Posted por em 2 maio 2016

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Por iniciativa da UNESCO, a seção da ONU Organização das Nações Unidas, encarregada de assuntos ligados à educação, ciência e cultura, estabeleceu, em 1993, a celebração da liberdade de imprensa em todo o mundo.

A impressa é um importante veículo através do qual temos acesso a importantes acontecimentos do cotidiano, principalmente no que se refere a fatos políticos, sociais e econômicos.

Tendo a responsabilidade de coletar e transmitir informações sobre o que ocorre, abrangendo um universo globalizado, através de mídias impressas, rádio, TV e internet, tem expressivo papel na formação de opiniões junto a seu público. É, por isso, instrumento que requer responsabilidade e comprometimento de todos os integrantes do processo como um todo.

A criação do Dia da Liberdade de Imprensa teve como premissa, por certo, proporcionar aos profissionais da área condições de levar ao público, com direitos assegurados de livre expressão, informações importantes que garantem aos leitores, ouvintes e internautas a oportunidade do conhecer o que se passa ao seu redor. Fator determinante para posicionamento social, econômico e político, sem o qual seria impossível, a cada um de nós, avaliar o que acontece e delinear ações que nos oportunizem atitudes e melhores condições de viver.

Esse olhar sobre a necessidade de se buscar o livre pensar e expressar-se partiu de filósofos e iluministas britânicos e franceses, no século XVIII. Teve força de lei inicialmente na França, em 1789, no decorrer da Revolução Francesa, ao ser publicada a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão: “a livre comunicação dos pensamentos e opiniões é um dos direitos mais preciosos do homem: todo cidadão pode, portanto, falar, escrever, imprimir livremente, embora deva responder pelo abuso dessa liberdade nos casos determinados pela lei”.

Infelizmente, em momentos delicados na política, pudemos constatar dois momentos em que, no Brasil, tivemos cessação, oficialmente, da liberdade de imprensa: no Estado Novo e no período da ditadura militar (1964-1985).

Deixando as questões históricas à parte, é de se reconhecer a importância dos veículos de informação, em suas mais variadas formas de expressão pois, sem esses recursos, não teríamos acesso ao que ocorre à nossa volta, seja em âmbito restrito de uma cidade, seja em todo o mundo, hoje globalizado, proporcionando a oportunidade de tomarmos conhecimento de fatos ocorridos em regiões longínquas, por vezes das quais nem temos conhecimento da existência.

Vivemos uma época de dinâmicos e intensos acontecimentos e não teríamos como acompanhar não fosse o trabalho incessante e eficaz dos profissionais de imprensa espalhados por todo o mundo, desde uma pequena vila aos grandes centros, onde eles se fazem necessários para o exercício da sua profissão.

É importante lembrar aqui, mais uma vez, o que reza a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão acima referida, principalmente na parte final do seu texto a seguir: “a livre comunicação dos pensamentos e opiniões é um dos direitos mais preciosos do homem: todo cidadão pode, portanto, falar, escrever, imprimir livremente, embora deva responder pelo abuso dessa liberdade nos casos determinados pela lei“.

Vale aqui, então, salientar que o direito de livre expressão de um profissional reflete, preponderantemente, no dever de responder pelo que divulga. Pela veracidade de seu conteúdo, pela oportunidade, conveniência e critério. Deve ser responsável não só pelo conteúdo, como também pela forma como desenvolve sua matéria. Ser íntegro, ética e moralmente; não ser leviano no expressar-se e tentar alcançar as implicações de suas ações para avaliar eventuais danos que porventura possam vir a ocorrer com pessoas ou instituições.

Creio que hoje, mais do que nunca, precisamos aprender a ter consciência dos nossos limites, respeitando os direitos dos nossos companheiros de jornada.

2 Comentários

  1. 4-5-2016

    Ótima explicação amiga especialmente o relato dos três últimos itens.
    Parabéns a todos profissionais que não poucas vezes arriscam a própria vida para transmitir uma noticia…Abraços.

  2. 4-5-2016

    Espero (mas infelizmente não acredito) que nesse dia 3, Elda, a imprensa brasileira tenha posto a mão na consciência, percebendo os abusos cínicos que vem cometendo e os sistemáticos estragos que vem fazendo à autoestima já tão combalida dos brasileiros.
    Nunca me senti tão mal informada e tão ludibriada como agora, embora uma imprensa tendenciosa já seja o “normal”, desde que me entendo por gente.
    A todo direito cabe um dever, mas a mim me parece que hoje em dia só se reivindicam os direitos, até porque os deveres nunca serão cobrados.
    Lamentável esta nossa imprensa, de cabo a rabo, pois o pouco de idoneidade que se poderia pinçar (será que existe?) fica inteiramente submersa!
    Abraço e me desculpe o desabafo,
    Marilia

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