Posted por em 29 maio 2020

Estudo não presencial oferecido no GEAEF Grupo Educacioal e Assistencial Espírita Fraternidade, em 29-05-2020,

Publicada no perfil do GEAEF no Facebook – Facebook.com/GEAEF

Folheto publicado nas redes sociais (Facebook) – Prece e obsessão – folheto

Video do Estudo – https://youtu.be/dcKbSyXgEqU

Vídeo com o poema da abertura – https://youtu.be/N5haEaFi3SQ

Como ser receptivo a auxílios espirituais

Há momentos em que nos sentimos frágeis e buscamos a Prece em nosso íntimo. Falar com Deus, buscar Seu auxílio.

Lembrando o Salmo 37:5:

Entrega o teu caminho ao Senhor; confia nele, e ele o fará.”

Não raro, costumamos nos colocar no aguardo desse auxílio, desse amparo. Simplesmente esperamos pelas benesses, pelo socorro.

Em outros momentos, além da fragilidade em enfrentar as dificuldades buscando esse contato em prece, vamos ao encontro de auxílio em grupos religiosos. Uma bênção, uma palestra, o passe. Uma leitura edificante que nos desperte a novas percepções e caminhos.

No entanto, em qualquer dessas circunstâncias é usual que aguardemos, acreditando que tão só a prece e o apoio de outrem venham resolver nossas questões, sejam emocionais, espirituais ou materiais.

Voltando ao versículo acima referido, qual seria a interpretação do “entregar o caminho ao Senhor, confiar nele…?

Indo um pouco além nesta reflexão. Qual interpretação poderemos oferecer para o “Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo”

O que realmente representa amar a Deus?

Ir a grupos religiosos? Ler o Evangelho? Fazer estudos sobre os ensinamentos do Mestre?

Será que tão somente estas expressam amar o Pai e aplicar o Evangelho em nossas vidas?

Vamos refletir sobre isso.

O que realmente nos transforma espiritualmente?

Quais caminhos seguir para efetivamente demonstrar o quanto acolhemos dos ensinamentos do Evangelho em nossas vidas?

Bastaria cumprir o mandamento maior: “Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a nós mesmo.”

Jesus, na Ceia com seus discípulos, ofereceu uma nova versão para este mandamento: “Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como eu vos amei a vós”.

Como Jesus expressou o Seu amor por todos nós:

– bondade, dedicação, consciência do dever, ensinamentos sobre o viver – honrar, amar, respeitar, não julgar, estar disponível ao auxílio, ao amparo…

Até que ponto estamos demonstrando amar o próximo como Jesus nos amou?

A Providência Divina é cuidado amplo, estamos envolvidos por essa energia indistintamente. Somos todos filhos amados.

No entanto, como ocorre em toda a Natureza, o amor é reciprocidade. Recebemos esta bênção e, envoltos por essa energia, desde que não ofereçamos obstáculos para esse acolhimento em nosso campo vibracional, somos naturalmente impelidos a compartilhar o bem que recebemos.

A energia salutar está à nossa disposição, indistintamente e a todo tempo. Depende de nós estarmos disponíveis a deixá-la realizar sua função de cuidado e bem-estar espiritual.

O que seria estarmos disponíveis ao acolhimento da energia disponibilizada pela Providência Divina?

Colocar em prática os ensinamentos oferecidos pelo Mestre, representante dos ensinamentos do Pai entre nós.

Como Emmanuel nos coloca no texto Prece e obsessão:

“A Providência Divina, pelas providências humanas, sustenta o amparo indiscriminado a todas as criaturas, mas estatui a reciprocidade em todos os processos de ação pelos quais a bondade da vida se manifesta.” (1)

Quando estudamos o Evangelho, precisamos ter consciência de que o estudo deverá levar-nos à consciência da necessidade de aplicar os ensinamentos em nossas vidas. Nos relacionamentos diários com nossos companheiros de jornada.

