O Espiritual na Arte – O Filme e prévia para entrevista

Posted por em 8 maio 2018

Em fevereiro de 2018 houve um preparo para uma entrevista sobre o tema O Espiritual na Arte, para a produção do filme.

Este filme contempla entrevistas e apresentações de vários artistas e produções artísticas, visando mostrar e esclarecer sobre a interação entre o artista, a arte em suas mais variadas expressões e o público que vier a fazer contato com ela. 

Parabéns ao amigo Claiton Freitas – https://www.facebook.com/cleiton.freitas.90 -, pelo excelente trabalho. Grata pela oportunidade.

Aqui o link para o filme. Ao final as respostas que ofereci às perguntas que me foram feitas por ocasião da prévia.

Aqui algumas perguntas que me foram feitas, por escrito, como prévia para o preparo para a produção do filme.

Entrevistas

Com a NGArte Produtora Cultural

http://www.eldaevelina.com/entrevista-com-xanda-nascimento-boletim-cultural-digital-de-maio2017/

Entrevista – Depois do Jeans – Vitalidade na maturidade

http://www.eldaevelina.com/entrevista-depois-do-jeans-vitalidade-na-maturidade/

Portal Reacao – experiências pessoais 

http://www.eldaevelina.com/portal-reacao-entrevista-sobre-experiencias-pessoais/

P – 1 – O que é arte para você

R – 1 – Arte é a expressão da Alma.

Você expressa, com a Arte, do que está cheio o seu coração. É assim que eu vejo o fazer arte.

Fiz alguns textos em que comento o fazer arte:

http://www.eldaevelina.com/fazer-arte-como-pode-ser/

http://www.eldaevelina.com/exposicao-brincando-de-fazer-arte/

P 1-a – por que você faz arte?

R-a – A arte faz parte de mim desde criança. Já transitei pelo desenho a caneta, lápis, carvão, nanquim… isto ainda criança e bem jovem. Aos 12 ou 13 anos pintei o meu primeiro quadro óleo sobre tela – uma Madona 40 x 60.

A arte em seus mais variados estilos e expressões:

Aprendi piano, canto, declamação, interpretação – ainda criança. Meus pais também eram artistas. Meu pai foi violinista e tenor. Minha mãe tocava piano (não chegou a ser profissional) e escrevia poemas e contos. Minha irmã toca piano, hoje também teclado, foi organista na igreja que frequentávamos, onde meu pai também cantava e era regente.

Também quando ainda criança já comecei a usar a fotografia como expressão. Diante do meu interesse, o meu pai me deu, nos meus 6 ou 7 anos de idade, a minha primeira máquina fotográfica – Kapsa da Kodak. Tenho até hoje. Meu pai também exercitava a fotografia como Hobby.

Eu me afastei da arte (não totalmente, mas como exercício constante) durante alguns anos por circunstâncias da vida. Escrevia pequenos textos ou poemas vez por outra. Pintar foi meio deixado de lado por um tempo, não obstante ter tido muita saudade de voltar a praticar.

Ao me aposentar, decidi voltar ao exercício da arte com mais constância. O meu objetivo primeiro foi o texto, reflexões  variadas, principalmente sobre a vida, sentimentos, relação com o meio ambiente e interpessoais.

Acreditando que seria mais fácil tocar as pessoas com os textos desde que acompanhados pela arte em formas e cores, eu resolvi retomar a pintura e o desenho e, através deles, “convidar” as pessoas a lerem os textos que fazia.

Visitando os meus sites poderá observar que mais de 90% do que pinto ou desenho vêm acompanhado de um texto que, não necessariamente, tem a ver com a pintura que o acompanha. Praticamente, como disse, expressa sentimentos.

P-b – Qual a relação que você mantém com a espiritualidade ao fazer trabalho artístico?

R-b – Quando comecei a desenhar ou pintar não percebia qualquer interferência. Talvez por não ter sido foco de indagações. Eu estudava sobre a paranormalidade (assunto muito em voga na minha adolescência).

Só fui perceber a possibilidade de muito do que fazia artisticamente ter relação  estreita com a espiritualidade (uma forma de olhar o que me ocorria) mais à frente, há pouco mais de 30 anos.

Quando ainda adolescente eu tive experiências de vidência e comunicações em planos sutis. Não as percebia como inter-relacionamento com o plano espiritual, principalmente porque eu era presbiteriana e não conceberia essa possibilidade. Praticava meditação, algumas ocorrências de comunicação mental e coisas do gênero.

Quando comecei a frequentar o espiritismo, há 33 anos, é que comecei a ver minhas experiências como relacionamento estreito com o mundo espiritual. Cheguei a perceber que muitos dos pequenos textos que escrevia na minha adolescência/juventude já poderia ter um lado espiritualizado. Quando leio alguns hoje, ainda os tenho guardados (pelo menos alguns poucos), percebo estarem talvez um pouco além da mente de uma adolescente.

P-2. – Pode relatar alguma experiência que teve com a espiritualidade?

R-2 – Tive várias, não sei qual ou quais relatar.

