O verdadeiro presente de Natal (Nave azul rumo ao Eterno)

Posted por em 27 dez 2018

Estudo oferecido no Centro Espírita Paulo de Tarso, em 27-12-2018

Folheto distribuído ao público (PDF) – O verdadeiro presente de Natal

Folheto com reflexões oferecidas no Estudo – Verdadeiro presente de Natal (Nave Azul rumo ao eterno

Áudio do Estudo (mp3) – Verdadeiro presente de Natal (Nave azul rumo ao Eterno)


A Nave Azul rumo ao Eterno e o Verdadeiro presente de Natal – Jesus, o Cristo.

Ouvi certa vez uma expressão que nos leva a uma imagem interessante da nossa presença neste Planeta Azul: “Sobre uma esfera azul estamos a olhar o Universo, em direção ao infinito”.

Pensei em uma versão assim:

Somos passageiros em uma nave interestelar, navegando pelo Universo, rumo ao Eterno.

Na primeira versão, a que fui convidada a refletir bem atentamente sobre a nossa posição nesse Planeta Azul, acolhi a seguinte percepção:

Estamos assentados sobre ele e envolvidos pelo Universo em que estamos inseridos. Dá-nos uma perspectiva quase insólita de estarmos soltos no espaço intergaláctico sobre uma “matéria”, se podemos dizer assim, invisível e intangível.

Como podemos nós estar olhando de frente o Universo?!

Sentimo-nos dentro de uma abóbada celeste como que protegidos por uma cúpula transparente que não nos deixa sermos levados a flutuar no Cosmos.!

Estamos a flutuar de sobre a crosta terrestre e a Terra flutua a nos levar ao infinito!

Na segunda versão, em que ouso reescrever a primeira, creio poder inserir uma variável sutil. Pensarmos na Terra como uma nave interestelar a nos levar por uma viagem incrível pelo Universo, tendo como meta o Eterno.

Quanto ao tema principal – Verdadeiro presente de Natal -, gostaria de fazer algumas reflexões.

Começando pelo que significa a palavra Natal: relativa a nascimento, natalício.

Também podemos estender para o entendimento do lugar onde aconteceu o nascimento (de alguém ou de algo). (definição em dicionário)

Há aproximadamente 4,6 bilhões de anos, tivemos o nascimento do nosso Planeta Terra. Lugar onde atualmente vivemos e que amamos; vivenciamos nossa experiência de processos e aprendizados a nos oportunizar conquistas de novos caminhos na jornada evolutiva.

O evangelista João, no capítulo primeiro de seu Evangelho, diz-nos:

1 No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus.

2 Ele estava no princípio com Deus.

3 Todas as coisas foram feitas por ele, e sem ele nada do que foi feito se fez.

4 Nele estava a vida, e a vida era a luz dos homens; a luz resplandece nas trevas, e as trevas não prevaleceram contra ela.

5 Pois a verdadeira luz, que alumia a todo homem, estava chegando ao mundo.

6 Estava ele no mundo, e o mundo foi feito por intermédio dele, e o mundo não o conheceu.

7 Veio para o que era seu, e os seus não o receberam.

Em o livro A Caminho da Luz, no Capítulo A Gênese Planetária, Emmanuel (por Chico Xavier) relata, “conforme tradições do mundo espiritual”, a existência de uma Comunidade de Espíritos Puros, eleitos pelo Senhor Supremo do Universo. Nas mãos desses seres angélicos e perfeitos estão as rédeas diretoras das coletividades planetárias do nosso sistema. Jesus é um de seus membros.

Essa Comunidade reuniu-se nas proximidades da Terra por duas vezes. A primeira quando se desprendia, da nebulosa solar, o orbe terrestre. A segunda, quando da preparação da vinda do Senhor à face da Terra para trazer-nos a lição imortal do seu Evangelho de amor e redenção.

O Natal planetário (formação do orbe terrestre) deve-se à interveniência mui especial do Ser Crístico, Espírito Puro a que denominamos Jesus, designado pelo Pai Criador para essa missão.

O Natal que comemoramos no dia 25 de dezembro deve-se ao nascimento desse Ser Crístico, na personalidade a que damos o nome Jesus.

Jesus entre nós

Pouco se fala sobre os pais de Maria. Nos Evangelhos não encontramos informação a respeito, mas há alguns textos falando alguma coisa sobre o tema.

Joaquim e Ana (pais de Maria) encontravam-se em idade bem avançada e não tinham filhos.

Conta a tradição judaica que, à época, o homem que não tinha filhos não era bem visto pela sociedade.

Ocorreu que certo dia Joaquim teve sua oferenda recusada no templo e ele, deprimido, retirou-se para o deserto. Ana, triste, chorava e orou ao Pai que os abençoasse com um filho.

Apareceu-lhe um Anjo que lhe disse devesse ir ao encontro de seu marido, ao tempo em que outro Anjo orientava a Joaquim que retornasse. Joaquim e Ana encontraram-se em um lugar que hoje tem o nome de Portão de Ouro ou Porta Dourada.

Nasceu Maria e, em manifestação de gratidão a Deus, Joaquim e Ana levaram Maria ao templo e foi ela educada e orientada espiritualmente pelos Sacerdotes.

Quanto ao nascimento de Jesus, propriamente dito, conta-nos o Evangelho que aconteceu na cidade de Belém, por ocasião do censo. Cidade cheia, sem terem onde se instalar, acomodaram-se em um local onde, nas casas, se instalavam os animais, e ali nasceu Jesus sendo colocado em uma manjedoura.

Jesus nasceu de forma humilde, sem aparatos ou instalações de expressão. Envolvido pelo amor e respeito de seus pais – Maria e José -, na presença de um pastor e cercado por animais que ali viviam.

