Posted por em 23 dez 2019

Estudo oferecido no GFEIE Grupo da Fraternidade Espirita Irmão Estêvão, em 23-12-2019
Folheto distribuído ao público (PDF) – Honrai pai e mãe

Áudio do Estudo oferecido (mp3) – Honrai Pai e Mãe

Honrar pai e mãe: Honrai a vosso pai e a vossa mãe, para que se prolonguem os teus dias na terra que o Senhor teu Deus te dá.”.” (Ex. 20:12)

Definição do termo Honra: “é um princípio de comportamento do ser humano que age baseado em valores bondosos, como a honestidade, dignidade, valentia e outras características que são consideradas socialmente virtuosas.”

Encontramos no Evangelho Segundo o Espiritismo XIV, item 3:

– “Honrar a seu pai e a sua mãe, não consiste apenas em respeitá-los; é também assisti-los na necessidade; é proporcionar-lhes repouso na velhice; é cercá-los de cuidados como eles fizeram conosco, na infância. Sobretudo para com os pais sem recursos é que se demonstra a verdadeira piedade filial.”

Por vezes vemos filhos que não demonstram afeto nem respeito pelos pais, alegando que estes não tiveram afeto e respeito que deveriam ter tido para com eles, os filhos.

Ainda que assim tenha acontecido, devemos ter em mente que os pais, de alguma forma, se dispuseram a acolhê-los como filhos e, tão só por isso, já mereceriam a gratidão e respeito.

Se esses pais não conseguiram cumprir sua tarefa da forma esperada, merecem dos filhos sentimento de compreensão e compaixão. Não têm conhecimento de qual tenha sido o comprometimento dos pais para com eles ao acolherem a missão que lhes fora proposta ou mesmo se teriam sido escolhidas por eles, ainda no Plano Espiritual. Qual o planejamento reencarnatório envolvido nessas relações?

Buscando no Evangelho um amparo para nossas reflexões, tomemos o perdão às ofensas nosso apoio. Em se tratando de um grupo familiar, mais consistente ainda deverá ser nosso comportamento fraternal, como companheiros de jornada acrescido da condição de filhos. O perdão é um ato de amor e Jesus nos conclama ao Amor em todos os ensinamentos que nos deixou. Amor é a pedra fundamental para as relações entre os Espíritos, seja no mundo da matéria, seja no mundo espiritual.

Ao estudarmos o Evangelho temos sempre como temas:

– Amor ao próximo como a nós mesmos, mais ainda, Jesus disse aos discípulos por ocasião da última Ceia (Páscoa): “Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como eu vos amei.”A partir daquele momento Ele nos conclamava a um amor ainda maior;

É um chamamento ainda mais profundo do que o contido nos mandamentos inicialmente oferecidos pelo Mestre.

Amar o próximo como Jesus nos ama é algo certamente ainda muito distante das nossas condições, como nos definiu Emmanuel em seu estudo “Meninos Espirituais”. Encontramos neste texto especial reflexão sobre as relações que nos são oferecidas nas experiências na matéria, em nossa jornada terrena:

Os discípulos de boa vontade necessitam da sincera atitude de observação e tolerância. É natural que se regozijem com o alimento rico e substancioso com que lhes é dado nutrir a alma; no entanto, não desprezem outros irmãos, cujo organismo espiritual ainda não tolera senão o leite simples dos primeiros conhecimentos.

Em II Pedro encontramos:

– “…acrescentai à vossa fé a virtude, e à virtude a ciência, e à ciência a temperança, e à temperança a paciência, e à paciência, a piedade, e à piedade o amor fraternal, e ao amor fraternal, a caridade.
(II Pe 1:5 a 7);

Ainda a respeito do Amor e da Caridade, nas primeiras cartas do Apóstolo Paulo aos Coríntios 13:1 a 3:

“Ainda que eu falasse as línguas dos anjos, e não tivesse amor, seria como o metal que soa ou como o sino que tine.

E ainda que tivesse o dom da profecia, e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência, e ainda que tivesse toda a fé, de maneira tal que transportasse os montes, e não tivesse amor, nada seria.

E ainda que distribuísse toda a minha fortuna para sustento aos pobres, e ainda que entregasse o meu corpo para ser queimado, e não tivesse amor, nada disso me aproveitaria.”

As palavras do Apóstolo dos Gentios, como era referido Paulo, são intensas quanto ao sentimento do Amor e da Caridade (5). Alerta-nos para a importância desses sentimentos nas nossas vidas, nos relacionamentos interpessoais de todos nós, Espíritos em jornada de aprendizado e evolução.

De nada nos valeria cumprir os chamamentos do Mestre se não o fizermos com sentimentos verdadeiros, nascidos em nossos corações. Não uma simples obediência a mandamentos mas, sim, uma manifestação real de emoções advindas de um Espírito transformado pela presença de Deus. Um Espírito que verdadeiramente acolheu o significado do nascimento do Cristo em sua vida.

  • significados.com.br
  • Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, e de todo o teu entendimento!

Esse é o maior e o primeiro mandamento.

