Posted por em 1 ago 2019

Estudo oferecido no Centro Espírita Paulo de Tarso, em 01-08-2019

Folheto distribuído ao público (PDF) – Perigo iminente – Intuição

Áudio do estudo (mp3) – Perigo iminente – Intuição


Ao termos uma ideia, podemos dizer que a recebemos a partir de uma inspiração externa. Um amigo espiritual proporciona uma oportunidade de vermos a situação, dentro de um contexto. Inspiração que nos está sendo “soprada” na mente.

Uma outra forma de buscarmos compreender o que ocorre é de nos lembrarmos que passamos por várias vivências, inúmeras encarnações. O que aprendemos, registramos em nossa Alma a cada uma dessas oportunidades. Está “vivo” em nós. Dependendo da possibilidade de a situação em que estivermos em dado momento ser semelhante a outra que tenhamos vivenciado no passado, algo em nós, na nossa memória, poderá ser acionado. Resgatamos esse conhecimento e utilizamos, intuitivamente, para solucionar um problema, encontrar uma solução, desvencilharmo-nos de uma situação incômoda ou que nos seria prejudicial.

No entanto, não basta a nós ter esse arcabouço de conhecimento para que venhamos a vê-lo ‘startado’ em nossa mente. Faz-necessário que tenhamos capacidade para compreender o conhecimento que está sendo oportunizado para nós. Algo que venha a ter sido agregado recentemente e que nos permita decodificar a mensagem. Novas experiências que tenham ampliado nossa capacidade de entendimento e compreensão. Estudos realizados a permitirem venhamos a compreender melhor situações novas.

Certa vez assisti a um documentário – Janela da Alma (1), entrevistas com várias pessoas com perda de capacidade visual (total ou parcial) – em que se afirmava não “vermos” só com os olhos, também com os ouvidos, com o olfato, com a sensibilidade, com os sentimentos, as emoções, com o tato, com nossos condicionamentos, memórias, conceitos, conhecimentos.

À época fiz uma conexão com nossa busca pelo entendimento do contido nos Evangelhos. Compreender esses ensinamentos passa pelo olhar sob várias fontes de percepção. Quanto mais conhecimento, memórias, sentimentos, melhor e mais aguçado torna-se nosso olhar para alcançar seu significado em maior amplitude e profundidade.

Lembra-nos Emmanuel (2):

Faz-se mister, em vossos tempos, que busqueis desenvolver todas as vossas energias espirituais – forças ocultas que aguardam o vosso desejo para que desabrochem plenamente. 

O homem necessita das suas faculdades intuitivas, através de sucessivos exercícios da mente, a qual, por sua vez, deverá vibrar ao ritmo dos ideais generosos. 

Cada individualidade deve alargar o círculo das suas capacidades espirituais, porquanto, poderá, como recompensa à sua perseverança e esforço, certificar-se das sublimes verdades do mundo invisível, sem o concurso de quaisquer intermediários.

Há intuições que nos preparam para o que venha a acontecer… há outras como a nos prevenirem e podermos repensar ações e escolhas antes de agir.

Há aquelas que nos desviam do caminho e nem chegamos a compreender ou perceber o que ocorreu.

Não é raro encontrarmo-nos em situações que não compreendemos bem e temos dificuldade em prosseguir nossa jornada exatamente por não encontrarmos respostas a muitas de nossas indagações.

Difícil compreender o que nos ocorre na mente quando percebemos querer prosseguir em determinado caminho e nosso consciente, nossa razão, nos impele para direção diferente. Certa vez veio-me a seguinte frase: “Quando a vida diz não é porque ouve a voz da Alma e não a da razão.

Nesses momentos qual caminho escolher? Como direcionar nossas ações, quais objetivos abraçar?

As metas ficam meio difusas e percebemo-nos sem direção, sem condições de impelir nossas ações nesse ou naquele sentido.

Certamente esse é um momento em que precisamos parar e refletir. Qualquer atitude precipitada pode ser prejudicial à execução de nossos objetivos espirituais. Trazer desconforto e prejuízo à missão que escolhemos para esse caminhar no plano físico.

É um momento especial para nos recolhermos em prece e ouvir nossos mentores. Fazer contato com o Ser Interno que guarda a memória dos tempos vividos em várias encarnações, memória essa que contempla a nossa Sabedoria Interior.

Quando em contato com energias superiores, proporcionado pela ligação com planos espirituais durante a prece, nós somos intuídos ao melhor caminho a seguir. As experiências vividas e o auxílio dos nossos irmãos de planos superiores afluem ao nosso consciente e um portal se abre trazendo a visão do que devemos realizar.

É importante que estejamos conscientes de que o caminho a se abrir para nós pode não ser o que racionalmente venhamos a desejar, pois a nossa percepção de prioridades nem sempre corresponde àquelas que efetivamente nos proporcionarão a oportunidade de cumprir a missão que abraçamos ao nos comprometermos com a experiência física que ora vivenciamos.

Ainda referindo-nos ao que nos lembra Emmanuel (2):

“O que se lhe faz, porém, altamente necessário é o amor, o devotamento, a aspiração pura e a fé inabalável, concentrados nessa luz que o coração almeja fervorosamente; esse estado espiritual aumentará o poder vibratório da mente e o homem terá então nascido para uma vida melhor.” 

O estar consciente do amor de Deus e de Ele só desejar o que seja melhor para nossas vidas é muito importante nessas oportunidades. As prioridades de Deus para nossas vidas sempre visarão o nosso aprendizado e a nossa evolução.

(1)       Janela da Alma – Documentário realizado por João Jardim e Walter Carvalho. Entre dezenove dos entrevistados: José Saramago, Hermeto Pascoal, Oliver Sacks  e Wim Wenders

(2)       Do livro Emmanuel, psicografia de Chico Xavier, FEB

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