Posted por em 20 set 2015

Decors-Evange

Áudio (mp3) de estudo oferecido no Grupo Educacional e Assistencial Fraternidade, no dia 20 de setembro – Indagação Oportuna (Grupo Fraternidade)

Áudio (mp3) de estudo oferecido no Centro Espírita Dr. Luiz Antônio, no dia 22 de setembro – Indagação Oportuna (Dr. Luiz Antônio)

Separador-Evange

Disse-lhes: – Recebestes vós o Espírito Santo quando crestes?. – (ATOS: 19:2).

Em nossas vidas, muitas vezes encontramo-nos em paz, tranquilos, tudo parece estar correndo bem. Estamos felizes, equilibrados, sentimo-nos satisfeitos com o conhecimento que amealhamos no decorrer da vida, bem como com o que acreditamos.

Chega um momento, porém, em que há um despertamento para novos conceitos, novas crenças. Percebemos que há algo além do que nos moveu até aquele momento, algum fato novo proporciona um olhar diferente para a vida, para nossos costumes e crenças.

Buscamos entender o que nos ocorre e há um insight que toca o nosso coração e uma nova luz brilha.

É muito especial, pois o coração começa a bater diferente; em nossas mentes muitas aspirações despertam, queremos buscar novos saberes em livros, em templos, através de várias fontes de conhecimento.

Chegamos, às vezes, a dizer: encontrei o que a minha alma buscava, vou seguir por este caminho! É isto o que quero para mim a partir de agora.

Há um brilho em nosso olhar, uma nova oportunidade descortina-se à nossa frente, novos horizontes.

É como se estivéssemos mergulhando em uma outra dimensão de percepções, de saberes, de indagações sobre novos conceitos.

Podemos até dizer que estamos em uma linha divisória entre o ser atual e um ser que desperta em nós.

É mais ou menos assim quando encontramos um caminhar espiritual e este despertar pode ocorrer de forma espontânea, aparentemente do nada, ou a partir de um fato que nos sensibilizou de forma especial, seja uma dor, seja mesmo um encontro do amor que toma forma à medida que nos mergulhamos em um descobrir cada vez mais profundo e dizemos a nós mesmos: é isto o que quero para a minha vida.

Chega um determinado momento em que percebemos haver responsabilidades adicionais nesse caminhar espiritual. Precisamos mudar valores antigos, renovar conceitos sobre a vida e a nossa relação com as pessoas, inclusive nós mesmos. Passamos a compreender que a nossa participação no mundo é mais realizadora do que imagináramos até aquele momento. Precisamos fazer novas escolhas e percebemos que há implicações das quais não tínhamos consciência até aquele momento.

Acordamos para o fato de, não obstante termos acreditado encontrar o nosso caminho espiritual, não nos sentirmos aptos a abraçá-lo inteiramente. As escolhas parecem-nos difíceis. Descobrimos que precisamos abrir mão de coisas que nos parecem importantes. Pode ser também que não achemos tão imprescindível assim mudarmos nosso modo de vida, que até aquele momento nos pareceu tão tranquilo e prazeroso.

Ainda não nos sentimos prontos para esta nova jornada.

Algumas vezes, como foi dito antes, aquele despertar ocorre por uma experiência de dor e o novo caminhar vem como uma forte esperança de nos curarmos desta dor, que muitas vezes é profunda o suficiente para abandonarmos práticas antigas substituindo-as por novos modos de vida que acreditamos poderão levar-nos à cura, seja do corpo, da mente ou do espírito.

Quando encontramos esta cura, há um alívio e até mesmo agradecemos a Deus pela bênção recebida. Buscamos formas de expressar gratidão, seja no trabalho, na frequência a templos, grupos de oração e outras opções que venham a ser disponibilizadas na ocasião.

Encontramo-nos, então, em uma posição que nos remete a escolher: seguir em frente nesse novo despertar; ou voltar às práticas anteriores por crer que, já curados, não precisamos promover mudanças em nossas vidas, podemos continuar como antes.

Se abandonamos o caminho da renovação, aquela dor ressurge e começa a incomodar-nos novamente. Ocorrem-nos dúvidas quanto às bênçãos recebidas, à efetividade do trabalho daqueles que, à época, consideramos benfeitores, bem como quanto à nossa própria fé. Sentíramo-nos curados e agora tudo volta. Por qual razão isto se deu?

Alguns de nós entram em estado de desânimo, desacreditando de tudo. Não acordaram, ainda, para a necessidade de buscar o entendimento e as razões do que está acontecendo, o aprender e compreender.

Outros, por sua vez, retomam as buscas pelo socorro espiritual. Querem acreditar nas bênçãos que lhes podem fazer reaver o bem-estar que já experimentaram antes. Percebem que há algo mais que não conseguiram identificar à época.

Ressurgem propósitos renovadores e a esperança de que este novo despertar venha a ser o início do amadurecimento espiritual que irá promover transformações substanciais em nossas vidas.

A semente instalou-se em nossa Alma e encontrará o momento para o seu germinar e produzir frutos. Passamos a deixar a infância espiritual para trás e despertamo-nos para o verdadeiro caminho de elevação espiritual.

As mudanças já não nos parecerão difíceis e sim necessárias.  E, no desenrolar desse processo de despertamento profundo, serão mesmo prazerosas e inevitáveis, pois não mais poderemos nos ver como éramos antes. A verdadeira transformação se deu em nossas vidas e encontramos o Ser novo que habita em nós e este Ser é agora o Eu que deseja mostrar-se à vida.

A partir daí poderemos responder SIM para a pergunta do apóstolo Paulo, quando nos pergunta em Atos dos Apóstolos 19:2: Recebestes vós o Espírito Santo quando crestes?

Um Comentário

  1. 21-9-2015

    Li a mensagem como uma meditação, um quase exame de consciência sobre tudo que já vivenciei desde esse novo despertar… concordo que então acontece o inicio do amadurecimento espiritual promovendo mudanças radicais em nossas vidas. E como faz bem olhar para trás e constatar que estamos no caminho certo… progredindo espiritualmente mesmo que seja só um pouquinho de cada
    vez…

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