Posted por em 2 maio 2019

Estudo oferecido no GECAM Grupo Espírita Casa do Caminho, Guará II, em 02-05-2019

Folheto distribuído ao público (PDF) – Conquista e Trabalho

Não há áudio nesta publicação. Eu não pude comparecer ao GECAM em razão de fortes chuvas. No entanto, deixarei aqui o texto do Estudo e o PDF do folheto que iria distribuir ao público.


Entender, nesse tema, a percepção de um novo olhar sobre o Cristo em nossas vidas.

“O homem vulgar, de muitos milênios para cá, vem comendo e bebendo, dormindo e agindo sem diferenças fundamentais, na ordem coletiva. De vinte séculos a esta parte, todavia, abençoada luz resplandece na Terra com os ensinamentos do Cristo, convidando-nos a escalar os cimos da Espiritualidade superior. Nem todos a percebem, ainda, não obstante envolver a todos. Mas para quantos se felicitam em suas bênçãos extraordinárias, surge o desafio do Mestre, indagando sobre o que de extraordinário estamos fazendo.” (1)

Por certo, Emmanuel faz referência ao tempo a partir do qual temos tido contato com os ensinamentos do Mestre Jesus, nosso mentor e guia (Questão 625 LE). Ensinamentos estes relatados pelos evangelistas (Mateus, Marcos, Lucas e João), bem como em os Atos dos Apóstolos e cartas de Paulo às igrejas fundadas e visitadas por ele ao longo de suas viagens como Apóstolo do Mestre.

No entanto, importante lembrar que o Ser Crístico, que assumiu a personalidade Jesus enquanto conosco há aproximadamente dois mil anos, tem importante participação em nossas vidas desde muito antes, quando tomou para si, sob orientação do Criador, a formação, juntamente com outros seres angélicos (2), e condução do Planeta em que vivemos.

O contato com os ensinamentos de Jesus, o Cristo, proporciona a cada um de nós uma percepção diferenciada de como devemos conduzir nossas vidas.

Ainda que, de início, não tenhamos uma identificação mais estreita com seus preceitos, na medida em que venhamos perceber a importância de cada um deles em nossas vidas, e no processo evolutivo com o qual devemos nos comprometer, passamos a tomar caminhos diferentes para condução de nossas vidas, tanto sob o ponto vista intelectual, como também moral, ético e espiritual.

Esse comprometimento não deve se restringir a grandes propostas. Está intimamente ligado a pequenas ações do dia-a-dia, por vezes quase imperceptíveis para nós. Costumamos tomar como referência ações de vulto e não percebemos o que ocorre nos acontecimentos mais triviais de nossas vidas.

Lembra-nos Emmanuel (1):

“Trabalhar no horário comum irrepreensivelmente, cuidar dos deveres domésticos, satisfazer exigências legais e exercitar a correção de proceder, fazendo o bastante na esfera das obrigações inadiáveis, são tarefas peculiares a crentes e descrentes na senda diária.

Jesus, contudo, espera algo mais do discípulo.

Correspondes aos impositivos do trabalho diuturno, criando coragem, alegria e estímulo, em derredor de ti?

Sabes improvisar o bem, onde outras pessoas se mostraram infrutíferas?

Aproveitas, com êxito, o material que outrem desprezou por imprestável?

Aguardas, com paciência, onde outros desesperaram?

Na posição de crente, conservas o espírito de serviço, onde o descrente congelou o espírito de ação?

Partilhas a alegria de teus amigos, sem inveja e sem ciúme, e participas do sofrimento de teus adversários, sem falsa superioridade e sem alarde?

Que dás de ti mesmo no ministério da caridade?”

Atitudes como estas promovem profundas diferenças não só em nós, como também nas pessoas com as quais mantemos contato usualmente. Somos referência no nosso caminhar muito mais do que possamos imaginar. Seja na família, principalmente com nossos descendentes mais diretos – filhos, netos, por exemplo -, seja em grupos sociais de que fazemos parte – escola, amigos, colegas de trabalho etc.

Aqui uma reflexão sobre o quanto é relevante termos consciência da importância de nos observarmos como referência.

Aprender, transformar-se e amar (3)

Onde está, companheiro?

Estivemos juntos em passado remoto,

Vivenciamos experiências

Por vezes difíceis.

Incompreensão,

Desamor,

Injustiças,

Paixões desmedidas.

Não sei qual a nossa ligação!

Por certo estamos ligados,

Conectados por sentimentos,

Emoções nem sempre nobres,

Por vezes até inconfessáveis!

