Posted por em 25 maio 2019

Estudo oferecido no GFEIE Grupo da Fraternidade Espírita Irmão Estêvão – Sede da Asa Norte, em 24-05-2019

Folheto distribuído (PDF) – Renovemos nossa mente

Áudio (mp3) – Renovemos nossa mente

Vídeo mencionado no Estudo – www.youtube.com/watch?v=88PunbvX4cg


Como tem sido o meu pensar?

Com que tipo de emoções tenho me envolvido no dia-a-dia?

Quais ocorrências tocam o meu coração com mais intensidade?

Tenho buscado experiências que elevam a minha Alma, proporcionam aprendizado?

Qual a dinâmica no meu modo de fazer escolhas, de tirar conclusões, tomar decisões?

A nossa forma de agir, de pensar, de buscar realizações está baseada nos valores que mantemos em nossos corações e em nossas mentes. É de primordial importância que tenhamos sempre presente em nós o observar nossos pensamentos, atitudes, conceitos éticos e morais,

A vida nos coloca sempre frente a frente com situações desconfortáveis, que geram angústia, tristeza, dores e até sofrimento.

Não há como estarmos alheios a esta realidade!

Normalmente nós ficamos envolvidos, por vezes intensamente, pelo que ocorre à nossa volta. Seja assistindo ao noticiário, a um filme, conversando com amigos sobre assuntos da mais variada ordem, enfrentando algum problema pessoal ou familiar. Situações que tiram o nosso equilíbrio e harmonia interior.

Por vezes não nos é fácil identificar, de pronto, o quanto estamos envolvidos e quão intensamente os fatos estão alterando a nossa forma de ser, de sentir, de pensar, de reagir.

Um exemplo sempre corriqueiro é o do trânsito. Imaginemos a seguinte situação: estamos à direção e o movimento à nossa volta se mostra agitado, estamos com pressa e inquietos, os motoristas dos outros carros estão agindo em desatino. Qual é a nossa atitude? Queremos mostrar que também temos condições de buscar uma melhor posição; acelerar e tomar a dianteira; demonstrar que nosso veículo é possante o suficiente para concorrer com os outros; crer que nossa habilidade à direção supera à daqueles que estão à nossa volta?

Vamos refletir sobre esta situação descrita.

O que nos leva a agir desta forma? Será que realmente precisaríamos proceder assim, ou é tão-somente o orgulho, a intolerância e insensatez que nos impulsiona a isso?

Buscando um olhar sensato. É inevitável que procedamos assim? Esse tipo de atitude vai trazer benefícios para o nosso dia, ou proporcionará mais desequilíbrio e poderemos correr riscos desnecessários? Será que o trânsito não poderia tornar-se mais caótico do que se mostra? Não estaríamos levando risco de vida a pedestres à nossa volta, aos passageiros dos outros carros e até a nós mesmos?

Este é só um exemplo entre tantos outros que poderíamos mencionar.

Atitudes como essas são resultantes de nossa forma de pensar e sentir. É a projeção do que ocorre em nossos corações e mentes.

Neste momento estamos buscando essas reflexões com a intenção de nos dirigirmos a um público que já se mostra sensível a um aprendizado sobre a vida, os ensinamentos evangélicos e doutrinários. Mesmo entre esses, muito do que foi descrito ainda ocorre pois, não obstante estejamos disponíveis a um olhar mais ético e mais conectado aos ensinamentos do Mestre, não estamos verdadeiramente conscientes do que seja abraçar o Evangelho em nossas vidas.

Diante das reflexões acima oferecidas, devemos ponderar: que valores temos guardado no coração; que tipo de pensamento, de sentimento, temos mantido em nós; o que estamos fazendo com o que mantemos em nossas mentes e em nossos corações?

Jesus nos diz:” O homem bom, do bom tesouro do seu coração tira o bem; e o homem mau, do seu mau tesouro tira o mal; pois do que há em abundância no coração, disso fala a boca.” (Lucas 6:45)

Paulo nos diz: “Rogo-vos pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis os vossos corpos como um sacrifício vivo, santo e agradável a Deus; pois em tal importa o culto racional; e não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que saibais qual é a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.” (Carta de Paulo aos Romanos 12:1)

As referências de Jesus e de Paulo são de mesma ordem. É do coração e da mente que se originam o bem que fazemos e nos impulsionam ao progresso, alavancam nosso processo evolutivo; como também as ações inconvenientes que dificultam a ascensão espiritual e impedem que encontremos o caminho do bem.

Precisamos ter cuidado com o que pensamos, sentimos e desejamos. O pensamento é uma força viva, criativa e poderosa e atinge distâncias inimagináveis.

