Posted por em 11 jul 2020

Estudo virtual oferecido no Instagram/GECAM, em 08-11-2020

Folheto publicado para acesso pelo público(PDF) – Terapia do Perdão

Áudio do Estudo (mp3) – Terapia do Perdão

Aprender, transformar-se e amar (Poema lido no Estudo) – https://youtu.be/N5haEaFi3SQ

Vídeo com o áudio do Estudo (Youtube) – https://youtu.be/3qXWBNW2rV

Perdoar não é esquecer. Talvez a ordem desta frase poderia estar mais adequada assim: Esquecer não é perdoar.

Esta afirmativa está entre outras de muitos pensadores.

Há quem afirma que perdoar é não mais deixar-se envolver emocionalmente pelo que foi a origem de sentimento de mágoa surgido em nós.

Também cremos que o simples silenciar sentimentos, decorrentes dessa mágoa, não seja a solução ideal. Talvez já seja um começo para o elaborar de um novo processo emocional dentro de nós. Um procedimento que já demonstra um caminhar mais consciente e fraterno, decorrente de estarmos a dar início à evolução moral e espiritual, dentro de nós.

Silenciar sentimentos adversos demonstra a disposição de alguém minimizar efeitos de eventuais pensamentos que viriam a desestabilizar ambientes em que esteja inserido, ou mesmo de outros nem tão próximos fisicamente.

Devemos ter presentes em nós o quanto estamos longe da perfeição.

Muitas vezes avaliamos nossos companheiros de jornada tendo, como referências, valores que temos dentro de nós. Valores estes muitas vezes gravados em nossas mentes, decorrentes de experiências vivenciadas. Que tenham sido emocionalmente positivas ou negativas para nós.

Se as experiências tenham sido agradáveis, pelo menos no contexto em que estivemos em certas ocasiões, estas serão acolhidas, de forma sistemática, como sendo bem recebidas para nossa jornada.

Caso contrário, estas outras terão como registro não serem bem-vindas, em qualquer circunstância, seja envolvendo atitudes nossas ou de outrem.

Nesta situação… se observamos, ou mesmo tenhamos sido diretamente o foco de algum procedimento desagradável, reagiremos impulsivamente não admitindo o que tenha ocorrido.

Ao estudarmos com cuidado essas atitudes, ou eventuais pensamentos, bom seria que tomássemos uma atitude fraterna com relação a nós mesmos, compreendendo as limitações ainda existentes. Compreendêssemos o quanto ainda precisamos nos conhecer, avaliar nossos limites, estimar nossas capacidades realizadoras, perceber não só o que tenhamos alcançado… mais e primordialmente, o quanto já conseguiríamos promover em direção a novos patamares emocionais, morais e espirituais.

Da mesma forma, bom seria conseguíssemos promover estes mesmos passos – a busca pelo conhecer-se – em direção aos companheiros de jornada. Percebermos que muitas vezes queremos cobrar atitudes, sentimentos e emoções de irmãos que estão ainda no mesmo patamar de nosso proceder, ou mesmo que ainda estejam um pouco aquém do que já tenhamos alcançado. Queremos muitas vezes cobrar desses um proceder ainda não coerente ao patamar evolutivo que tenham alcançado.

Estarmos mais perceptivos às nossas atitudes com relação a alguns que venham a estar em condições de maior conscientização e, ainda assim, venhamos a querer julgar nosso companheiro de jornada,

Enfim, estamos todos compartilhando momentos de aprendizado. Nenhum de nós alcançou, ainda, estágio evolutivo que venha a permitir-nos o olhar de quem possa exigir perfeição no proceder.

Precisamos mudar o foco de nossas atitudes na vivência com os nossos companheiros de caminhada espiritual.

Normalmente, o que fazemos é julgar o outro por atitudes que, muitas vezes, poderiam ter sido também expressas por nós. Estamos todos juntos, de certa forma no mesmo patamar, nesse processo evolutivo. Aprendendo juntos.

Ao nos flagrarmos com o direito de não perdoar alguém… devemos buscar a auto avaliação. É um dos passos na busca pelo autoconhecimento, muito importante.

Como trazido no início dessas reflexões…

Incialmente, o silenciar poderá ser uma atitude indicada. Também o não se deixar envolver pela ocorrência que foi motivo de nossa reação de rejeição.

Por qual razão o perdão se faz necessário nesse estágio em que nos encontramos?

Falamos em perdão porque ainda nos sentimos ofendidos. Pelo egoísmo, vaidade, orgulho que ainda existem em nós. Valorizamos o nosso próprio Ser em detrimento do bem-estar daqueles com quem vivemos, nessa parcela de tempo na eternidade.

