Posted por em 27 dez 2019

Estudo oferecido no GFEIE Grupo Fraternidade Espírita Irmão Estêvão, em 27-12-2019

Folheto distribuído ao público (PDF) – Necessário nascer de novo – Renovar-se

Áudio do Estudo (mp3) – Ninguém verá o Reino de Deus se não nascer de novo

Áudio do momento de harmonização oferecido pela musicoterapeuta Lúcia Smidt – Ninguém verá o Reino de Deus se não nascer de novo – Harmonização

Capítulo IV do Evangelho Segundo o Espiritismo.

“Retorquiu-lhe Jesus: “Em verdade, em verdade, digo-te: Se um homem não renasce da água e do Espírito, não pode entrar no reino de Deus. – O que é nascido da carne é carne e o que é nascido do Espírito é Espírito.”

Renovar-se

O renovar-se pode ser analisado por vários aspectos, entre eles:

– renovação das atitudes

– renovação da vida

– renovação do espírito

Renovação das atitudes

Proposta de um recomeço

Como normalmente programamos nosso recomeço?

Qual o sentido de tentarmos o recomeço com os mesmos objetivos sem avaliar bem o que queremos e como chegarmos lá?

É imprescindível que tenhamos uma proposta antes de tudo.

Fazermos uma avaliação do que tivemos, das experiências vivenciadas.

O que foi bom e queremos manter? O que queremos mudar?

Será que é o melhor para nossas vidas? Ou simplesmente estamos teimando em querer, apesar de sempre tentarmos e não conseguirmos?

Algumas vezes temos que tomar decisões rápidas, sem tempo para grandes reflexões. No entanto, na maior parte das vezes temos a oportunidade de parar e meditar sobre nossas propostas, nossos objetivos. Normalmente são essas decisões as mais importantes a termos de tomar.

Assim, deveremos ter um carinho muito especial nesse momento, para aproveitar bem a oportunidade e tentar fazer direito nossas escolhas.

Apesar das dificuldades, devemos fazer de nossas vidas uma oportunidade para sermos felizes. Precisamos mudar a nossa disposição para o caminhar.

Muitas vezes, ouvimos pessoas dizerem que precisam sofrer para evoluir, para crescer espiritualmente.

Na realidade, o que precisamos é de oportunidades de aprendizado e, normalmente, essas oportunidades vêm acompanhadas de dificuldades, porque muitas vezes ainda não conseguimos aprender sem ter que enfrentá-las.

Mas precisar de sofrer é outra coisa. Não precisamos nem devemos sofrer. Precisamos sim compreender que qualquer que seja a dificuldade ou a dor, ela é o nosso instrumento de aprendizado e crescimento espiritual e, para que seja efetiva em nossas vidas, precisamos estar conscientes da sua importância e apreender o ensinamento que ela nos proporciona.

Sofrer é não aceitar ou compreender que a dor é nosso instrumento de evolução. Quando nos conscientizamos da sua importância no nosso processo de crescimento não sofremos, muito pelo contrário, ficamos gratos pelo aprendizado que ela nos oferece.

Renovação da matéria

Ciclo da Vida

Todos fazemos parte do mesmo Universo, mas não somos iguais, temos nossas próprias características. Cada ser é especial por si só.

Há sempre aquele que detém mais conhecimento e mais experiência devendo partilhar com seus companheiros de jornada.

Devemos buscar o prazer pelo que somos e fazemos, em todas as oportunidades. Proporciona uma maior qualidade de vida e melhor convivência com os que nos cercam.

Temos propósitos de vida, razão para existir. Um desses propósitos é o de sermos úteis e buscarmos oferecer oportunidades àqueles com quem partilhamos esse momento na eternidade.

Precisamos nos conscientizar de que a vida é um ciclo, como as estações do ano. Há momentos de conforto, de prazer, de sucesso (a primavera e o verão de nossa jornada), bem como há momentos de dificuldades, insucessos e dores (podemos dizer que correspondem ao outono e ao inverno) e que devemos acompanhar esse processo como algo natural.

Devemos reconhecer que as pessoas reagem de forma diferente à mudança dessas estações, pois cada um de nós tem experiências diferentes ao longo da jornada e, em sua memória, informações diversas sobre momentos marcantes em suas vidas. Entendendo esse processo, seremos pessoas mais compreensivas e respeitaremos mais nossos companheiros de jornada.

