Posted por em 3 jan 2015

Decors-Evangelho-10

Estudo oferecido no Grupo Fraternidade Espírita Irmão Estêvão em 5 de janeiro de 2015

Áudio da palestra (mp3) – Quem é minha mãe e meus irmãos!

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Quem somos nós, eu, você, nossos amigos, vizinhos, familiares?

Eu sou um espírito que vive aqui e agora como uma pessoa com nome, um corpo físico que me identifica para relações de trabalho, de relacionamentos sociais e de realizações e conquistas intelectuais, espirituais e até mesmo materiais.

Você também pode se colocar assim, como eu.

Neste momento, tive como meus pais aqueles que me oportunizaram cumprir minha jornada terrena no corpo que me abriga – eu espírito.

Em outras jornadas tive outros corpos, com aspectos diferentes dos que hoje me identificam como pessoa. Creio também que você – espírito – passou por oportunidades semelhantes e juntos talvez tenhamos convivido vivenciando experiências que nos levaram a ser o que hoje somos.

Em algumas oportunidades poderemos ter tido relações familiares, sejam consanguíneas ou simplesmente fraternas.

Poderemos até mesmo ter tido desavenças intensas, ou quem sabe termos vivenciado uma amizade profunda.

O fato é que estamos nesta jornada terrena não pela primeira vez, certamente inúmeras vezes tivemos oportunidades as mais distintas e abrigados por uma matéria que nos deu forma física para sermos reconhecidos e mantermos uma convivência de experiências e aprendizados.

Sou um espírito antigo e tive várias “famílias” nessa jornada terrena ao longo de milênios. Quem sabe até em outras “moradas de meu Pai”.

Como posso saber de tudo isso? É só observarmos que não teríamos condições de alcançar sermos o que somos em alguns poucos anos, mesmo que esses poucos sejam cem anos pois, o que isso representa diante da eternidade?

O Eu espírito abriga conhecimentos e experiências rememoráveis que me fortalecem e proporcionam meu caminhar mais firme e seguro, com mais definições do que pretendo e do como posso realizar. Abre-se um caminho de alternativas a partir do meu conhecimento e da minha capacidade de escolha. E se conquistei mais equilíbrio e bom senso, tenho maiores condições de atingir sucesso nas minhas escolhas e realizações.

Hoje alguém pode ser identificado como meu irmão ou minha irmã, minha mãe ou meu pai. No entanto, em outra vivência, é provável que tenhamos tido outros tipos de relação ou até mesmo nem nos termos conhecido como pessoas em experiência abrigadas em um corpo físico.

Diante de tudo isso que trouxe como reflexão, como poderíamos nos perceber como seres espirituais convivendo em um Universo?

Seríamos espíritos independentes, sem vínculos permanentes uns com os outros, já que tivemos experiências de vidas por vezes nos encontrando… ou não, relacionando-nos… ou não, com vínculos afetivos… ou não, vínculos familiares consanguíneos… ou não?

Creio que somos, sim, espíritos interdependentes que por vezes se encontram e se relacionam em experiências físicas.

Não obstante nem sempre, ou raríssimas vezes, venhamos a nos encontrar em alguma vivência corporal, fazemos parte de uma grande família – a Família Universal.

Somos todos irmãos, já que somos filhos do mesmo Pai – o Criador.

Lembrando uma passagem evangélica em que Jesus fora chamado a receber seus irmãos e sua mãe:

“Chegaram então sua mãe e seus irmãos e, ficando da parte de fora, mandaram chamá-lo.

E a multidão estava sentada ao redor dele, e disseram-lhe: Eis que tua mãe e teus irmãos estão lá fora e te procuram.” (Marcos 3:31 e 32)

ao que Jesus respondera:

Quem é minha mãe e meus irmãos!

E olhando em redor para os que estavam sentados à roda de si, disse: Eis aqui minha mãe e meus irmãos!

Pois aquele que fizer a vontade de Deus, esse é meu irmão, irmã e mãe.” (Marcos 3:33 a 35)

Há quem não consiga compreender as razões que levaram Jesus a responder daquela forma, já que um dos mandamentos recebidos por Moisés contempla o seguinte:

Honrai a vosso pai e a vossa mãe, a fim de viverdes longo tempo na terra que o Senhor vosso Deus vos dará.” (Decálogo: Êxodo 22:12)

Precisamos alcançar razões que estão além do que nos parece óbvio, pois a missão de Jesus e seus conceitos estão além do que se nos mostra evidente, considerando nossas condições limitadas de entendimento.