À medida que nos conscientizarmos de que estamos basicamente no mesmo patamar evolutivo, com algumas nuances para mais e para menos – afinal de contas estamos juntos para aprendermos uns com os outros e isso só ocorrerá se houver diferenças as serem ajustadas –, alcançamos um novo nível de consciência que é o da compreensão.

Na medida em que conseguimos nos compreender melhor, nós minimizamos nossa tendência ao autojulgamento. Este – o autojulgamento – leva-nos ao não nos perdoarmos por agir dessa ou daquela forma.

Precisamos sentir a compreensão, a compaixão por nós.

O autoconhecimento promove transformações que também nos levam a conhecer o outro a partir do que descobrimos sobre nós mesmos.

Então, as mudanças se exteriorizam à toda nossa volta. De início abrangendo áreas bem próximas, pessoas de nosso convívio mais estreito. Sentimo-nos mais fraternos, compreensivos, acolhedores com os próprios erros e com os daqueles que nos são caros.

Compreender-se e compreender o outro.

Quando compreendemos a razão de agirmos desta ou daquela forma, abrimo-nos para nos disponibilizarmos a compreender o outro.

Haverá um momento em que estenderemos de forma instintiva, e mais ampla, a área de abrangência de sentimentos salutares – fraternidade, tolerância, compaixão, compreensão, por exemplo.

Quando chegamos à consciência da necessidade do perdão e efetivamente conseguimos alcançar essa graça, chegou o momento de seguirmos em frente pois há, ainda, um caminhar mais firme e condizente com os ensinamentos do Mestre – o caminho do amor.

Quando amamos de verdade alguém, do fundo no nosso coração, nós não nos sentimos magoados com o que essa pessoa nos faz. Nós compreendemos, temos compaixão. O nosso limite de tolerância é significativo e continuamos a amar essa pessoa sem restrições.

O amor acolhe, compreende, respeita.

O amor torna o perdão dispensável, pois não existe mágoa no coração que ama.

Deus nos ama de forma plena – Deus é Amor. No nosso pedirmos o perdão a Deus reflete a necessidade de termos condições de acolher o autoperdão.

Nas relações humanas o perdão ainda é necessário porque nós ainda não conseguimos manter nossos relacionamentos sem ocorrer mágoa, injustiça, intolerância, desrespeito entre nós. Precisamos, então, perdoar as pessoas e nos sentirmos perdoados por elas.

No entanto, a nossa relação com Deus é diferente, porque Deus nos ama profundamente e onde há Amor verdadeiro só este sentimento prevalece.

Com relação a nós mesmos, precisamos buscar o nosso amor. Amarmo-nos de verdade para que possamos nos compreender, respeitar e acolher, de tal forma, que não será preciso o autoperdão, porque só agiremos de modo a nunca nos prejudicar ou ferir. Compreenderemos as nossas atitudes, buscaremos a retidão e seremos compassivos.

Há algum tempo alguém disse: “Amar é nunca precisar pedir perdão”.

Precisamos amar incondicionalmente, de forma a nunca precisarmos pedir ou oferecer o nosso perdão, pois estaremos nos corações, de uns e de outros, de forma verdadeira, sem restrições.

Quando efetivamente alcançarmos essa condição em nossas vidas, por certo não precisaremos perdoar, porque não terá havido mágoa ou desentendimentos.

Teremos atingido uma condição do exercício do amor, ou muito próximo dele.

O amor nos liberta de todas as amarras que nos impedem de viver com serenidade, lucidez, fraternidade, confiança. O amor preenche-nos de esperança, paz interior, de fé.

Vale aqui mais uma reflexão a respeito dos nossos sentimentos com relação àquele que, de alguma forma, tentou nos prejudicar. O não explicitar o nosso perdão não implica em sentimento de indiferença, pelo contrário, é o acolher amorosamente esse irmão em nosso coração. A energia que vibraremos em sua direção proporcionará a ele bem-estar e permitir-lhe-á perceber o carinho especial que estamos sentindo e o nosso desejo de que ele encontre um novo caminho em sua vida.

Nossos laços de desafeto se romperão e formar-se-á uma relação de confiança, de gratidão, de elevação espiritual que auxiliará a ambos ao longo de nossas jornadas.

 Sugestões de leitura – pelo GECAM

Desculpa sempre – Fonte Viva, Emmanuel, por Chico Xavier

Cura do Mal – Hora Certa – Emmanuel, por Chico Xavier

Liberta-te do mal – Joanna de Ângelis, por Divaldo

Se todos perdoassem – Meditações diárias, Emmanuel, por Chico Xavier

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