O segundo é semelhante a esse: `Amarás ao teu próximo como a ti mesmo’.

Toda a Lei e os profetas dependem desses dois mandamentos.

  • “Um novo mandamento vos dou: Que vos ameis uns aos outros; como eu vos amei a vós, que também vós uns aos outros vos ameis.” Jo 13:34
  • Caminho, Verdade e Vida, Cap. 51, Meninos Espirituais, Emmanuel, Chico Xavier

 

Aproveitando este momento em que buscamos promover nosso encontro com Jesus, nas comemorações do Natal, proponho refletirmos a respeito de como percebemos este evento em nossas vidas.

Natal de alegria

O que vem a ser Natal de Alegria?

Qual a referência que temos por esta ocasião, qual o evento que nos leva a comemorar esta data?

Nascimento de uma criança, prometida séculos antes de nascer.

Até mesmo Reis e Magos foram visitar o seu berço… uma manjedoura em uma humilde estrebaria de uma estalagem. Cercado de pequenos animais.

Uma linda estrela marcara este lugar… alguns chegam a afirmar a presença de uma Plêiade de Seres de Luz a envolver o pequeno bebê, como também todos os que ali estavam.

É esta a lembrança que temos em nossas mentes ao se aproximar o mês de dezembro… dia a dia contando o tempo com grandes expectativas?

Sentir as energias que advêm do Amor e da imensidão de luz com que podemos ser envolvidos pela memória dos tempos!

Sentirmo-nos como se lá estivéssemos.

Fechar os olhos e acompanharmos o caminhar do casal Maria e José. A história nos conta… em um pequeno burrico em direção a Belém.

Há controvérsias quanto às informações, mas o que importa? Se em Belém… se sobre um burrico ali se deslocavam… se quando convencionamos iniciar-se a contagem do tempo da Era Cristã. Se antes ou mais à frente…

O centro de nossas atenções – um Ser muito especial que se prontificou a acolher do Criador a missão de vir a este Planeta, nossa Gaia, ou Terra. Como queiram estes ou aqueles que se importam com nomes, lugares e épocas!

“E crescia Jesus em sabedoria, em estatura e em graça diante de Deus e dos homens.”   (Lc 2:52).

Se este Ser já está entre nós muito antes de todos os tempos deste orbe… a vinda entre nós como um Mestre ainda menino é tão somente mais uma das muitas interações com nossa frágil existência.

Esta interatividade se deve há bilhões de anos, como nos relata o Evangelista João:

”No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus.

Ele estava no princípio com Deus.

Todas as coisas foram feitas por ele, e sem ele nada do que foi feito se fez.

Nele estava a vida, e a vida era a luz dos homens.

E a luz resplandece nas trevas, e as trevas não a compreenderam.” (Jo 1:1-5)

Bom seria mudarmos nossa perspectiva sobre o Natal – festas e presentes, mesa farta e comunhão restrita a pessoas de nossas relações mais estreitas.

Visualizar um mundo de transformações que serão reais… novas energias com o poder da transmutação. A alquimia que tornará nossas Almas instrumentos de Paz, de Luz, de Fraternidade, Esperança e Fé.

Acreditar em Jesus, o Cristo, é sentirmo-nos capazes de ser instrumentos de valorização da Vida, de promover a própria evolução e participar do valioso processo desse pequeno Ponto Azul na imensidão do Universo.

Sermos passageiros com atribuições especiais. Pensarmos na Terra como uma nave interestelar a nos levar por uma viagem incrível pelo Universo, tendo como meta o Eterno.

Demonstrar alegria pelo verdadeiro presente – Jesus. Expressarmos a nossa gratidão e estarmos dispostos a promover uma revisão das prioridades em nossas vidas. Buscarmos a comemoração do Natal com Jesus em nossos corações.

Nascimento de Jesus em nós

Costumamos pensar no nascimento de Jesus como algo que só ocorreu há aproximadamente dois mil anos.

No entanto, seu nascimento representa o momento em que o Mestre, o Ser Crístico de há muito entre nós, veio ao Planeta para cumprir uma missão oferecida pelo Pai.

Devemos ter consciência de o nascimento deste Ser entre nós exceder os quatro e meio bilhões de anos, tempo aproximado que a ciência calcula ter o planeta Terra desde sua formação.

O Ser Crístico, que tomou o nome de Jesus entre nós, o Mestre de todos os tempos, tem nascido a cada momento em que um de nós deixa que Ele faça parte de forma plena em sua vida.

Precisamos refletir a respeito e tentar verificar se já deixamos que Ele nasça em nossos corações. Quem sabe até mesmo buscar identificar o momento em que Ele passou a realmente fazer parte de nossas vidas e valorizar como marco nesse caminho espiritual.

Simbolicamente recebamos mais uma vez o verdadeiro presente, Jesus, neste Natal e demonstremos a nossa gratidão promovendo a nossa transformação espiritual.

Lembremo-nos sempre: Jesus é o presente de Natal mais perfeito e verdadeiro que nós poderíamos imaginar receber em nossas vidas.

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