“A vingança é um dos últimos remanescentes dos costumes bárbaros que tendem a desaparecer dentre os homens. E, …, um dos derradeiros vestígios dos hábitos selvagens sob cujos guantes se debatia a Humanidade, no começo da era cristã, razão por que a vingança constitui indício certo do estado de atraso dos homens que a ela se dão e dos Espíritos que ainda as inspirem.” Evangelho Segundo o Espirismo, Capi XII, item 16 – Instruções dos Espíritos
Recentemente assisti a uma palestra em que uma irmã nos colocou uma informação importante e, para mim, surpreendente: nós temos dois cérebros: arqueocortex e neocortex1.
Arquecortex dirige o nosso Ser antigo, aquele que se mantém ainda nos moldes do Ser irracional. Aquele que se move e age por instintos.
Neocortex, pelo contrário, é o cérebro novo, aquele que se desenvolveu com a aquisição da razão, do nosso poder de analisar e fazer escolhas, enfim, o nosso Ser mais evoluído que nos proporciona a condição do livre arbítrio.
Todas as vezes em que nos comportamos de forma instintiva nós estamos usando o arquecortex. No entanto, quando nosso comportamento está baseado na reflexão, no amor, na compaixão, estamos agindo como seres que já adquiriram alguma evolução. Não estamos falando aqui somente de uma evolução espiritual, ou até mesmo intelectual, estamos falando de uma evolução física.
Sentimentos como o ódio, o rancor, a mágoa, a raiva, são sentimentos dirigidos pelo nosso cérebro antigo.
Quando surge em nós o impulso pela compaixão, pela compreensão, afeto, amor e perdão, é o nosso cérebro novo que está no comando.
Quando usamos o cérebro antigo nós nos colocamos mais próximos dos animais.
Por outro lado, quando usamos o cérebro novo nós nos aproximamos do Ser divino que Jesus afirmou existir em cada um de nós.
Podemos e devemos, a partir dessas informações, refletir sobre que Ser queremos escolher para nos expressar no mundo em vivemos: o Ser antigo ou o Ser novo?
O Ser antigo nos leva a criar vínculos com aqueles que são objeto dos nossos rancores, raiva, desejo de vingança, e esses vínculos podem permanecer por séculos, até mesmo milênios trazendo desconforto e problemas para nossas vidas.
Ao contrário, o Ser novo, aquele que compreende, que é compassivo, traz a libertação para o nosso espírito.
O Ser antigo escraviza. O Ser novo liberta.
Acredito que a escolha é fácil, precisamos é buscar uma maneira de fazer com que essa escolha seja efetiva em nossas vidas. Não ficarmos só no querer ver o nosso espírito livre, mas efetivamente proceder de forma a promover a libertação desse nosso Ser. Depende unicamente de nós mesmos.
Somos responsáveis pela vida que temos, porque nossas ações e pensamentos é que fazem de nossa vida o que ela é.
Palestra proferida no Grupo Fraternidade Irmão Estêvão, no dia 30/05/2011
Nota: Em pesquisa a respeito do assunto encontrei a seguinte definição: “O suporte material do funcionamento intelectual é formado por três cérebros: arqueocortex (cérebro”réptil” que controla as funções básicas sensório-motoras, assegurando as relações com o meio e a adaptação); o paleocortex (cérebro “límbico“, que data dos “mamíferos, que controla as emoções elementares (medo, fome, …), o instinto relativo à procriação, a memória, o olfato e outros instintos básicos); e neo-cortex (representa cerca de 85% da massa cerebral e controla a cognição, o raciocínio a linguagem e a inteligência“2.
- (1) – Dra. Anete Guimarães – http://vimeo.com/16632446
- (2) – http://www.robertexto.com/archivo5/aprendizagem.htm
Elda acho que essa é a mudança que viemos fazer aqui no plano terreno nós nascemos 99% reativos e um por cento proativos se nos tornarmos vigilantes da mente esse controle fica mais fácil,trocarmos os sentimentos primitivos arqueo cortex para neocortex seremos felizes.