Quando chega o outono em nossas vidas, os obstáculos parecem mais difíceis de serem transpostos. Situações que, enquanto jovens, eram fáceis de vencer. Agora exigem mais a nossa energia, coragem e determinação para nos mantermos firmes e confiantes.

É quando, também, tomamos consciência de que o momento da passagem para outro plano está cada vez mais próximo, e essa percepção nem sempre é fácil de enfrentar.

Observamos outros companheiros irem, e esse processo torna-se mais real a cada dia.

Alguns têm medo dessa passagem, outros já seguem sem maiores resistências.

Ter receio desse momento é natural e não devemos sentir-nos culpados por isso. Precisamos pensar nesse processo como um desenrolar natural do ciclo da vida.

Saber que tivemos um propósito, uma razão para existir. Cumprimos nosso propósito traz-nos a tranquilidade do dever cumprido. Vale lembrar as palavras do apóstolo Paulo quando disse: “Combati o bom combate, completei a carreira e guardei a fé.” (II Timóteo 4:7)

Quando temos a certeza de ter cumprido bem o nosso propósito, aceitamos a nossa passagem de forma serena. Como também temos a oportunidade de perceber o todo, com visão mais ampla de tudo aquilo de que fizemos parte.

O mais importante de tudo isso, para concluir, é ter a certeza de que depois do inverno vem novamente a primavera. As dificuldades e as experiências serão instrumentos para novas oportunidades que nos serão oferecidas no processo da evolução espiritual.

Esse processo é instrumento de fortalecimento. Proporciona a consciência, a confiança de que novas oportunidades virão e de que haverá planos para novos caminhos e novo aprendizado, visando sempre o nosso progresso, a nossa evolução.

Renovação do espírito

João 3-5 “Em verdade, em verdade te digo que se alguém não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus.”

João 3-7 “Importa-vos nascer de novo.”

Crescimento espiritual

Como devemos contemplar a nossa oportunidade de aprender e buscar a nossa evolução?

Muitas vezes sentimo-nos impelidos a buscar o aprendizado, o enriquecimento intelectual. No entanto, nós nos restringimos a isso tão somente, sem nos ocuparmos com o aprendizado espiritual.

Conquistamos várias tecnologias, ampliamos nossos horizontes visando apenas o conhecimento científico e deixamos de observar, de refletir sobre a razão de estarmos experienciando a oportunidade que é a própria vida – um presente muito especial.

Quando nos sentimos impelidos a conquistar o conhecimento, em suas várias faces, buscamos melhorar a nossa capacidade de manter e utilizar esse conhecimento. No entanto, não percebemos que há algo maior, mais representativo nesse vivenciar.

O simples armazenamento desse saber não pode nem deve ser o bastante.

Ele deve ser útil e aplicado no dia-a-dia. Ter como foco a melhoria da qualidade de vida, não só nossa, mas de todos aqueles com quem partilhamos esse momento na eternidade.

Devemos perceber a responsabilidade a nós conferida por termos conseguido obter novos conhecimentos, por termos ampliado nossos horizontes intelectuais.

Se não bastasse isso, temos também, e sobremaneira, a responsabilidade pelas nossas conquistas espirituais.

A busca pela evolução do espírito deverá ser nossa preocupação primeira. Refletirmos sobre o estarmos vivenciando uma oportunidade muito especial.

Qual a razão de estarmos aqui e como poderíamos tornar essa oportunidade o mais útil possível.

O evoluir espiritualmente representa querermos estar bem com o que nos cerca.

O espírito, ao conquistar novos níveis evolutivos, sente a necessidade de ser útil, de compartilhar o que conseguiu amealhar ao longo de sua existência.

É um fator imprescindível para o prosseguimento da sua jornada. Ele não consegue sentir-se em paz quando não está sendo útil. O compartilhar passa a ser sua própria razão de ser.

Estar feliz é sentir-se com o dever cumprido, é ver outros conquistando os mesmos patamares por ele alcançados. É conseguir que seus companheiros de jornada também evoluam. É trazer para perto de si todos os que se encontram em dificuldades. É oferecer as mesmas oportunidades a que teve acesso ao longo da sua caminhada, utilizando os meios ao seu alcance.

É ser um instrumento nas mãos da providência

Elevação moral

Ao longo de nossa caminhada nós procuramos o sentido de estarmos vivenciando a experiência de viver. É sempre uma incógnita que queremos decifrar e, por mais que tentemos, não conseguimos.

Quando encontramos algumas respostas, e adquirimos novos conhecimentos, abrem-se novas portas e novos horizontes se descortinam à nossa frente proporcionando novas oportunidades e, por consequência, novas indagações e novas buscas.

É um caminho de aprendizado constante. Diz-se que é um movimento em espiral em direção a planos maiores e mais elevados. Temos oportunidades de vivenciar experiências semelhantes a outras do passado, condições de observá-las sob uma nova ótica, aprender com elas e reformular nossos caminhos.

Faz-se necessário sempre estarmos atentos a todas as experiências, observar e refletir. Aprender.

A elevação moral decorre do aprendizado que nos proporciona o observar e o refletir sobre os nossos erros.

Quando nos dispomos a efetivamente aprender e reformular procedimentos, nosso caminhar flui e sentimo-nos mais seguros daquilo que queremos, do que buscamos. As dúvidas deixam de ser obstáculos e passam a fazer, tão-somente, parte do caminhar.

A esse processo de aprendizado, reflexão, reformulação e determinação de evoluir, seja intelectual, seja espiritualmente, podemos chamar de elevação moral.

Em o livro Aprender com o Mestre – Sobre o amor, Elda Evelina, Bookess Editora (ainda não publicado)

 

Do livro “Jesus e o Evangelho – à luz da psicologia profunda”, de Joanna de Ângelis, por Divaldo Franco

Renascimentos

Ninguém pode ver o Reino de Deus, se não nascer de novo.” João 3:3

“A reencarnação, desse modo, é também processo psicoterapêutico de amor divino, de justiça magnânima, que a todos faculta os meios de evoluir a esforço pessoal, dignificando e identificando cada criatura com as suas conquistas pessoais intransferíveis, que se desenvolvem mediante a liberação da retaguarda das trevas de ignorância e de perversidade no rumo de um permanente presente de realizações e de paz.

Ano novo, novo ano… simples assim

Elda Evelina

Ano novo.

Novo ano.

Simples assim?!

Como ser novo se estamos caminhando há tão longo tempo.

Segundo a segundo, minuto a minuto…

Horas que passam, seguidamente, rápida ou lentamente.

Bom que acolhamos algo como novo sim, com certeza.

Nossos propósitos: novas ideias, novos compromissos que assumimos como em um novo ciclo de vida.

Fazemos retrospectivas, comtemplamos o passado, seja de ontem ou de tão muito distante.

Não importa, pois é importante que se faça.

Se não fizermos ideia do que fizemos… como buscar o novo fazer para buscar um novo realizar?!

O ciclo da vida é cada parcela de tempo, infinitamente pequeno, mas não estamos ainda preparados para lidar com esse tipo de dimensão.

Precisamos do palpável, do mensurável, do concreto, do visível a olhos nus…

Então, por qual razão não acolhermos as divisões de tempo que as convenções nos oferecem?

Que assim seja.

Ano novo.

Novo ano… simples assim.

Mas que não nos cristalizemos nas ideias antigas, passadas.

Busquemos também novas criações que despertem em nós o desejo de desenvolver o nosso Ser.

O Ser melhor, em sendo melhor a cada dia.

Segundo a segundo, minuto a minuto.

Pelas horas que passam, seguidamente, rápida ou lentamente.

Construir um novo olhar, um novo pensar, um novo sentir, um novo realizar.

Um novo modo de amar, verdadeiramente fraterno.

Um sentimento de Paz,

interno como também amplamente abrangente,

a envolver a nós mesmos, a aqueles que estão por perto.

Mesmo outros, que nem tanto junto a nós.

Outros tantos que nem conhecemos ou mesmos não saibamos existirem.

Todos somos parte de uma mesma Humanidade… humanos em unicidade.

Mudemos nosso olhar, nosso pensar, nosso sentir, nosso emocionar, mesmo que creiamos já saber o como fazer.

Podemos e devemos sempre o procurar melhorar.

Sermos maiores do que somos, como Ser. Quem sabe conseguirmos ser gigantes em nosso modo de amar!?

Ano novo.

Novo ano… simples assim.

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