Posted por em 24 nov 2014

ImgCapaSite-EvangelhoAmorÁudio da palestra no Grupo Fraternidade Espírita Irmão Estêvão (mp3)Inimigos desencarnados

Inimigos ou simples adversários, ou mesmo companheiros e até mesmo afetos em outras vidas.

Por que tornaram-se inimigos… ou adversários?

Nós os vemos como inimigos porque normalmente estão a buscar formas para nos prejudicar.

Se todos nós já passamos por outras vidas e já tivemos desafetos ou convivências nada amigáveis com tantos outros espíritos, por qual razão muitos de nós não são afetados pela presença deles? E por qual razão tantos são afetados e até mesmo prejudicados em razão da presença deles em suas vidas?

Todos nós, em algum momento, já cometemos erros, até mesmo muito graves, já prejudicamos outros companheiros de jornada, provavelmente já cometemos crimes ou delitos graves. No entanto, nem todos nós percebemos ou sofremos pela presença de espíritos que querem nos prejudicar.

Há uma razão muito simples… o comportamento, o nível moral que alguns de nós conseguiu alcançar, já conseguiu aprender e internalizar dos ensinamentos do nosso amado Mestre Jesus.

Aprendemos no Espiritismo a importância da ambientação vibracional que conseguimos manter à nossa volta.

Quando conseguimos nos manter equilibrados, harmonizados, fraternos, criamos à nossa volta um campo vibracional que nos ampara e protege.

No entanto, se deixamos nos envolver por energias de rancor, de ódio, de mágoa; se temos atitudes que provocam desentendimentos, discórdia; deixamos de ter essa proteção e permitirmos a aproximação e envolvimento de espíritos menos evoluídos e, entre eles, aqueles que foram nossos desafetos e que se transformaram em nossos adversários espirituais.

Como podemos nos proteger?

Reconquistando o nosso equilíbrio, nossa harmonia interior com atitudes fraternas e ambientação harmonizada.

Uma outra questão. Por qual razão estamos aqui, em uma reunião de desobsessão buscando ajuda por algumas dificuldades pelas quais estamos passando?

Porque ainda não conseguimos o equilíbrio suficiente para manter as nossas vidas em condições de proteção.

Vez por outra conseguimos, mas basta um deslize nosso, uma desatenção com relação às nossas atitudes, até mesmo de pensamentos, e abrimos uma porta de comunicação com espíritos em níveis ainda de desequilíbrio e que nos vêm como seus inimigos, por alguma coisa que fizemos com eles em outras vidas, ou com pessoas de sua afeição.

Precisamos de ajuda e buscamos essa ajuda em grupos religiosos, aqui no caso, em uma reunião a que chamamos de desobsessão.

Esses espíritos são companheiros de jornada e estão em processo de aprendizado tanto quanto nós.

No caso de estarmos empenhados em aprender e buscar o nosso caminhar com Jesus, esses companheiros não só estarão em jornada de aprendizado como, relevante refletir a respeito, poderão aprender conosco, e isso é muito bom, é maravilhoso.

A nossa transformação moral, espiritual, será para eles a constatação de que nós nos transformamos, que seguimos um caminhar diverso daquele de que se lembram e que provocou o sentimento de inimizade, de rancor.

Eles passarão a nos observar de forma diferente e provavelmente mudarão também o seu caminhar a partir do aprendizado que vierem a conquistar com a nossa convivência.

Não mais seremos adversário, nós nos transformaremos em amigos.

Ao invés de quererem nos prejudicar, procurarão ser nossos companheiros nessa jornada evolutiva.

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Aprender, transformar-se e amar

Elda Evelina Vieira

Onde está, companheiro?

Estivemos juntos em passado remoto,

Vivenciamos experiências

Por vezes difíceis.

Incompreensão,

Desamor,

Injustiças,

Paixões desmetidas.

Não sei qual a nossa ligação!

Por certo estamos ligados,

Conectados por sentimentos,

Emoções nem sempre nobres,

Por vezes até inconfessáveis!

É até constrangedor reconhecer

E confessar a mim mesma.

Quero dizer a você, companheiro,

Que tenho tentado me conhecer,

Buscar no recôndito da minh’Alma,

Meus erros, meus deslizes,

Dos mais variados matizes.

Preciso encontrá-los,

Reconhecê-los,

Mais do que simplesmente isso,

Preciso resgatá-los!

Para tanto, meu primeiro passo

Está no me transformar, de certo.

Sei que me acompanha,

Olha para mim com os olhos do seu espírito,

Talvez com rancor, com mágoa,

Ódio até, talvez.

Nem sei o que lhe fiz,

Mas algo existe no seu Ser,

Marcado pela minha insensatez.

Volto a dizer, meu amigo,

Que busco me encontrar.

E no me encontrar,

O me transformar.

Quem sabe você,

Ao ver o meu novo ser,

Poderá perceber meu novo caminhar,

E nesse novo caminhar

Encontrar a minha busca

De aprender a amar?

Quem sabe, meu amigo,

Companheiro de vidas idas,

Venha até mesmo conseguir

Se descobrir como alguém

Capaz de também se encontrar

Ao me ver em novo proceder?

E podermos juntos, então,

Olhar um para o outro,

Abrindo novos sentimentos,

Emoções tocando o nosso novo Ser

Emoções de arrepender,

Do aprender e do se encontrar.

E nos abraçarmos,

Ainda que seja em sonhos

Ou em percepções sutis.

Um dia, quem sabe?

Poderemos nos encontrar em corpo,

E nos reconhecermos,

Não como desafetos

Mas como grandes amigos

Que aprenderam a se amar.

 

 

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