá uma impulsão por assim dizer irresistível. Daí decorre que aquele que a um grande poder fluídico normal junta ardente fé, pode, só pela força da sua vontade dirigida para o bem, operar esses singulares fenômenos de cura e outros, tidos antigamente por prodígios, mas que não passam de efeito de uma lei natural. Tal o motivo por que Jesus disse a seus apóstolos: se não o curastes, foi porque não tínheis fé. ” Citação do Evangelho de Mateus: Por causa da vossa pouca fé; pois em verdade vos digo que, se tiverdes fé como um grão de mostarda direis a este monte: Passa daqui para acolá, e ele há de passar; e nada vos será impossível. “ (Mt 17:20)

Encontramos em A Gênese, no capítulo Qualidade dos Fluidos (Cap. XIV, item 20): “Quando se diz que um médico opera a cura de um doente, por meio de boas palavras, enuncia-se uma verdade absoluta, pois que um pensamento bondoso traz consigo fluidos reparadores que atuam sobre o físico, tanto quanto sobre o moral. ”

Também em A Gênese (Cap. XIV, item 31): “A cura se opera mediante a substituição de uma molécula malsã por uma molécula sã. O poder curativo estará, pois, na razão direta da pureza da substância inoculada; mas, depende também da energia da vontade que, quanto maior for, tanto mais abundante emissão fluídica provocará e tanto maior força de penetração dará ao fluido. Depende ainda das intenções daquele que deseje realizar a cura, seja homem ou Espírito. ” Mais à frente, no item 33: “2º pelo fluido dos Espíritos, (…) É o magnetismo espiritual, cuja qualidade está na razão direta das qualidades do Espírito; ”

Em o Evangelho dos Humildes, capítulo O Leproso purificado, encontramos: “Dada a extraordinária elevação moral de Jesus e ao seu perfeito conhecimento das leis divinas, fácil lhe era movimentar poderosos recursos fluídicos, com os quais efetuava as curas. É de se notar, contudo, que o paciente devia estar em posição de receber a cura que implorava. Uma das condições que melhor predispunha o doente a merecer a cura que tanto ambicionava, era alimentar uma fé viva, que pudesse atrair o fluxo magnético que Jesus irradiava. (…)O leproso diz ao Mestre: “Se tu queres, bem me podes curar. ” Com esta afirmativa, Jesus reconhece no leproso alguém já preparado pela fé e diz: “Agora que estás regenerado, eu posso curar-te. ”

Precisamos ter em mente vários aspectos importantes sobre a natureza de Jesus, o Cristo.

No Cap. XV de A Gênese, Os Milagres do Evangelho, temos um estudo sobre a Superioridade da Natureza de Jesus.

Diz ali que os atributos da Alma são a causa fundamental dos fenômenos citados no Evangelho, aqueles considerados, em sua maioria, milagrosos.

Quanto à natureza do Cristo, devemos reconhecê-lo Espírito superior, de ordem mais elevada, transcendendo à da humanidade terrestre. Textualmente: Pelos imensos resultados que produziu, a sua encarnação neste mundo forçosamente há de ter sido uma dessas missões que a Divindade somente a seus mensageiros diretos confia, para cumprimento de seus desígnios. Mesmo sem supor que ele fosse o próprio Deus, mas unicamente um enviado de Deus para transmitir sua palavra aos homens, seria mais do que um profeta, porquanto seria um Messias divino. ”

De certo não fora pelas qualidades de seu corpo, mas pelas do Espírito que ali estava presente, sua capacidade de dominar a matéria e seu perispírito, cuja composição se fizera da parte quintessenciada dos fluidos do nosso orbe. A qualidade de seus fluidos perispirituais lhe conferia força magnética excepcional, acrescida da emanação do seu amor e misericórdia.

Não seria um mero médium curador, porquanto não fora um intermediário dos Espíritos desencarnados. No entanto, considerando-se que dele emanava uma energia, ou um influxo extraordinário, é de se concluir que só de Deus seria possível originar essa capacidade.

Conclui o texto a respeito da Natureza de Jesus: “Segundo definição dada por um Espírito, ele era médium de Deus. ”

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