Posted por em 19 abr 2015

Disco-LongPlay

 

Achei interessante descobrir que há o Dia do disco.

Fiquei pensando naqueles discos pretos, pesados, 78 rpm, por exemplo. Criação em 1870, por Émile Berliner, e só comercializado a partir de 1895.

Alguns de vocês devem estar pensando… o que ela quer dizer com isto? 78 rpm?!

Pois é, quando eu era pequena, eu tinha vários discos de histórias infantis em 78 rpm. Vou tentar esclarecer um pouquinho o que isto quer dizer: R – rotações; P – por; M – minutos. Deu para entender? Ainda não?! Talvez para alguns ainda seja uma expressão estranha, bizarra até. É o número de vezes que o disco girava na “vitrola” por minuto.

Oh! Mais uma palavra estranha para alguns: vitrola. Bem, vou tentar explicar também o que vem a ser essa coisa. É um equipamento onde colocávamos os discos para que pudessem ser tocados. Tocados? É, não no sentido de serem manuseados com as mãos, mas no sentido de podermos ouvir o que ali estava gravado.

Bem, voltando aos discos que eu tinha, em 78 rpm, com histórias infantis. Eu adorava ouvi-los: Pedro e o lobo; O avião azul – este eu ouvia inúmeras vezes, era uma história linda, ainda que muito triste; e outras histórias incríveis.

Preciso registrar que, já à época existiam os discos com aulas de idiomas: inglês e alemão, por exemplo. Foram úteis para mim quando ainda jovem.

Depois vieram os discos em 33 rpm. Bem, rpm vocês agora já sabem e podem inferir o que seja 33 rpm, não é?

Foram uma grande novidade quando surgiram. Era uma festa ouvir o que este novo e requintado recurso podia proporcionar-nos em qualidade superior ao disco de 78 rpm. Deu-se o nome de Long Play, pois a duração da sua execução superava a de todos os outros. Receberam o apelido carinhoso de “bolachão”. Mídia desenvolvida em 1940.

Ah, também surgiram os discos em 45 rpm. Surgiu no ano de 1955. Estes eram um pouco menores tantos dos de 78 rpm quanto os de 33 rpm. Eram um pouco maiores do que os Cds de hoje.

Uma curiosidade, tanto os de 78 rpm quanto os de 33 rmp, mesmo os de 45 rpm tinham gravadas as suas duas faces : lado 1 e lado 2. Bem interessante. Tínhamos que virar o disco na vitrola para ouvir o outro lado.

Depois desses recursos chegaram os Video Laser. Nossa, foi um boom naquela época, pois não só podíamos ouvir as músicas e histórias, a partir daquele momento poderíamos assistir a shows ao tempo que ouvíamos as músicas de sucesso, ver os artistas preferidos se apresentando em grandes teatros ou nos encantarmos com as imagens que esses recursos nos proporcionavam.

Eu me esqueci de uma coisa que foi muito importante entre o surgimento dos discos de 33 rpm e os Video Laser. Foi o efeito de som estereofônico. Até aquele momento as gravações eram em mono. Bem, esta expressão creio que todos sabem o que representa: gravação em um só canal de som. Por exemplo, os sons de uma orquestra estavam todos gravados como se um só instrumento fosse, pois não havia como separar os sons dos instrumentos. Com o surgimento do sistema stereo, cada instrumento é gravado em um canal diferente possibilitando separá-los, senti-los com mais exatidão e poder até manipular os sons para oferecer efeitos especiais na execução.

Eu e meu irmão deliciávamo-nos ouvindo algumas gravações de efeitos especiais como: uma corrida de carro – se fechávamos os olhos para ouvir podíamos perceber nitidamente os carros se aproximando, passando à nossa frente e seguindo desaparecendo ao longe. Era fantástico acompanhar esses efeitos. Ficávamos maravilhados!

Bem, voltando para o evoluir desse instrumento encantador que é o disco.

Depois do Video laser chegou-nos o CD.

Os primeiros tinham só um lado gravado, não havia aquele recurso de virar o disco para ouvir o outro lado. Depois surgiram alguns com gravação dos dois lados, mas desapareceram do mercado. Creio que não tiveram muito sucesso com a criação desse recurso… apesar de a proposta dos CDs ser de executar sucessos! Bem, uma pequena brincadeira com as palavras, não pude deixar de aproveitar a oportunidade para isso. Rsrs

Depois dos CDs vieram os DVDs. Nossa, maravilhoso poder assistir a filmes, shows, apresentações musicais, balés, até mesmo peças teatrais em nossas próprias casas! E tudo isso em altas resoluções de imagens e sons de alta definição.

Estou ciente de que vocês sabem de outros recursos que vieram depois disso: o Blue Ray. Pois é isso mesmo, os recursos audiovisuais foram se aprimorando e tornando nossos olhares e ouvidos mais e mais exigentes com a qualidade das imagens e dos sons.

Quanto aos aparelhos que executam esses recursos temos visto muita evolução tecnológica: TVs de altíssima definição – HD, Full HD, TVs de Led; TVs de Led 3D; TVs 4k e sei mais o quê estejam já inventando que eu ainda não alcancei conhecer.

