Estudo oferecido no Grupo Educacional e Assistencial Espírita Fraternidade, em 06-06-2021
Estudo baseado no texto “O Espiritismo pergunta”, de Militão Pacheco, por Chico Xavier
Estudo virtual postado no Facebook
https://www.facebook.com/geaef/
Folheto (PDF) que estará disponível no Facebook, na forma de comentário – EspiritismoPergunta-FRATER-folheto
Somos Seres em evolução
Este Estudo tem como referência o texto “O Espiritismo pergunta”, no livro O Espírito da Verdade (1) .
Contempla, ao longo de suas reflexões, experiências que tenhamos vivenciado, alertando-nos para o fato de necessitarmos ficar atentos a situações que nos marcaram e marcam, como Espíritos, ao longo de várias existências.
Um alerta para o fato de que o corpo físico, que ora nos abriga, é definido pelo corpo espiritual resultante de várias experiências, opções havidas, comportamentos, comprometimentos.
O texto proporciona reflexões que devemos acolher com muita atenção.
Detalha, de forma minuciosa, repercussões decorrentes do nosso transitar por lugares e épocas. Circunstâncias decorrente do nosso Livre arbítrio, ao longo de nossas várias jornadas. Ficam registradas, no Espírito e, não raro, estas se repetem no nosso jornadear.
Alerta-nos para o fato de essas experiências, que nos são oportunizadas, terem como foco o buscarmos a nossa renovação como Ser. Aprendizados a clarear nossas mentes para um novo olhar dirigido, fundamentalmente, para nossa evolução espiritual.
No livro A Gênese, Cap. XI – Gênese espiritual, encontramos:
Capítulo XI Gênese espiritual:
“É inata ao homem a ideia da perpetuidade do ser espiritual; essa ideia se acha nele em estado de intuição e de aspiração.
Progredir é condição normal dos seres espirituais e a perfeição relativa o fim que lhes cumpre alcançar. Ora, havendo Deus criado desde toda a eternidade, e criando incessantemente, também desde toda a eternidade tem havido seres que atingiram o ponto culminante da escala. (…)
(…) O corpo e, pois, simultaneamente, o envoltório e o instrumento do Espírito e, à medida que este adquire novas aptidões, reveste outro envoltório apropriado ao novo gênero de trabalho que lhe cabe executar, (…)
Por ser exclusivamente material, o corpo sofre as vicissitudes da matéria. Depois de funcionar por algum tempo, ele se desorganiza e decompõe. O princípio vital, não mais encontrando elemento para suas atividades, se extingue e o corpo morre. O Espírito, para quem, este, carente de vida se tornar inútil, deixa-o, como se deixa uma casa em ruínas, ou uma roupa imprestável.”
Há de convir que, observando esse processo, mais ainda, vivenciando-o, temos a impressão de transitarmos por sofrimentos, dado o nosso apego à vida em corpo físico. Isso se deve por ainda não internalizarmos o princípio inerente ao progresso espiritual.
Como vimos no texto de A Gênese, a evolução do Espírito exige a reformulação do corpo físico. Quanto mais aquele se desenvolve na escala evolutiva, mais o outro precisa ser reorganizado em suas propriedades para acompanhar e proporcionar condições de trabalho e cumprimento das tarefas de que aquele está incumbido.
Interpretarmos, desta forma, a passagem objeto deste Estudo:
“Desde os dias de João Batista até agora, o reino dos céus é tomado por esforço, e os que se esforçam se apoderam dele” (Mt 11:12)
O Reino dos céus, ou Reino de Deus, é alcançado no burilamento do Espírito que somos. Exige de nós empenho, persistência, determinação, entendimento, sem os quais não alcançaremos nossos propósitos.
A esse processo poderemos, dada a nossa condição ainda de “meninos espirituais”, denominar de esforço, ou até mesmo de violência (da Natureza).
Quando alcançarmos o entendimento necessário, perceberemos que todo esse processo é natural e necessário. Seremos gratos por proporcionar a nós o alcance de patamares mais elevados na morada espiritual e o atingimento, de futuro, à condição de Espíritos Puros e a convivência estreita com nossos semelhantes.
Importante trazer aqui uma interpretação(2) de passagem de o livro Apocalipse (último livro do Novo Testamento).
Comentários baseados na interpretação acima referida:
O contexto é: João (autor do livro em referência), fora arrebatado aos planos ou dimensões superiores da vida para que vivenciasse ali o que as consciências evoluídas promoviam a respeito do processo evolutivo do planeta Terra e seus habitantes.
Aquelas consciências não permanecem ociosas, trabalham constantemente na administração dos mundos.
Menciona João que se a Terra fosse colocada tão-só nas mãos do homem, com certeza já a teríamos destruído.
A misericórdia divina permite que irmãos mais experientes intervenham em oportunidades muito específicas para auxiliar o ser humano nas dificuldades em que vive.
Explica que as guerras, as bombas, as agressões à natureza e o clamor de milhares de vidas afetam a morada cósmica. O homem, com seus pensamentos e ações de violência e desequilíbrio, promove cargas mentais tóxicas e quantidades expressivas de ectoplasma são lançadas na atmosfera psíquica do mundo, abalando estruturas do planeta.
Assim, é imprescindível uma ação saneadora geral, conduzida pelos responsáveis espirituais que orientam o destino da Terra. A limpeza psíquica e física do ambiente planetário faz-se premente e esta ação poderá promover uma mais intensa cota de dor e sofrimento, nas provações coletivas.
A renovação da Terra é precedida por tempos em que vivenciaremos crises, dores e espasmos como se fossem dores do parto, como quando uma mulher está para dar à luz.
Precisamos, no entanto, compreender que este processo deflagrado é, tão-só, o prenúncio de um novo despertar da consciência do homem e o seu renascer para uma nova vida – o filho das estrelas.
Quando João faz referência aos anciãos com suas coroas de ouro, é uma alusão a suas posições ante a humanidade: governadores dos mundos, hierarquia cósmica, auxiliares da Suprema Consciência, para orientação dos destinos da humanidade, em suas mais variadas formas. Expressam submissão ao Cristo, é a significação da esperança, pois se processa no mundo pela misericórdia e sabedoria daquele que é o divino pastor de nossas almas.
“No caso da humanidade terrena, as dores morais, os conflitos sociais e as catástrofes coletivas são o prenúncio do nascimento de nova raça de homens, de uma nova mentalidade.” (citação do livro “Apocalipse, uma interpretação espírita das profecias”, espírito Estêvão – pseudônimo escolhido pelo autor espiritual -, por Robson Pinheiro).
Por mais difíceis possam parecer as dores e dificuldades, simples colheitas pelos nossos atos, devemos ter em Jesus a nossa âncora sublime em que confiar. Ele não nos abandona, é o timoneiro do barco cósmico que nos abriga, e guia a nave terrestre ao porto seguro do seu amor.
- Militão Pacheco, por Chico Xavier
- Livro “Apocalipse, uma interpretação espírita das profecias”, por Estêvão (pseudônimo do autor espiritual do livro, psicografado por Robson Pinheiro).