Estávamos, meu marido e eu, passeando por um local onde havia muitas plantas, dos mais variados tipos.
Árvores frondosas, nativas do local – região do cerrado; pequenos arbustos, folhagem exuberante, tipo Costela de Adão, creio que devam conhecer, se não, vale a pena. Havia também bromélias e cactos.
Encontrei até Papiro – angios.
Pude observar várias flores como Caroba do campo, Tibouchina gracilis, Lantana, orelha-de-onça-do-cerrado, Flor do Pequi. Até mesmo Rosa do deserto, ou Flor do deserto.
Bem, creio que já dei uma ideia do que ali vi, com relação a plantas, é claro.
Vocês devem estar se perguntando… o que tudo isso tem a ver com lagartas e borboletas, que não seja só ser um lugar onde se pode encontrar tanto uma como outra?
Vou tentar explicar.
Como disse, estávamos passeando e admirando essa profusão de plantas, caminhando por uma passarela entre os jardins formados, de certo, por um paisagista cuidadoso.
Em dado momento encontramos uma lagarta à nossa frente.
Ocorreu-nos a possibilidade de alguém, distraído ou dando pouca importância ao fato de esse espécime estar ali, pisar levando a óbito aquele pequeno ser peludo e rastejante, para alguns até mesmo repugnante.
Por aquela passarela transitavam muitas pessoas, adultos e crianças. Estávamos em um complexo hoteleiro com vários prédios.
Cuidadosamente, com uma folha seca do jardim, colhemos aquele pequeno ser e colocamos entre as folhagens.
Mais à frente outras lagartas, que tiverem o mesmo destino, o campo de flores e folhas.
Ocorreu-nos então uma reflexão muito profunda: há pessoas que admiram e se encantam com as borboletas por sua beleza, leveza e profusão de cores, no entanto, matam as lagartas.