Diz-nos ainda Jesus: “Olhai e vigiai, porque não sabeis quando chegará o tempo.” (Marcos 13:33). Acrescenta ele: “Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; o espírito, na verdade está pronto, mas a carne é fraca.” (Marcos 14:38)

O Espírito, nosso Eu verdadeiro, está pronto, mas enquanto encarnados ainda nos submetemos a várias circunstâncias que nos impulsionam a ações orientadas pelo egoísmo, orgulho, vaidade e outros aspectos de uma personalidade egóica.

Em O Consolador, pelo espírito de Emmanuel, encontramos na questão 222:

“– Que significa o chamado “toque da alma”, ao qual tantas vezes se referem os Espíritos amigos?

Quando a sinceridade e a boa vontade se irmanam dentro de um coração, faz-se no santuário íntimo a luz espiritual para a sublime compreensão da verdade.

Esse é o chamado “toque da alma”; impossíveis para quantos perseverem na lógica convencionalista do mundo, ou nas expressões negativas das situações provisórias da matéria, em todos os sentidos.”

É importante que tenhamos a orientação do Mestre sempre presente em nós: olhai, vigiai e orai.

Olhar: prestar atenção à forma como nos apresentamos perante a vida. Como está o nosso comportamento; como nos relacionamos com nossos companheiros de jornada; como temos sido diante dos revezes da vida; temos demonstrado respeito, tolerância, compreensão, compaixão… ou temos sido irascíveis, egoístas?

Vigiar: mantermo-nos sob controle todo o tempo. Identificadas as nossas atitudes e pensamentos desalinhados com os ensinamentos do Mestre, precisamos ficar em atitude de vigília e submetermos nossa consciência à autocrítica, buscando o bem proceder, todo o tempo, a cada pensamento, a cada ação.

Orar: fazer contato com o Plano Superior da vida. Estar receptivo, continuamente, às intuições e orientações que certamente irão nos conduzir a um bom caminho, à luz do Evangelho do Mestre. Sermos balizadores do nosso proceder e absorvermos as energias revitalizantes a nós proporcionadas pela entrega incondicional ao amor, à sabedoria e à luz.

Podemos identificar a nossa posição diante do Evangelho e da Doutrina a partir do estágio em que nos encontramos no nosso caminhar:

  1. Se já entramos no Espiritismo – estudamos a Doutrina e o Evangelho com afinco.
  2. Se deixamos o Espiritismo entrar em nós – aprendemos e internalizamos os ensinamentos do Mestre.
  3. Se o Espiritismo já está saindo de nós – vivenciamos a Doutrina e o Evangelho, tornando-nos divulgadores dos ensinamentos do Mestre através do exemplo e do trabalho.

Nossa transformação faz-se a partir do autoconhecimento, da renovação de nossas mentes e da reforma de nossos corações, a que nos convidam Jesus e o Apóstolo Paulo.

Devemos cultivar o nosso olhar, vigiar e orar para nos libertarmos dos pensamentos e atitudes prejudiciais à nossa evolução, dando lugar às várias formas de amor, visando ao amor universal e incondicional, que alcançaremos um dia.

A Doutrina nos coloca muito claramente que todos atingiremos a condição de espíritos puros, a partir do autoconhecimento, transformação do nosso íntimo, reajustamento espiritual e libertação de todas as nossas imperfeições.

A paz, o amor, a luz sejam nossos companheiros na jornada do progresso espiritual.

A luz precisa entrar em nossas vidas

Precisamos mudar o nosso olhar para o que devemos fazer no nosso dia-a-dia com relação à busca por proteção espiritual.

Pensamos que a proteção vem com a prática da busca pelo bloqueio do ambiente em que vivemos, seja no trabalho, seja no ambiente doméstico, seja em nossos próprios corpos. Como que visando não permitirmos a entrada de energias negativas, a intromissão das trevas em nossas vidas.

É um engano proceder assim.

As trevas não existem, o que existe é a ausência da luz.

O que devemos buscar não é o impedimento da intromissão das trevas e sim abrirmo-nos à entrada da luz que irá iluminar os ambientes em que vivemos fazendo com que esses lugares não mais fiquem sem a luz.

E para que estejamos em condições de nos abrirmos à luz e deixar que a luz nos envolva e penetre nos ambientes onde vivemos, precisamos mudar nossos pensamentos, comportamentos, conceitos, valores.

Só com a autotransformação e a renovação de nosso íntimo transformaremos o ambiente à nossa volta.

É a partir de então que não precisaremos mais nos preocupar com as trevas, pois a luz iluminará todos os ambientes onde estivermos, a começar pelo nosso próprio ambiente interno – nós, espíritos renovados e transformados em ambientes de luz.

A paz esteja com todos nós, agora e sempre.

Graças a Deus.

Simplesmente… Maria

Mensagem recebida em 14-jan-2015, por Elda Evelina

 

 

 

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *