Posted por em 10 jul 2017

24-Natal-NGArte-2016-Estilos florais

Estava eu passando alguns dias em uma estância termal.
Movimento intenso no hotel, pessoas passando aqui e ali sem mesmo olharem ao seu redor. Pareciam estar querendo dar conta tão-somente de si mesmas.
Ao final de uma tarde fria, com um céu colorido por um artista muito especial, resolvi ficar olhando as plantas, o céu, admirando aquele cenário que normalmente nos remete a refletir sobre a vida e nosso papel nesse contexto.
Um dos temas que me ocorrera certo momento resultou de observar como algumas pessoas não percebem a importância de termos consciência de nossa relação com o que ocorre à nossa volta, com a natureza e a conservação de bens preciosos para o vivermos bem – água, plantas, animais, pessoas, família.
Como somos displicentes com o que descartamos como lixo e onde depositamos o que nos parece não mais ter valor ou importância.
Papéis jogados ao acaso, em qualquer lugar. Lixo acumulado de forma desordeira, sem identificação de sua natureza. Não obstante parecer estar tudo isso com destinação apropriada – recolhidos por um serviçal e levados de forma aparentemente ordeira, acondicionados em um carrinho.
Chamou-me a atenção a voz de uma jovem senhora dizendo ao seu filho que ele se apressasse no que estava fazendo. Ele queria colocar algo no lixo e não se decidia qual seria o local acertado para isso.
Com a insistência da mãe de resolver logo a questão ele virou-se para ela e disse: quero saber onde se coloca o lixo reciclável. Não posso jogar em qualquer lugar!
Para mim foi o despertar do devaneio em que me encontrava… aquela criança tinha a consciência de algo muito importante!
Pensei então… nem tudo estava perdido. Pode ser que para a grande maioria sim. No entanto, há quem perceba valores que imaginei estarem perdidos. Uma criança estava proporcionando a oportunidade para uma reflexão, e para sua própria mãe!

Concluí, diante disso: ainda há esperança para o mundo em que vivemos.

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