Aqui algumas reflexões:

– quando doentes, buscamos o tratamento. Este exigirá de nós respeitar as orientações profissionais. Se remédios, deveremos tomá-los. A forma como o remédio deverá ser administrado deverá ser de acordo com as necessidades ou limitações físicas ou emocionais;

– não haverá tratamento se não nos dispusermos a participar do processo. A ajuda medicamentosa não será efetiva se não participarmos com o nosso corpo físico. Como exemplificado pelo mentor de Chico Xavier:

“Administrar-se-á medicamento ao enfermo, mas não se pode eximi-lo do concurso necessário. E se o paciente não consegue ou não deve acolher os recursos precisos, através da boca, é constrangido a recebê-los por intermédio dos poros, das veias ou de outros canais do corpo.

Todo socorro essencial ao veículo físico reclama a participação do veículo físico.

Ninguém extingue a própria fome pelo esôfago alheio.

Assim, também, nas necessidades do espírito.”

Esta participação se fará da forma que for mais viável para cada elemento que busca o tratamento.

No caso dos processos obsessivos, ou mesmo que sejam tão somente de envolvimentos espirituais perturbadores, o buscador pelo socorro espiritual deverá participar efetivamente do tratamento.

E o que deverá ser esta participação?

A nossa parte no processo de tratamento espiritual é o renovar-se através do estudo, na prática dos ensinamentos oferecidos. O simples acolher as informações é receber a prescrição e ficar a olhar para o medicamento, sem participação do corpo físico. Não fará efeito.

Receber a prescrição médica – estudar o Evangelho –, analisar os medicamentos sugeridos – aprender sobre as palavras do Mestre –, encontrar a forma mais adequada para “ingerir” o medicamento – conhecer-se melhor, apreender os ensinamentos e aplicá-los em nossas vidas.

Este é o caminho que torna efetiva a ação da Prece.

Mais uma vez citando Emmanuel:

“Comparemos a prece e a obsessão ao anseio de saber e ao tormento da ignorância.”

Diante da “ignorância” aqui representada pela obsessão, busquemos a aquisição do saber, representado pelo estudo, dedicação e renovação do nosso Ser – o nascer de novo a que nos conclama o Mestre.

Paz e luz

  • Prece e obsessão, no livro Opinião espírita, Emmanuel, por Chico Xavier

Aqui, parte de Estudo oferecido na FEDF, em 26-03-2019. Título do Estudo “Hegemonia de Jesus”

“Emmanuel alerta-nos sobre as diferentes maneiras de nos apresentarmos perante Deus e perante o mundo que nos cerca. Quando estamos em prece, colocamo-nos com brandura e entendimento, buscando a misericórdia do Pai, aguardando tolerância e Amor diante das nossas necessidades. No entanto, quando estamos nos nossos afazeres do dia-a-dia, ficamos invigiliantes nas relações interpessoais, nem sempre de forma branda ou fraterna.

Diz-nos Emmanuel textualmente:

“Urge, porém, reconhecer que Deus está em toda parte, e, em toda parte, é forçoso comportarmo-nos como quem se sabe na presença Divina.

Tanto se encontra o Criador com a criatura na oração quanto na ação. (…)

De que nos valeria apresentar uma fisionomia doce a Deus e um coração amargo aos companheiros do cotidiano, se todos eles são também filhos de Deus quanto nós?” (5)

O importante, portanto, é tornar a prática desses ensinamentos um caminhar de compaixão, de entendimento, de respeito, de caridade, de amor.

É verdade que, de início, essa prática se dará como um exercício de disciplina e determinação, tendo em vista o nível evolutivo em que ainda nos encontramos. Mas o exercício constante dessa prática fará com que internalizemos os conceitos de tal forma que, a partir de determinado momento, nossas ações serão coerentes com os ensinamentos evangélicos de forma natural, espontânea.

Esse nível de conscientização do aprendizado passa, inevitavelmente, pelo conhecimento de si mesmo. Ao darmo-nos conta da essência do Evangelho do Cristo, passaremos a nos observar melhor – comportamento, valores, conceitos, emoções, sentimentos – e identificaremos em que ainda precisamos melhorar para efetivamente termos coerência entre o que estamos a aprender e o nosso agir. É a efetivação do aprendizado em nossas vidas.

Poderemos então afirmar que conseguimos ser ensinados por Deus e estamos com Jesus, o Cristo.

(5) Capítulo Entre Deus e o próximo, do livro Alma e Coração, Emmanuel, por Chico Xavier”

 

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *