Um corpo é um santuário,
Morada da Alma.
Presente recebido
Para viver uma vida,
Com as próprias escolhas.
Uma vida que se inicia
Cheia de sonhos e de esperança.
Este corpo santuário
Não pode ser maculado,
Dilacerado, violentado
Pela vontade de um outro ser
Que se arvora no direito
De destruir local sagrado
Como se fora seu,
Como se fora um objeto
Que venha a poder ser invadido
Sem qualquer permissão.
Mais ainda,
Contra a vontade da Alma
Que ali habita.
Se já não pudera ser por um só outro ser
Menos ainda por muitos,
Juntos como em uma insana união
De desejos, de ignomínia,
De obsessão desenfreada,
De loucura indizível.
Um corpo,
Mais ainda, um corpo sagrado,
Acolhe em seu íntimo uma Alma
Com direito à vida,
Ao respeito, à proteção.
Esta Alma tem direito aos sonhos
Que não podem ser destruídos
Por atos de sacrilégio.
Faz-se necessária a consciência
De um… de muitos… de todos.
Acolher essa Alma,
Que teve seu corpo destituído
De seu bem mais sagrado:
Respeito a seu santuário.
Mais do que sacrilégio é um crime
Que não pode morrer incólume.
Faz-se necessária a justiça,
Por meios legais.
Não podemos ficar com a sensação
Da impunidade e do esquecimento.
Mudar nossos conceitos,
Mais ainda, afastar os preconceitos
E nos irmanarmos nessa lida.
Com fé e esperança de que
Um novo olhar se faça
Sobre todos nós,
Sobre nossos filhos e filhas,
Sobre nossos netos e netas
Sobre a família de muitos,
Sobre a família de todos.
Sobre todos nós.
Disse tudo que eu quisera ter dito, ou melhor, gritado com um megafone em praça pública! Parabéns Amiga!
Um novo olhar sobre o Planeta! Abraços fraternos!