Posted por em 22 jan 2017

Aprender com o Mestre - Ilustração msg site

Estudo oferecido no CEAL Centro Espírita André Luís, Guará I, em 22-01-2017

Áudio do estudo (mp3) – Alegria e esperança – CEAL

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Encontramos na questão 941 de o Livro dos Espíritos:

“Ao justo, nenhum temor inspira a morte, porque, com a fé, tem ele a certeza do futuro. A esperança fá-lo contar com uma vida melhor; e a caridade, a cuja lei obedece, lhe dá a segurança de que, no mundo para onde terá de ir, nenhum ser encontrará cujo olhar lhe seja de temer.”

Em o Evangelho Segundo o Espiritismo encontramos:

“A esperança e a caridade são corolários da fé e formam com esta uma trindade inseparável. Não é a fé que faculta a esperança na realização das promessas do Senhor? Se não tiverdes fé, que esperareis? Não é a fé que dá o amor? Se não tendes fé, qual será o vosso reconhecimento e, portanto, o vosso amor?” (ESE Cap. XIX, item 11)

Joanna de Ângelis, em o livro Estudos Espíritas, diz:

“Esperança – Importante para o exercício da caridade, pois remete à certeza dos resultados a serem alcançados através do trabalho, não obstante eventuais adversidades encontradas durante a jornada.”

É muito comum vermos pessoas que escolhem determinado caminho, seja para trabalho profissional ou simplesmente para entretenimento, e depois abandonam suas metas por não resistirem aos primeiros obstáculos.

As dificuldades lhes parecem verdadeiras barreiras intransponíveis. Causam cansaço, insegurança quanto ao cumprimento dos propósitos, ansiedade, angústia. Não conseguem concluir estudos, manter-se no emprego ou em determinadas tarefas. São inconstantes em várias áreas de sua caminhada.

Resultam em pessoas insatisfeitas, confusas, deprimidas, sem objetivos claros.

É sempre bom refletirmos sobre esse assunto, considerando que precisamos, a todo momento, tomar decisões, cumprir metas e alcançar algum êxito.

Diz-nos Joana de Ângelis, em seu livro “O Homem Integral”, que nossas experiências anteriores proporcionam um arquivo com informações sobre raça, cultura, tradições que influem no comportamento.

Paralelamente, a vida que experienciamos – hábitos, emoções e características físicas – interfere sobremaneira nessas informações. Essa convivência de valores passados e novos conceitos e experiências geralmente resultam em conflitos, ansiedades e realizações.

Textualmente a reflexão por ela oferecida:

“O inconsciente, como efeito, está sempre a ditar-lhe o que fazer e o que não realizar, inclinando-o numa ou noutra direção. Todavia, o mecanismo essencial da Vida impulsiona-o para o progresso, para a evolução, mediante os programas de autoburilamento, de orientação, de trabalho …

O resultado natural deste processo é uma mente confusa, buscando claridade; são problemas psicológicos, aguardando solução.” (capítulo “Manutenção de propósitos)

Esse conflito traz-nos a inconstância na manutenção de nossos propósitos. Sentimos a necessidade de buscar um caminho, aprender, crescer intelectual e espiritualmente, mas algo nos impede de seguir em frente. Uma das principais razões apresentadas por essas pessoas é o esforço despendido para prosseguir e afirmam não ter forças para vencer esse obstáculo. No entanto, não percebem que essa energia que precisam consumir decorre mais da resistência à compreensão do que ocorre do que propriamente da tarefa a ser cumprida.

Por vezes, até reconhecemos esse fato e buscamos entender o que nos ocorre, mas as soluções mais fáceis são normalmente as escolhidas, por exigirem menor esforço, pelo menos é o que muitas vezes pensamos. No entanto, o caminho mais curto resulta em uma solução de curto prazo. Não demora muito nós nos encontramos novamente frente a frente com o conflito a ser resolvido.

Para se cumprir um propósito de Vida, faz-se necessária a compreensão plena do problema que impede a sua consecução. É imperativo que busquemos o nosso autoconhecimento. Encontrar as causas de nossos conflitos e ansiedades e, a partir de então, vencer um a um os obstáculos que nos impedem de prosseguir, de forma saudável, a nossa jornada evolutiva.