Com relação à pintura ou desenho, por vezes eu as vejo mentalmente, por alquns momentos ou até mesmo dias, eu amadureço a ideia do trabalho, por onde começar, formas cores etc. Eu as vejo (as imagens) como obra prontas, mas sei que preciso exercitar a ideia primeiro antes de executar. Quando realizo o trabalho eu o vejo aquém daquele que via mentalmente. Tenho certeza de que com relação a esses trabalhos me foram oferecidas a oportunidade de “ver”, mas não estou pronta para executar com a precisão que seria necessária. Muitos trabalhos foram deixados de ser realizados por não me sentir em condições de executar como gostaria para alcançar o que vejo mentalmente. Estes, em especial, chego mais perto do que gostaria executando a partir de programas específicos para desenho, hoje há muitos bem sofisticados que me permitem pintar, desenhar como se estivesse com tela, pincel e tinta à mão.

Outros trabalhos já executo com facilidade e percebo uma ligação mais estreita com uma intuição a me indicar o caminho.

Importante registrar aqui que a influência mais expressiva nos meus trabalhos se faz na escrita. Esta é intensa e constante.  Tanto acontece em pequenos poemas, ou mais intensos e extensos. Em textos de reflexão e outros.

Os mais explícitos são os de preparo para palestras (participo como palestrante desde 1998 e tenho por prática, em todas elas, distribuir um folheto com as reflexões que foram resultante de meu estudo e aprendizado ao preparar os estudos. É a minha forma de estudar e um carinho para com aqueles que vão assistir a preleção.

Duas dessas experiências são as mais expressivas em minha vida:

– as comunicações e o que me foi proporcionado vivenciar quando de um acidente automobilístico que sofri em 1993. Ver o atendimento espiritual no hospital (Hospital de Base), tratamento espiritual pelo qual passei em outubro/1993, através do médium Paulo Neto. Por orientação espiritual durante esse tratamento, acabei escrevendo um livro com essa experiência – Renascendo do Amor;

– em 1998 tive uma orientação espiritual (transmitida para mim em casa, eu estando acordada) para escrever um livro contando sobre os ensinamentos de Jesus e suas curas. Cheguei a montar um croqui do livro (mantenho até hoje no computador). Depois de ter percebido a grandiosidade da tarefa não me achei capaz de realizar e guardei simplesmente.

Naquela época fui convidada a fazer a minha primeira palestra, pequena e simples, mas já com o propósito de fazer um pequeno folheto para distribuir.

Assim fui fazendo e os convites iam acontecendo. Um dia uma amiga do GFEIE me disse que colecionava todos os folhetos e os mantinha em uma pasta bem organizados.

Ocorreu-me então a ideia de fazer desses folhetos livro, seria uma forma de disponibilizar mais amplamente os estudos que fazia.

Quando da produção do terceiro livro eu me dei conta de estar fazendo o que a espiritualidade havia me solicitado em 1998. Fiquei profundamente emocionada com essa constatação.

P-3. – Você acredita que na maior parte das vezes é um autor singular ou que é parte de uma equipe maior?

R-3 –  Não saberia informar de forma categórica. Também creio que não seja importante saber desse detalhe. Imaginemos que eu afirme uma coisa ou outra e não seja assim?! Eu não estaria dizendo a verdade e esta é sempre importante quando tratamos de sermos sinceros e dignos no que afirmamos.

P-4. – A arte é pura influência ou o artista tem o seu potencial criador?

R-4 – A arte, como qualquer outra atividade, sempre dependerá do potencial de quem está realizando a tarefa.

Se o faz de forma explícita como trabalho mediúnico, arriscaria dizer que dependerá mais da entidade que está sugerindo ou intuindo a arte, não obstante o médium devesse se exercitar, estudar, para ser um instrumento mais eficaz em sua tarefa.

Se o faz de forma consciente, pelo desejo de criar e realizar um trabalho profissionalmente como artista, poderá ser muito mais do artista do que de uma entidade que eventualmente o acompanha e auxilia. Um mentor ou um Anjo da Guarda.

No meu caso especificamente, minha mediunidade é consciente e eu tenho controle sobre o que faço. Eu visualizo o que estou recebendo como sugestão, seja arte ou texto, e sei que posso acatar ou descartar, dependente de mim. Quanto à psicofonia, também tenho consciência do que está sendo dito a mim e quase em sincronicidade eu expresso o que está oferecido, no entanto, ao estar fazendo uma palestra é praticamente instantâneo esse processo.

O que considero fato é não estamos trabalhando sozinhos em atividades artísticas de qualquer ordem. Poderemos estar sempre sendo sugeridos por alguém, sendo de planos sutis ou de mestres cujos trabalhos fizeram parte de estudos acadêmicos ou por interesse pessoal particular.

Ressaltando sempre que necessário se faz que procuremos estudar e nos aplicar no desenvolvimento de técnicas, conhecimento do assunto a ser desenvolvido, buscar a eficiência e dedicação para fazermos da melhor forma possível o nosso trabalho. Sem esse cuidado o resultado será tão somente um trabalho a mais e não uma obra a ser apreciada e de proveito para cumprimento de uma meta proveitosa e útil.

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