Posted por em 13 ago 2018

Estudo oferecido no Grupo da Fraternidade Espírita Irmão Estêvão em 13-08-2018

Áudio do estudo (mp3) – Bons Espíritas – Parábola do Semeador

Folheto distribuído por ocasião do estudo (PDF) – Bons Espíritas – Parábola do Semeador

Como reconhecermo-nos semeadores do Bem?

Está na lide diária, em toda e qualquer circunstância.

Tanto para o semear os ensinamentos do Mestre, quanto para o simples semear de uma semente no solo, precisamos acreditar na semente a ser semeada. Não acreditando que esta poderá brotar e produzir frutos, resistimos em dispender energias para esse trabalho.

Também há o semear que está no como nos comportamos nos relacionarmos com as pessoas, com o mundo à nossa volta.

Se as nossas relações interpessoais estão baseadas na discórdia, no rancor, nas dissidências em suas mais variadas expressões, é esta a semente que estamos semeando em nossas vidas, e os frutos que irá produzir será de mesma espécie. Lembremo-nos das palavras do Mestre quando nos aleta:

Assim, toda a árvore boa produz bons frutos, e toda a árvore má produz  frutos maus.

Não pode a árvore boa dar maus frutos; nem a árvore má dar frutos bons..”  (Mt 7:17-18)

Chega um momento em que precisamos decidir quanto a acordarmos para a necessidade do encontro com a nossa essência de amor e luz.

Há também a necessidade de buscarmos um novo olhar com relação às nossas relações com o plano espiritual.

Qual a maneira como vemos nosso caminhar como espíritos.?

Muitas vezes nós nos preocupamos com as companhias espirituais, temos estes como adversários a nos prejudicarem. Olhamo-nos como vítimas a sofrerem assédio espiritual.

A verdade é que esses companheiros trilharam conosco em outras vivências e nossas relações nem sempre foram afáveis e respeitosas. É este olhar que devemos buscar para essas relações espirituais difíceis que muitas vezes experimentamos.

A melhor maneira para termos um convívio saudável com esses companheiros é ir ao encontro da autotransformação, a nossa reforma interior a partir do aprendizado e exercício dos ensinamentos do Mestre.

 

No caso de estarmos empenhados em aprender e buscar o nosso caminhar com Jesus, esses companheiros também terão a oportunidade de seguir em jornada de aprendizes conosco.

A nossa transformação moral, espiritual, será para eles a constatação de que nós seguimos um caminhar diverso daquele de que se lembram e que provocou o sentimento de inimizade, de rancor.

Eles passarão a nos observar de forma diferente e, provavelmente, mudarão também o seu caminhar a partir do aprendizado que vierem a conquistar em nosso convívio.

Não mais seremos adversários, teremos sido transformados em amigos.

Ao invés de quererem nos prejudicar, procurarão ser nossos companheiros nessa jornada evolutiva.

É um semear e ser semeado constante. Este intercâmbio profícuo de energias e atitudes nobilitantes é que verdadeiramente proporcionará transformações profundas em nossas vidas.


Semeadores e semeados

Lembrando a Parábola do Semeador…

Todos somos semeadores de sementes dos mais variados tipos.

Podemos estar semeando alegria, fé, coragem, compreensão, tolerância, perdão; ou semeando sementes outras: dores, tristeza, incompreensão, raiva, rancor, medo.

Também somos semeados todo tempo.

Quanto a sermos semeadores, precisamos estar atentos. Qual tipo de semente temos semeado pelos caminhos pelos quais transitamos durante nossas vidas – flores ou ervas daninhas; frutos agradáveis ao paladar ou de sabores amargos?

Quanto a estarmos sendo semeados, qual o tipo de terreno que estamos oferecendo às sementes que nos são oferecidas pelos caminhos?

Façamos uma reflexão profunda a respeito e façamos nossas escolhas.

Em o livro Reflexões da Alma III, Bookess Editora


Aprender, transformar-se e amar (1)

Onde está, companheiro?

Estivemos juntos em passado remoto,

Vivenciamos experiências

Por vezes difíceis.

Incompreensão,

Desamor,

Injustiças,

Paixões desmedidas.

Não sei qual a nossa ligação!

Por certo estamos ligados,

Conectados por sentimentos,

Emoções nem sempre nobres,

Por vezes até inconfessáveis!

É até constrangedor reconhecer

E confessar a mim mesma.

Quero dizer a você, companheiro,

Que tenho tentado me conhecer,

Buscar no recôndito da minh’Alma,

Meus erros, meus deslizes,

Dos mais variados matizes.

Preciso encontrá-los,

Reconhecê-los,

Mais do que simplesmente isso,

Preciso resgatá-los!

Para tanto, meu primeiro passo

Está no me transformar, de certo.

Sei que me acompanha,

Olha para mim com os olhos do seu espírito,

Talvez com rancor, com mágoa,

Ódio até, talvez.

Nem sei o que lhe fiz,

Mas algo existe no seu Ser,

Marcado pela minha insensatez.

Volto a dizer, meu amigo,

Que busco me encontrar.

E no me encontrar,

O me transformar.

Quem sabe você,

Ao ver o meu novo ser,

Poderá perceber meu novo caminhar,

E nesse novo caminhar

Encontrar a minha busca

De aprender a amar?

Quem sabe, meu amigo,

Companheiro de vidas idas,

Venha até mesmo conseguir

Se descobrir como alguém

Capaz de também se encontrar

Ao me ver em novo proceder?

E podermos juntos, então,

Olhar um para o outro,

Abrindo novos sentimentos,

Emoções tocando o nosso novo Ser

Emoções de arrepender,

Do aprender e do se encontrar.

E nos abraçarmos,

Ainda que seja em sonhos

Ou em percepções sutis.

Um dia, quem sabe?

Poderemos nos encontrar em corpo,

E nos reconhecermos,

Não como desafetos

Mas como grandes amigos

Que aprenderam a se amar.

Do livro Aprender com o Mestre – Sobre o Amor, Elda Evelina, Bookess Editora

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *