Posted por em 28 jan 2015

Certo dia fiquei sabendo que se comemora o Dia do Carteiro em 25 de janeiro.

Senti-me incomodada pois deixara, por muito tempo, passar a oportunidade de homenagear esse incansável funcionário da ECT (*).

Bem, isso agora não é importante, pois quero mesmo é falar sobre o Carteiro… um profissional incansável no cumprimento de suas tarefas diárias.

Sabe aquele documento que precisava ser entregue a algumas léguas de distância? (sim, léguas, pois assim se referia ao caminho a percorrer entre um lugar e outro, há muitos anos).

Ou aquela carta de amor que algum enamorado queria que chegasse às mãos de sua amada, tão distante fisicamente, mas tão próxima de seu coração que até mesmo se confundia com as células do sangue e as moléculas de oxigênio que por ali transitava, a ponto de o enamorado dizer que estava sem fôlego e que estava quase morrendo de tanta saudade?

Pois é, eram levados em uma espécie de mochila aos cuidados de um estafeta – vale aqui a referência, pois homenagem também pode ser cultura – que viajava no “lombo” de um jegue ou mesmo de um cavalo, dependendo das disponibilidades de cada região.

Para se chegar às condições hoje de transporte e entrega de correspondência muitas coisas aconteceram… até que, nos tempos de hoje, apesar de ainda se utilizar os serviços dos Correios no modo tradicional, chegamos à troca de mensagens, envio de documentos, pelo meio eletrônico.

Como deixei registrado no parágrafo anterior, mesmo com o avanço tecnológico, ainda são importantes os serviços desse incansável profissional que leva nossa correspondência até nossos lares, locais de trabalho e outros.

Vocês já pensaram na dificuldade pelas quais muitos deles passam para chegar até seu destino, ou destinos – pois carregam mochilas repletas de envelopes e caixas -, não mais em lombo de cavalo ou de jegue – isso nas localidades que oferecem algum tipo mais confortável de locomoção -, mas muitas vezes à pé mesmo, seja com mochila as costas ou, como vejo hoje, com mochilas montadas em carrinhos com rodinhas, pois também eles não são de ferro, aguentar tanto peso por horas seguidas. Uma caminhada extensa e intensa, faça chuva ou faça sol. Quilômetros a serem transpostos, seja em curvas ou linha reta, sejam por caminhos abertos e tranquilos ou repletos de obstáculos.

Faço um pedido a vocês, quando tiverem algum problema com entrega de correspondência, mesmo que fiquem muito zangados, seja pelo atraso, seja pela forma como colocam seus envelopes meio amassados em suas caixas de coletas, sem o cuidado de manterem razoavelmente incólumes seus documentos, reflitam nas dificuldades que esses profissionais têm que enfrentar para chegarem aos seus destinos… Ah! Isso sem falar nas suas dificuldades vivenciadas nos locais de trabalho, nos relacionamentos com seus superiores ou até mesmo com colegas de profissão e também, muito importante registrar, suas condições econômico/financeiras decorrentes dos salários nem sempre suficientes para sustentarem suas famílias.

Deixo aqui o meu carinhoso e fraternal abraço a esses trabalhadores.

Uma mensagem aos Carteiros – Peço que vocês procurem estar conscientes da responsabilidade trazida na escolha por esta profissão. Muitas pessoas dependem de vocês para cumprir prazos, resolver problemas muitas vezes muitos sérios, por vezes até de saúde – entregas de exames, relatórios médicos e outros papéis que poderão fazer a diferença na evolução de procedimentos médicos.

Importante acrescentar… muitos corações enamorados ainda necessitam dos serviços dos Carteiros para levarem o carinho, uma mensagem de amor e tentarem expressar o seu amor àquela pessoa importante para seu coração.

Uma relação afetiva, respeitosa e acolhedora de ambos os lados, nesse relacionamento destinatário / carteiro faz-se necessário para uma vida mais saudável.

 

Dados históricos sobre a E C T.

A denominação de “carteiros” passou a ser utilizada originalmente pelo decreto no. 255, de 28 de novembro de 1842, profissão de “Carteiro” regulamentada em 1844. Criado o primeiro corpo de carteiros e o de condutores de malas, além do sistema de correspondências em domicílio no Rio de Janeiro.

Só em 1857 foi criado o serviço de entrega a pé, na Corte, a ser feito por oito carteiros especiais. Ocorriam à época quatro distribuições diárias, além de coletas em caixas colocadas em seus distritos.

Somente em 1889 foi instituído o concurso para carteiros, com instruções de suas funções. Entre essas funções, estava a exigência de anotações no verso da correspondência quando ocorriam as seguintes situações: porta fechada, não quer receber, mudou-se ou morreu.

Em 1931 foi criado o Departamento de Correios e Telégrafos, subordinado ao Ministério da Viação e Obras Públicas.

Esta é uma pequena panorâmica da história da profissão “Carteiro” no Brasil.

A história de “Os Correios”, no entanto, é muito mais antiga no Brasil. Teve seu início em 25 de janeiro de 1663, com a criação do Correio-Mor na então capital da Colônia – Rio de Janeiro.

Em 1931 foi criado o Departamento dos Correios e Telégrafos.

A ECT, Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos, foi criada a 20 de março de 1969, como empresa pública vinculada ao Ministério das comunicações.

Informações histórias obtidas em

1 – http://www.blogdefranciscocastro.com.br/2015/01/a-historias-dos-carteiros-no-brasil-e.html

2 – http://pt.wikipedia.org/wiki/Empresa_Brasileira_de_Correios_e_Tel%C3%A9grafos

  (*) Para aqueles que, neste mundo atualmente tecnológico não utiliza mais os serviços de entrega de cartas em papel… ECT é Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos. Antes a sigla era EBCT e não sei por qual razão houve a alteração. Cheguei até a pesquisar e encontrei citações em documentos oficiais onde ainda consta a sigla EBCT. Bem, deve ser algo totalmente sem importância, só mesmo para atender à vontade de alguém que considerou um excesso a presença do B, de Brasileira, na referida sigla.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *