Voo da Borboleta

Um Ser suave, exuberante em cores e de formas suaves e encantadoras.

Este se fez sob meus dedos, que se movimentavam no ir e vir em pequenos pedaços de papeis – branco, amarelo, preto.

Esses, os pequenos pedaços de papeis, se dobravam de acordo com a minha vontade. Sim, literalmente eles se dobravam – uma ponta que por vezes encontrava um lado do pequeno pedaço de papel, tomando forma e se encaixando ao comando de quem criou a arte que ali se realizava.

Uma asa, outra asa… uma tomando formas que se desenhara na mente de alguém e que eu, ousada que sou, mudava aqui e ali proporcionando a oportunidade de ser uma borboleta diferente da que antes houvera sido criada por outro alguém.

Posso dizer que se transformou em uma borboleta que minha mente recriara para ser a minha borboleta.

Eis que pronta… olhei para ela e pensei em ela merecer ser uma borboleta que se apresentaria em um lugar especial. Não seria simplesmente guardada em uma caixa.

Olhei para minhas folhas papel de algodão, meus pinceis, minhas aquarelas… olhei para a borboleta e vislumbrei este ser criado, a partir da arte de dobradura, como que voando em uma arte em aquarela. Uma paisagem.

E assim eu fiz.

Árvores, céu, nuvens. Folhagens como que forrando o chão do parque.

Deu-se então o que meu coração criara com a minha mente – O voo da Borboleta.