Afirmam algumas pessoas que o exercício do autoconhecimento exige muito esforço. No entanto, não percebem que elas se exaurem muito mais na resistência a esse exercício. O entregar-se à compreensão de si mesmo é muito mais sensato e brando. Como ainda diz Joana de Ângelis: “A manutenção dos propósitos de renovação e auto-aprimoramento é resultado de uma aceitação normal e de todo momento …”

Esse aprendizado sobre si mesmo é imprescindível para que consigamos cumprir nossas metas de forma plena. Empenhando-nos na compreensão de nossos obstáculos interiores, nós conseguiremos remover os obstáculos exteriores que nos impedem de alcançar êxito na nossa jornada, seja intelectual, emocional, profissional ou espiritual.

Diz-nos ainda Joana de Ângelis:

“O amadurecimento psicológico, a visão correta e otimista da existência, são essenciais para adquirir-se a felicidade possível.

Idealizar a felicidade sem apego e insistir em consegui-la; trabalhar as aspirações íntimas, harmonizando-se com os limites do equilíbrio; digerir as ocorrências desagradáveis como parte do processo; manter-se vigilante, sem tenções nem receios… e dar-se-á o amadurecimento psicológico, liberativo dos carmas (1) de insucesso, abrindo espaço para o auto-encontro, a paz plenificadora.”

As experiências que consideramos difíceis e que muitas vezes fazem-nos sentir revolta, angústias, desassossego, são, na verdade, oportunidades que nos proporcionam o tão almejado crescimento, nossa evolução espiritual.

As dores, sejam do corpo, sejam da Alma, são oportunidades maravilhosas de exercitarmos o aprendizado que conquistamos ao longo de várias vidas na carne ou em planos mais sutis, bem como de aprendermos mais e evoluirmos intelectual e moralmente.

Por estranho que nos possa parecer, a forma como recebemos e administramos as dores é o nosso balizamento no verificar o quanto a nossa confiança no Pai está presente em nós.

Sabemos o quanto Ele nos ama e só quer a nossa felicidade, o nosso bem. É o Pai amoroso que aproveita todas as oportunidades para nos orientar, mostrar os caminhos mais favoráveis ao atingimento dos nossos objetivos.

Caso resistamos às orientações do Criador, proporcionados através do Mestre Jesus, e ao aprendizado que a vida nos oferece na forma de experiências vivenciais, tornaremos mais difícil a nossa jornada.

O acolher de maneira mais branda, consciente das razões que nos levam a determinadas condições de vida e das implicações de nossas escolhas, torna menos sofrida a jornada terrena, nossas dores serão amenizadas pela certeza de que melhores dias estão à nossa frente, com muita luz e amor. E a certeza de que nosso caminhar evolutivo está em franco processo ascendente. À medida que evoluímos moralmente, mais e mais nos permitimos sentir a presença do Criador em nós, fazendo-nos mais próximos a Ele.

Confiemos e deixemos que a paz faça morada em nós para que possamos ser veículos, mediadores dessa paz para o mundo em que vivemos, no exercício do Evangelho.

Interessante refletirmos sobre o que Deus espera de nós, espíritos, ao termos sido criados por Ele. Deus criou-nos para que sejamos felizes.

O que nos levaria a sermos felizes?

Jesus, em o Evangelho de Lucas 17:21, afirma: “O Reino de Deus está dentro de vós. ”

A felicidade que buscamos está em reconhecer que este Reino faz parte do nosso Ser e ela está na expressão das virtudes em nós.

Também sabemos que as Leis Divinas estão inscritas em nossa Consciência.

A felicidade a que estamos destinados, a partir do momento da nossa criação, como espíritos, está diretamente ligada ao desenvolvimento, à iluminação de nossas virtudes. Isso ocorre na medida em que respeitamos as Leis Divinas que Deus, sabiamente, inscreveu em nossas consciências.

Quando descumprimos alguma dessas Leis, impedimos a nós mesmos de sermos felizes. Desviamo-nos do caminho, da nossa senda redentora.

Precisamos acreditar que o Criador, nosso Pai, nos ama intensamente. Como todo bom pai, deseja que sejamos felizes e nos propicia condições para que consigamos encontrar a felicidade.

O que acontece é de nós mesmos não sabermos aproveitar as oportunidades que nos são oferecidas e não acreditarmos em nós mesmos como deveríamos.

Precisamos acreditar que fomos criados para sermos felizes da maneira mesmo como somos, como nos é possível ser.

Mais do que isso, sendo seres sociais, precisamos ser felizes com aqueles com quem convivemos. A nossa felicidade depende da felicidade daqueles com quem partilhamos nossa jornada de aprendizado e evolução.

Nossa felicidade está relacionada ao amor que oferecemos e recebemos.

  • (1) Carma,ou Karma – efeito que nossas ações geram em nosso futuro. Lei de causa e efeito.
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Sugestão de leitura – texto “Santo desiludido”, em o livro Jesus no Lar, Emmanuel, por Chico Chavier

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Intensidade no Sentir, pensar e sonhar

Elda Evelina Vieira

Há um novo cantar de sons

Pelo mundo em que vivo.

Sinto as dores de muitos.

Ouço o cantar de corações.

São tantas as imagens

Que me cercam, que me envolvem.

Esqueço-me de outras

Que ficaram para trás.

As novas são novas e lindas

Por expressarem novos sentimentos.

As que já se foram são antigas,

Por isso ficaram para trás.

Não por não merecerem meu canto,

Mas por não expressarem mais

Meus sentimentos, sonhos ou amor.

Vejo o mundo mudar,

Explodir em inusitadas imagens,

Cores, luzes, sons, sonhos,

São nossos desejos que hoje outros,

Diferentes de antes, mesmo de ontem.

Pois queremos mais sentido.

Sentido no que somos,

No como sonhamos,

No que temos ou percebemos.

Valores que se vão e outros que vêm.

Conceitos antigos tornam-se idos,

Pois muitos são preconceitos.

Busco conceitos novos,

Valores de verdade

Que não se expressam pelo que valem.

Expressam-se pelo que são.

Assim sente o meu coração,

Minha mente também.

Pois não sou mais só

Sentir emocionalmente.

Sou razão, sou intelecto.

Com sentimento, com afeição.

Pois quero mudar o meu mundo.

Seja interior,

Seja onde vivemos todos nós.

Liberdade de pensar, de agir,

Com sensatez, com equilíbrio

De quem fez-se luz,

Fez-me bem, fez-se paz.

Paz de todos nós.

Aprendermos o que vale,

Aquilo que muda e não o que mantém.

Pois manter sem pensar,

Só no deixar-se ir,

Não promove a dinâmica

De vidas novas,

Mentes novas.

Conceitos, ideais.

Somos seres que buscam

A evolução, o despertar.

E para despertar,

Precisamos acordar.

Quero abrir meus horizontes,

Como véus a descortinar

Uma vida de esperança.

Esperança de esperançar.

Pois esperar não traz beleza,

Só é mesmo tristeza,

Sem consolo, sem movimento.

Preciso movimentar minh’Alma,

Deixar meu corpo deixar-se ir,

Nos sonhos e no despertar,

De mudanças,

Sejam em explosões,

Ou no meditar.

Irrequietos movimentos,

Ou simples desabrochar

De uma nova vida,

De brilhos

Que só acontecem

Quando a Alma está pronta.

A se descortinar

Para novos sonhos,

Novas ideias e ideais

Isto ocorre sabe como?

Quando aprendemos

A verdadeiramente Amar.

Amarmos a nós mesmos,

Valorizar nossos sonhos,

Amar quem está ao nosso lado,

Pois também fazem parte de nós.

Somos todos um

Neste Universo… ou multiverso.

Vivermos, aprendermos,

E deixarmo-nos seguir

Como um só Ser… melhor

Livro Reflexões da Alma II, Bookess Editora

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