Jesus, é o Governador do nosso Planeta, que por intermédio dele foi criado, como nos diz João no capítulo 1 de seu Evangelho:

“Ele estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas por intermédio dele, e sem ele nada do que foi feito se fez.” (João 1:2 e 3); Pois a verdadeira luz, que alumia a todo homem, estava chegando ao mundo. Estava ele no mundo, e o mundo foi feito por intermédio dele, e o mundo não o conheceu. Veio para o que era seu, e os seus não o receberam.” (João 1:9 a 11)

Bem como nos afirma Emmanuel em “A Caminho da Luz”:

A Gênese planetária – A Comunidade dos Espíritos Puros

Rezam as tradições do mundo espiritual que na direção de todos os fenômenos, do nosso sistema, existe uma Comunidade de Espíritos Puros e Eleitos pelo Senhor Supremo do Universo, em cujas mãos se conservam as rédeas diretoras da vida de todas as coletividades planetárias.

Essa Comunidade de seres angélicos e perfeitos, da qual é Jesus um dos membros divinos, ao que nos foi dado saber, apenas já se reuniu, nas proximidades da Terra, para a solução de problemas decisivos da organização e da direção do nosso planeta, por duas vezes no curso dos milênios conhecidos.

A primeira, verificou-se quando o orbe terrestre se desprendia da nebulosa solar, a fim de que se lançassem, no Tempo e no Espaço, as balizas do nosso sistema cosmogônico e os pródromos da vida na matéria em ignição, do planeta, e a segunda, quando se decidia a vinda do Senhor à face da Terra, trazendo à família humana a lição imortal do seu Evangelho de amor e redenção.”

Fazemos parte da grande família universal e nosso processo evolutivo passa pela conscientização de que somos um e não partes independentes sem vínculos.

Somos, como disse antes, interdependentes, e tudo o que nos ocorre e sensibiliza, também alcança aqueles com quem partilhamos nosso Universo, quiçá universos, considerando a afirmativa, de alguns cientistas, da existência de múltiplos universos.

Jesus, mais do que qualquer um de nós, tinha à época consciência dessa interdependência e da responsabilidade dessa convivência.

Seus irmãos e sua mãe, circunstanciais à época, eram tão-somente parte da sua grande família e sua responsabilidade abarcava a todos nós seus irmãos e ao mesmo tempo pupilos, devendo ele envolver-nos em amor e orientar-nos no sentido de alcançarmos nossa meta de progresso espiritual.

Naquele momento, ele, Jesus, assumia o seu papel de condutor de um rebanho muito especial, todos nós, entregues a ele pelo Pai para nos oferecer o caminho da salvação. Diz Jesus em João 6:38 a 40:

Porque eu desci do céu, não para fazer a minha vontade, mas a vontade daquele que me enviou.

E a vontade do que me enviou é esta: Que eu não perca nenhum de todos aqueles que me deu, mas que eu o ressuscite no último dia.

Porquanto esta é a vontade de meu Pai: Que todo aquele que vê o Filho e crê nele, tenha a vida eterna; e eu o ressuscitarei no último dia.”

“A interpretação que podemos inferir dos ensinamentos doutrinários, com relação ao referido por João: “mas que eu o ressuscite no último dia.” (João 6:39), é o de quando estaremos prontos para o encontro com Deus no Mundo Celeste, ou Divino. É quando teremos aprendido e exercido os ensinamentos oferecidos por Deus, através do Cristo. Estaremos plenos para esse encontro.

Nós queremos ser felizes, mas acreditando que a felicidade está nas coisas materiais. Precisamos nos conscientizar de que a felicidade verdadeira está na espiritualização de nossa Alma, através do aprendizado constante e do exercício desse aprendizado.

Nós almejamos a libertação dos males, das dificuldades, do sofrimento. Lembremo-nos do que Jesus nos disse, como escrito em João: “E conhecereis a verdade e a verdade vos libertará.” (João 8:32). Conhecer a verdade é deixar-se ensinar por Deus, através de Jesus, o Cristo.” (*)

(*) Do livro Evangelho é Amor – Reflexões Evangélicas, Capítulo “Cristo em nossas vidas… Nossas vidas com Cristo”, Elda Evelina, Bookess Editora www.bookess.com.br

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