No entanto, com relação ao disco para usar nesses aparelhos creio que ainda temos de contar com os CDs , DVDs e Blue Ray disc. É possível que seja por termos disponíveis, hoje em dia, recursos de visualização de filmes, shows e acesso a músicas via rede (net).

Ah! Por falar em rede, não podemos nos esquecer dos CDs e DVDs de programas de computador, não mesmo! Importantes na era da tecnologia em que temos vivido. Apesar de que atualmente a maioria dos grandes programas e aplicativos estarem disponíveis por download.

Sei que devemos encarar a evolução tecnológica, mas ainda tenho um carinho especial pelos programas em mídia física, talvez pelo encantamento de dê-los nas mãos e perceber o quanto nos proporcionam de recursos para fazermos tantas coisas nas máquinas hoje tão requintadas pelos recursos que nos oferecem. No entanto, também sei que precisamos acompanhar a evolução… não tenho a mínima ideia de onde poderemos chegar com essa evolução!

As mudanças estão acontecendo tão rápido e os recursos disponíveis hoje abrem janelas para tantos de sonhos de realização! Digo isso por mim, pois a cada novo recurso disponível, mais minha capacidade criativa de encanta buscando novas formas de expressão artística. É como se a magia se mostrasse disponível com mais e mais encantamento.

Será que os discos em suas mais variadas formas estão fadados ao desaparecimento do mercado?

Não sei, pode até ser.

Está sendo muito bom o acompanhar dessa evolução. Ter essas lembranças do que se mostrou e se mostra disponível para nós é maravilhoso. Para mim é algo como que mágico mesmo.

Não pude deixar de registrar esse meu encantamento neste texto.

Esta é a minha homenagem ao disco… recurso que nos foi proporcionado disponibilizando tantas oportunidades, sejam de lazer, sejam de aprendizado.

5 Comentários

  1. 19-4-2015

    Muito legal, eu acredito que o disco está chegando ao fim. Não há mais necessidade de girar para a informação ser lida, até os HDs estão com os dias contados, dando espaço às memórias sólidas de leitura matricial. Sem girar, gasta-se menos energia, menos peças mecânicas, maior precisão e mais informação em menos espaço. Mas o glamour não precisa acabar, ele só muda o meio de ser transmitido e armazenado. 😉

    • 20-4-2015

      Meio que já pressentindo o fim desta mídia eu senti vontade de fazer o registro histórico e lúdico do encantador e mágico meio de transmissão de informações e expressões artísticas.

  2. 20-4-2015

    Muito bom, Elda!!! Foi uma viagem ao passado o que vc nos proporcionou com estas informações sobre os discos e seus desdobramentos.
    Lembrei-me não só da minha infância, mas tb de quando estagiei na fonoteca da UNIRIO, em 1991, e conheci discos em 78 RPM, preciosos, gravados de um lado só! Tinham sido gravados pela RCA Victor, e um deles, o que mais me encantou, foi o de músicas de ópera, cantado pelo inesquecível tenor Enrico Caruso!!!!

    Quanto ao futuro dos discos de vinil, creio que jamais desaparecerão de todo, e ouso prever que talvez renasçam das próprias cinzas, já que os CDs atuais têm um durabilidade curta.

    Aliás, este é um problema do “progresso” dos suportes de informação: a vida curta. Armazenam muito mais informação, porém com um prazo de validade infinitamente menor.

    Nada hoje em dia “é pra sempre”, o que me parece assustador, quando pensamos em preservação da memória dos feitos do ser humano. Enfim, quem viver, verá!

    Mais uma vez obrigada, Elda, abraços amigos,
    Marilia

  3. 20-4-2015

    Obrigada querida por esta aula maravilhosa!
    Amei a parte mágica!
    Realmente, precisamos ser gratos a todos os que desenvolveram estas tecnologias.
    Considero uma das nossas maiores bênçãos o poder ouvir.
    Volta e meia agradeço ao nosso Pai a possibilidade de ouvir uma melodia inesquecível e incrivelmente criada como A pastoral ou El Divo, ou ainda o Panis Angelicus ou ainda tantas outras, tantas maravilhas, que seria impossível enumerar.
    Lá no Irmãos Estevão percebo várias pessoas e eu também, com lágrimas nos olhos ao ouvir, enquanto se aguarda os passes, o Secret Garden.
    Observo que a música é essencial em nossas vidas.
    Quantos trabalhadores brasileiros trabalham enquanto cantam e sussurram, ouvem e se encantam com as canções preferidas?
    Obrigada Deus.

  4. 27-4-2015

    Só temos a agradecer a você amiga, por tão completa narrativa sobre um ítem que acho indispensável a nós mortais… Amo de paixão ouvir minhas músicas preferidas e fiquei pensando: o que será de mim se os CDs forem banidos?… A essa altura da minha vida não seria capaz de me adaptar a outros meios…Peço a Deus que continue abençoando e inspirando você cada vez mais, ao mesmo tempo que agradeço por privar de sua amizade!

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