Foram até o local três Reis Magos, ao verem uma estrela de grande brilho no céu. Fora mencionado pelos profetas que uma estrela iria anunciar o nascimento de um Ser especial.

Pouco se tem notícias sobre a infância de Jesus, até os 12 anos. Podemos encontrar maiores informações sobre esta fase de sua vida nos Evangelhos Apócrifos.

Aos 12 anos sabemos que Jesus fora levado a Jerusalém por ocasião da Páscoa. Jesus se afastou de seus pais, sem que eles o percebessem, e ficou no templo no meio dos doutores das leis, ouvindo-os e interrogando-os. E muito se admiraram dele.

Diz-nos Lucas em seu Evangelho 2:52: E crescia Jesus em sabedoria, em estatura e em graça diante de Deus e dos homens.

Depois desse fato, voltamos a ler sobre Jesus nos Evangelhos quando ele viria a ser batizado por João, chamado Batista.

Bem, quanto à parte histórica da vida de Jesus eu me detenho aqui, pois a intenção para esta reflexão é o significado do Natal e, como diz o título, tentar levar uma mensagem sobre o verdadeiro presente de Natal.

Durante alguns dias eu fiquei refletindo sobre essas passagens e ocorreu-me uma percepção sobre o significado do nascimento de Jesus para nossas vidas.

Jesus, o Cristo, participou da formação do nosso Planeta

Ele acolheu a missão de ser o nosso mentor e guia vivendo entre nós. Trouxe-nos ensinamentos importantes e basilares para nosso processo evolutivo. Foi um exemplo vivo desses ensinamentos.

Afirma ele, ainda, como consta dos Evangelhos:

Eu sou a fonte da água viva … João 7:37 e 38

Eu sou o pão da vida; o que vem a mim jamais terá fome; e o que crê em mim jamais terá sede. João 6:35

Eu sou a luz do mundo; quem me segue não andará nas trevas, pelo contrário, terá a luz da vida. João 8:12

Eu sou a porta. Se alguém entrar por mim será salvo. João 10:9

Eu sou o bom pastor. O bom pastor dá sua a vida pelas ovelhas. João 10:11

Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, ainda que morra, viverá. João 11:25

Eu sou o caminho, a verdade e a vida, ninguém vem ao Pai senão por mim. João 14:6

Eu sou a videira, vós os ramos. Quem permanece em mim, e eu, nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer. João 15:5

Diz-nos Joanna de Ângelis, em o livro Jesus e o Evangelho, à luz da psicologia profunda (Cap. A Busca), que Jesus, consciente da distância moral que já entre ele o Pai. bem como da distância que há entre nós e ele, entendeu por bem trazer-nos a oportunidade de acolher novos aprendizados e buscarmos o aprimoramento moral, visando acelerar nosso processo evolutivo.

Diante dos fatos que demonstram a intensa presença do nosso Mestre e Guia, em nossas vidas, desde há bilhões de anos, podemos considerar que Jesus, o Cristo, é o Verdadeiro e mais importante Presente de Natal nesse nosso navegar, como passageiros em uma Nave Azul, rumo o Eterno.

Jesus é o verdadeiro presente de Natal.

Possamos nós perceber a importância de termos sido agraciados por Deus que enviou Jesus como o maior presente de todos os tempos.

Reconhecendo ser Jesus o perfeito presente, vale refletir sobre como deveremos ou costumamos nos comportar diante de um presente?

Ficamos felizes, sentimo-nos gratos. Creio que seja assim,

Como então expressarmos a nossa alegria e gratidão pelo presente que recebemos do Pai?

A nossa forma de demonstrar a alegria pelo verdadeiro presente que recebemos do Pai, e demonstrarmos a nossa gratidão, é estarmos dispostos a promover uma revisão das prioridades em nossas vidas e buscarmos a comemoração do Natal com Jesus em nossos corações.

Nascimento de Jesus em nós

Pensamos no nascimento de Jesus como algo que só ocorreu há aproximadamente dois mil anos.

Seu nascimento representa o momento em que o Mestre, o Ser Crístico de há muito entre nós, veio ao Planeta para cumprir uma missão oferecida pelo Pai.

Devemos ter consciência de que o nascimento deste Ser entre nós, espiritualmente falando, excede os quatro e meio bilhões de anos, tempo aproximado que a ciência calcula ter o planeta Terra desde sua formação.

O Ser Crístico, que tomou o nome de Jesus entre nós, o Mestre de todos os tempos, tem nascido a cada momento em que um de nós deixa que Ele faça parte de forma plena em sua vida.

Precisamos refletir a respeito disso e tentar verificar se já deixamos que Ele nasça em nossos corações. Quem sabe até buscar identificar o momento em que Ele passou a realmente fazer parte de nossas vidas e valorizá-lo como marco nesse caminho espiritual.

Comemorar o Natal com Jesus em nossos corações é tentar compreender o que Deus espera de nós e encontrar o melhor caminho para corresponder à Sua expectativa com relação às nossas vidas. O que seria corresponder a essa expectativa? Lembrar que fomos criados para sermos felizes.

Ser feliz é acolher as Leis de Divinas, inscritas em nossa Consciência.

Quando nos sentirmos infelizes em algum momento, poderemos inferir que, de alguma forma, infringimos alguma dessas Leis.

A felicidade advém do cumprimento dessas Leis quando, então, teremos a graça de vivenciar a felicidade em nós.

Simbolicamente recebamos mais uma vez o verdadeiro presente, Jesus, neste Natal e demonstremos a nossa gratidão promovendo a nossa transformação espiritual. Lembremo-nos sempre: Jesus é o presente de Natal mais perfeito e verdadeiro que nós poderíamos imaginar receber em nossas vidas.

 

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