É até constrangedor reconhecer

E confessar a mim mesma.

Quero dizer a você, companheiro,

Que tenho tentado me conhecer,

Buscar no recôndito da minh’Alma,

Meus erros, meus deslizes,

Dos mais variados matizes.

Preciso encontrá-los,

Reconhecê-los,

Mais do que simplesmente isso,

Preciso resgatá-los!

Para tanto, meu primeiro passo

Está no me transformar, de certo.

Sei que me acompanha,

Olha para mim com os olhos do seu espírito,

Talvez com rancor, com mágoa,

Ódio até, talvez.

Nem sei o que lhe fiz,

Mas algo existe no seu Ser,

Marcado pela minha insensatez.

Volto a dizer, meu amigo,

Que busco me encontrar.

E no me encontrar,

O me transformar.

Quem sabe você,

Ao ver o meu novo ser,

Poderá perceber meu novo caminhar,

E nesse novo caminhar

Encontrar a minha busca

De aprender a amar?

Quem sabe, meu amigo,

Companheiro de vidas idas,

Venha até mesmo conseguir

Se descobrir como alguém

Capaz de também se encontrar

Ao me ver em novo proceder?

E podermos juntos, então,

Olhar um para o outro,

Abrindo novos sentimentos,

Emoções tocando o nosso novo Ser

Emoções de arrepender,

Do aprender e do se encontrar.

E nos abraçarmos,

Ainda que seja em sonhos

Ou em percepções sutis.

Um dia, quem sabe?

Poderemos nos encontrar em corpo,

E nos reconhecermos,

Não como desafetos

Mas como grandes amigos

Que aprenderam a se amar.

Um outro aspecto de que devemos tomar como referência é o como lidamos com o que adquirimos ou já tenhamos adquirido em outras vivências – conhecimento, talentos, habilidades, experiências

Qual a utilização que fazemos desse patrimônio?

Super cultura (4) – reflexões

Ao tempo que a capacidade intelectiva nos leva a grandes descobertas, facilidades na comunicação e na transferências de dados e informações… outros, com a mesma capacidade, desenvolvem formas de contaminar as informações, destruir dados, impedir concretizações de descobertas e outras coisas.
É uma dinâmica de construir e destruir contínuo que temos visto se intensificar nos últimos tempos.

Na realidade, o Homem de há muito tem se apresentado como instrumento tanto de construção como de destruição. Depende essencialmente da índole que lhe toma a rédea da vida. Do Espírito que habita em seu corpo, de seu nível evolutivo e tendências.

A luz interior que despertamos no caminho, na medida em que desenvolvemos novas tendências, está intimamente ligada à conexão que venhamos a fazer cotidianamente com o Reino de Deus em nós.

Fazermos conexão com a nossa essência divina. O despertar, em nós, as virtudes que já fazem parte do nosso Ser eterno. As virtudes são decorrentes do exercício das Leis Divinas, inscritas em nossas Consciências.

(*) Menino esperto e o menino anônimo – Anexo

Autotransformação (5)

Olhar: prestar atenção à forma como nos apresentamos perante a vida. Como está o nosso comportamento; como nos relacionamos com nossos companheiros de jornada; como temos sido diante dos revezes da vida. Temos demonstrado respeito, tolerância, compreensão, compaixão… ou temos sido irascíveis, egoístas?

Vigiar: mantermo-nos sob controle todo o tempo. Identificarmos, em nossas atitudes, pensamentos desalinhados com os ensinamentos do Mestre. Precisamos ficar em atitude de vigília e submetermos nossa consciência à autocrítica, buscando o bem proceder, todo o tempo, a cada pensamento, a cada ação.

Orar: fazer contato com o Plano Superior da vida. Estar receptivo, continuamente, às intuições e orientações que certamente irão nos conduzir a um bom caminho, à luz do Evangelho do Mestre. Sermos balizadores do nosso proceder e absorvermos as energias revitalizantes a nós proporcionadas pela entrega incondicional ao amor, à sabedoria e à luz.

(1)    Além dos outros, no livro Fonte Viva, Emmanuel, por Chico Xavier

(2)    A Gênese Planetária, em o livro A Caminho da Luz, Emmanuel, por Chico Xavier

(3)    No livro Reflexões da Alma II, Elda Evelina, Bookess Editora

(4)    Super Cultura, Livro da Esperança, Emmanuel, por Chico Xavier

(5)    Reflexões da Alma II, Elda Evelina, Bookess Editora

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