Posted por em 30 dez 2020

Estudo oferecido, por vídeo, ao GEAEF, em 30-12-2020

Folheto (PDF) com reflexões sobre o tema – O Dever

Vídeo do Estudo – youtu.be/ggcIR1bIqiQ

Começando a refletir sobre o Dever

Como devemos entender o significado desta palavra?

No sentido a que se refere, para o entendimento do conceito que importa neste Estudo, encontramos: incumbência, responsabilidade, compromisso. Também: obediência, fidelidade, lealdade.

O Dever tem seus fundamentos na Moral.

Tomando os conceitos à luz do Evangelho e, por conseguinte, da Doutrina Espírita, cumprir o Dever é buscar consolidar o amor em nossas vidas.

Procurar direcionar nossa caminhada ao cumprimento das Leis que o Pai deixou guardadas em nós, na Consciência. 

É sentir-se pleno na manifestação da paciência, tolerância, indulgência, bondade, respeito, fé, esperança, caridade, humildade, obediência, resignação. Enfim, das virtudes. 

Todas as manifestações das virtudes em nós são expressões dos deveres que nos cabem na jornada do Espírito que somos.

Expressar a luz que existe em nós e que muitas vezes deixamos esquecida. 

O Evangelho Segundo o Espiritismo, no Cap. XIII, item 9 – Caridade Moral –, afirma:

 – “A caridade é a virtude fundamental sobre que há de repousar todo o edifício das virtudes terrenas. Sem ela não existem as outras. Sem a caridade não há esperar melhor sorte, não há interesse moral que nos guie; sem a caridade não há fé, pois, a fé não é mais do que pura luminosidade que torna brilhante uma alma caridosa.

Todas as manifestações das virtudes em nós são expressões dos deveres que nos cabem na jornada do Espírito que somos.

Estarmos conectados a essas virtudes é expressar a luz que Jesus afirmou existir em nós e que, muitas vezes, deixamos esquecida: “Vós sois a luz do mundo (…) (Mt 5:14)

O Evangelho convoca-nos a que busquemos a significação ao cumprimento de nossos deveres morais.  Estes são compromissos que fazem parte do nosso processo evolutivo. 

Nosso caminhar espiritual tem como estrutura fundamental nossos passos, atrelados a princípios insofismáveis, desde a origem do Universo.

Não há caminhar sem metas. Os objetivos a serem alcançados precisam ser trabalhados. Tarefas devem serem cumpridas. Para que atinjamos resultados esperados, faz-se necessário estejamos dispostos a realizações.

O processo reencarnatório requer que abracemos metas para ajustes, resgates, reconstrução de princípios. O nosso ir e vir entre os planos – espiritual e material – contempla análise, planejamento, elaboração de projetos e assunção de compromissos. Estes, são os deveres que assumimos objetivando a construção de um novo Ser – Espírito renovado.

O dever é a obrigação moral da criatura para consigo mesma, primeiro, e, em seguida, para com os outros. O dever é a lei da vida.” (1)

A obrigação moral para com os outros é a parte a que podemos chamar compromissos visando a reconstrução das nossas relações interpessoais. (2)

Conhecendo os fundamentos que dão significado ao Dever, cabe a nós escolher o caminho a seguir, em direção à evolução espiritual. Em nossas escolhas, por caminhos a trilhar, somos ainda levados pela fragilidade de nossos interesses. Atração por facilidades que se apresentam a nós, decorrentes de tendências ainda não trabalhadas pelo nosso intelecto. Não teríamos alcançado, ainda, condição moral desejável para o Espírito que somos.

No íntimo do Ser, sentimo-nos, por vezes, advertidos ao fazer escolhas. A consciência, guardiã interior a buscar alertar-nos para o Dever a se cumprir, no caminhar pela elevação espiritual. No entanto, nossos anseios menos nobres vencem a batalha diante de vontade ainda frágil.

Dever é a linha divisória entre nossos frágeis impulsos emocionais e o amor que devotamos a Deus.

O cumprimento do Dever requer a conscientização de virmos conferir à Alma o vigor imprescindível à sua evolução.

Teremos plena confiança no dever cumprido e a satisfação de havermos participado do importante processo na transformação das condições da Humanidade, ainda que em nível pontual. Pois teremos deixado o nosso exemplo e sensibilizado outros a buscarem o caminho pelo qual trilhamos.

Busquemos o aprendizado do Evangelho do Cristo, o praticar seus ensinamentos e tentar promover a autotransformação que, pelo nosso exemplo no trabalho edificante, far-se-á agente transformador do meio em que vivemos.

  • Evangelho Segundo o Espiritismo, Cap. XVII, item 7.
  • O Céu e o Inferno, Cap. VII As penas futuras segundo o Espiritismo, Codigo Penas da Vida futura, itens 16° e 17°

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