Jesus disse: “Amar ao próximo como a si mesmo.”
Mais à frente, na Ceia do Senhor com os discípulos, Jesus reafirmou o amar ao próximo dizendo: “Amar ao próximo como eu vos amei.”
A primeira afirmativa tão só consolidava o que trazia os mandamentos entregues a Moisés no Monte Sinai.
A segunda afirmativa dizia muito mais do que estava escrito, desde há séculos, do que deveria ter sido cumprido pelos judeus.
Não só deveríamos amar ao próximo como deveríamos buscar amar a nós mesmos, o que também não estaria sendo cumprido. Amar como Jesus nos amou e ama. Mandamentos que ainda hoje não acolhemos nos corações, nem na Alma.
Esta máxima é de tal magnitude que muitos de nós ainda não conseguem alcançar sua verdadeira significância. Ainda nos restringimos à superficialidade da frase.
Não conseguimos, ainda, compreender os ensinamentos oferecidos por Deus, através de seu filho amado – Jesus.
Qual a razão de eu estar a divagar por esses ensinamentos fundamentais dos judeus, acolhidos por várias denominações religiosas que se identificam como Cristãos?
Para que possamos refletir como realmente temos abraçado o Cristianismo em nossas vidas. Realmente podemos afirmar sermos Cristãos?
Realmente amamos nosso próximo?
Realmente amamos a nós mesmos?
Amar significa: acolher, respeitar, ter compaixão, compreender, mesmo que nosso companheiro de jornada não pense como nós, mesmo que não comungue das mesmas crenças, valores, conceitos, comportamentos, escolhas.
Saber conviver com a diversidade de forma fraterna, com amorosidade.
Será que estamos agindo assim no cotidiano? Ou olhamos para o diverso com preconceito, julgando o outro, julgando-se melhor, superior?
Lembrando mais uma vez Jesus, Mestre e guia do Cristianismo: “Quem dentre vós não tiver pecado, atire a primeira pedra.” Jo 8:7
Como podemos nos sentir com o direito de marginalizar alguns irmãos de jornada, não reconhecendo termos todos os mesmos direitos como filhos de Deus?
Como não proporcionarmos a TODOS o direito de serem contemplados nos benefícios previstos na nossa legislação?
Como não reconhecermos sermos irmãos nessa jornada de exercício dos ensinamentos maiores, onde muito ainda temos a aprender e exercitar?
Como alijarmos desse processo de aprendizado alguns de nossos irmãos por pensarem e agirem diferente de nós? Por terem escolhas diversas das nossas?
Volto a trazer à reflexão o Mestre Jesus, o grande Rabi. Ele esteve entre todos e suas companhias mais constantes eram os simples, os diferentes, os doentes, os que sofriam rejeição pela sociedade da época. Com esse comportamento não estaria Ele dizendo a nós que deveríamos nos comportar da mesma forma?
Ele veio para nos ensinar a viver com retidão, com amor.
Creio que não percebemos, ainda, que dizer que somos Cristão não se restringiria a frequentar uma igreja, rezar, orar, cantar cânticos de louvor, pregar passagens bíblicas tão somente de forma intelectualizada, mas sem estarem impregnados do verdadeiro amor que o Mestre nos ofereceu e oferece ainda hoje.
Precisamos refletir profundamente a respeito desse tema.